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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Por que não vamos lá fora e atravessamos a rua?

        

Por que não vamos lá fora e atravessamos a rua?
disse ele a seus amigos, há 50 anos, nesta semana.

Essa pergunta, aparentemente bobinha e sem sentido, teria caído em esquecimento total e absoluto se fossem outros o lugar, os personagens envolvidos na cena, e o que aquele ato simples de atravessar a rua representaria para o mundo da música.

         O lugar:           Estúdios da EMI, em Londres
         O dia:              8 de agosto de 1969
         Ele:                 Ringo Starr
         Seus amigos:   John Lennon, Paul McCartney e George Harrison 
         A proposta:      Atravessar em fila indiana a Abbey Road,
                                 ter o movimento registrado em fotografia,
                           e ter a fotografia estampada na capa 
do último disco dos Beatles,
                                 na minha opinião, o melhor de todos eles,
                                 não sem motivo, o mais vendido de sua carreira 
(há controvérisas!).
Estava a maior banda do mundo envolta em dúvidas sobre a capa e até mesmo sobre o nome do disco que estavam acabando de gravar. E era um disco especial, todos sabiam, John, nem tanto. Eles vinham de uma experiência que consideraram frustrada, o Projeto Get Back, em que haviam embarcado numa ideia de volta às origens, e abandonado a batuta de George Martin, o grande produtor e mentor de seus discos até então. Só eles mesmos para ficarem frustrados com aquilo que viria a se tornar o último disco LANÇADO dos Beatles, que acabou levando o nome de Let It Be. Fiz questão de capitalizar o particípio qualificativo acima, para distingui-lo de GRAVADO, que é o que se aplica àquele disco sobre o qual pairava a dúvida da capa, e sobre o qual, aliás, não vou falar aqui, deixo para falar à época do aniversário de seu lançamento, em setembro. Quem faz aniversário agora é a foto da capa, e é sobre ela que versa este pequeno ensaio.
     Estava praticamente combinado que eles voltariam a aparecer na capa, como somente haviam deixado de fazer no último LP de estúdio, o famoso The Beatles, conhecido como Álbum Branco, pela total ausência de cor, inclusive no nome, que aparecia em alto relevo. Afora aquele álbum, todos os demais traziam a imagem deles na capa, fosse em foto ou desenho, e era bom para registrar as mudanças de visual do grupo: naquele verão de 1969, John, Ringo e George ostentavam grande cabeleira, e grossas barbas. Somente Paul, que nunca foi adepto do estilo cabelão, sempre optou por um visual mais comportado, estava de cara limpa, sem barba ou bigode. Aliás, até mesmo porque estava morto ... hehehe  ... depois explico.
Restava saber aonde tirar a foto. Por uns bons dias, pensou-se em chamar o álbum de Everest, muito devido a uma marca de cigarros fumados incessantemente pelo engenheiro de som Geoff Emerick (que ganharia o Grammy por seu magnífico trabalho naquele disco). E chegou-se a fazer planos para ir ao próprio Everest para tirar a foto, mas a produção seria muito complicada. Dinheiro não era problema, mas acabaria atrasando o cronograma de lançamento do disco. Pensando bem, até que o local seria bastante apropriado, pois era o topo do mundo, exatamente aonde os Beatles se encontravam: no topo do mundo do entretenimento, não havia ninguém mais poderoso que eles.
Num belo dia, Ringo , em sua genial simplicidade, fez a proposta título. Discutia-se o nome do último disco, e como seria sua capa, ideias pululavam, além do Everest acima mencionado, Pirâmides do Egito, Coliseu, falava-se em altos custos, mas Ringo não estava querendo arriscar-se em lugares exóticos, que o obrigariam a comer feijão enlatado de novo, como fez na Índia, e soltou um: “Oh, come on!! Let’s cross the street and call it Abbey Road!!”. Aquele disco seria o último dos Beatles e aquela capa, a mais famosa capa de disco de todos os tempos, ao custo de poucas centenas de libras. 

Proposta aceita, Paul fez o sketch ao lado, foi convocado o fotógrafo Iain Mcmillan, que estava de plantão, e saíram do estúdio. A produção teve alguma dificuldade para parar o trânsito, o fotógrafo subiu em uma pequena escada e tirou meia dúzia de fotos. Paul escolheu a que mais lhe agradou. Estava decidida e realizada mais uma capa Beatle. E o disco foi também nomeado Abbey Road, em homenagem à casa que os abrigara nos últimos sete anos, palco de muitas revoluções musicais.
                 




Havia uma história, um boato, que pairava no ar à época: a suspeita morte de Paul McCartney, em um suposto acidente de moto em 1966, e sua substituição por um perfeito sósia.

Tudo o que envolvia, ou fazia menção, ou simplesmente lembrava qualquer um dos quatro Beatles, na época, era motivo de especulações dos ensandencidos fãs. Imaginem um boato como este! Variadas evidências, que comprovariam a morte de Paul, foram encontradas em músicas, declarações, anúncios de jornal, etc. Sei de algumas delas que só interessam aos mais fanáticos, e que não cabe aqui detalhar. Restrinjo-me aqui ao mais interessante conjunto delas:  as estampadas na capa de Abbey Road.

Bom, se tiver a curiosidade de checar, pegue o disco na sua discoteca, ou se ainda não tem, que vergonha, vá imediatamente comprar o CD, pois é impossível você não tê-lo em sua estante, e note:
  1. Os 4 estão em fila indiana;
  2. John segue à frente, de terno branco;
  3. Ringo a seguir, de terno preto;
  4. Paul, a seguir, com roupa informal chique, descalço;
  5. George, finalizando o cortejo, todo em jeans;
  6. Paul é o único com o pé direito à frente; Os demais têm o pé esquerdo à frente;
  7. Paul carregava um cigarro na mão direita;
  8. Há um fusca bege descompromissadamente estacionado no lado esquerdo.

           Sua licença é LMW 2 8 I F.

         Não seria nada além de mais uma bela capa Beatle se os fãs não tivessem usado sua fértil imaginação para descobrir nada menos do que oito evidências irrefutáveis de que Paul estaria mesmo morto!

         Senão vejamos:
  1. Os 4 estão em fila indiana, como todo bom cortejo fúnebre, e iam na direção de um cemitério nas imediações do estúdio;
  2. John, que segue à frente, de terno branco, era o padre que lhe proporcionara a extrema-unção (ou o médico, segundo alguns);
  3. Ringo a seguir, de terno preto, era o agente funerário que lhe proporcionaria funeral digno (ou o padre, segundo uns outros alguns);
  4. Paul, a seguir, com roupa normal, mas descalço como todo bom defunto, pronto para ser colocado num caixão;
  5. George, finalizando, todo em jeans, um traje simples, como todo humilde coveiro, que o colocaria na cova;
  6. Paul é o único com o pé direito à frente; os demais têm o pé esquerdo à frente. Sinal de que não está neste mundo;
  7. Cigarro na mão direita? Prova de que não era Paul, sabidamente canhoto;
  8. Há um fusca bege descompromissadamente estacionado no lado esquerdo.

Sua licença é LMW 2 8 I F, que naturalmente, quer dizer:
"Linda McCartney Widow -

Paul would be 28 years old, IF he were alive"
                   
         Pode?!!!!!

Devemos relevar fato de o ‘I’ do ‘IF’ ser, na verdade, o número ‘1’, como toda boa licença naquela britânica ilha de miserable weather. Ou ainda, esquecer também que Paul, se estivesse vivo, ainda não teria completado 28 anos, mas, sim, estava no 28ª ano de sua vida....

         Meros detalhes!

Em 1995, Paul, ainda muito vivo, em todas as interpretações do adjetivo, capitalizou uma vez mais em cima de sua fama de morto. Lançou um disco ao vivo com trechos de sua fantástica e muitíssimo bem sucedida excursão mundial. A capa do disco mostra a mesma rua, com um fusca similar àquele, estacionado no mesmo ponto mas com uma licença 54IS, e ele, Paul,  sendo puxado por uma cadela da mesma raça de sua antiga cadela Martha, que ele tinha na época do Abbey Road.  Deu ao disco o nome de "Paul is Live". O nome tem triplo sentido:
  • "Paul is Live", pois é um disco ao vivo, não gravado em estúdio;
  • "Paul is Live", pois ele não está morto, mas sim bem vivinho, apesar dos boatos;
  • "Paul is Live", pois, além de estar fisicamente vivo, está também artisticamente vivo, ainda fazendo turnês de grande sucesso e vendendo muitos discos, 25 anos depois de terminado o grupo.
  • Para completar, a licença do fusca é  54IS  pois  
  •  " .... now, Paul   IS 54 years old! "

A capa de Abbey Road ficou mundialmente famosa. O citado fusca bege ganhou notoriedade imediata e começou a passar de mão em mão de colecionadores. Chegou a valer dezenas de milhares de libras, e hoje está no museu da Volkswagen, na Alemanha.

Desde o fim dos Beatles, todo santo dia, ao menos uma pessoa, às vezes dezenas, preferencialmente em grupos de quatro, repete a coreografia da capa, com pé trocado do 3º, que normalmente está descalço, e tudo o que tem direito. Entre elas, o bocó aqui! Estive lá pela primeira vez em 1992. Só que como eu estava sozinho, tive que esperar por outros três bocós para acompanhar-me na jornada e um 5º bocó para tirar a foto. E retornei algumas vezes: por menos tempo que eu tivesse, fosse apenas uma escala do voo de ida ou de volta, eu pegava a Jubilee Line do metrô, descia na estação St. James Wood e repetia a coreografia.

E deixava, sempre, minha mensagem no muro dos estúdios da EMI. Claro que nunca encontrava a mensagem anterior: aquele local virou ponto de registro do amor pelos Beatles. Cada centímetro quadrado de sua tinta branca é preenchido com declarações, poemas, citações de letras, Beatles 4ever, fulano esteve aqui, sicrano ama beltrana, e coisas do gênero.  A velocidade de preenchimento é enorme: a cada três meses, o muro tem que ser pintado, para começar uma nova série de pichamentos, totalmente legais e autorizados!

         Quem tiver dúvidas sobre o fenômeno, pode ir ao site da EMI, e procurar a imagem: há uma câmara permanentemente ligada, registrando a movimentação aquela faixa de pedestres. Pode estar vazia agora, mas não demora muito e aparece alguém atravessando e fazendo pose.


         E se for a Londres, não deixe de pagar o seu mico!!!

17 comentários:

  1. Incrível Homerix!! esse disco e local é significativo, quando for a Londres é
    passagem obrigatória. Que pesquisa...
    como você é detalhista. Parabéns, Homero.

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  2. Parece que tudo que era possível se falar sobre o álbum Abbey Road já foi falado, até por que já fazem 44 anos que o disco foi lançado. Mas estamos vendo que não é verdade. Em se tratando de Beatles, existe sempre novos fatos a serem revelados e debatidos. Afinal de contas: O sonho não acabou.

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  3. SHOW, SHOW, SHOW!!! Parabéns, Homero!

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  4. Pesquisando no Google images vi umas fotos interessantes:
    1) Os quatro esperando do lado direito da foto para atravessar;
    2) Eles atravessando da direita para a esquerda;
    3) Eles atravessando da esquerda para a direita mas com as passadas em descompasso, provavelmente ensaiando.
    4) Várias paródias da famosa foto com outros personagens (os simpsons, star wars) ou mesmo os Beatles em desenho.

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  5. Mais imagens da IMAGEM:
    1) Neste site algumas fotos do "making of" da famosa capa.
    http://www.vintag.es/2012/07/rare-behind-scenes-photos-from-abbey.html

    2) Foto dos 4 indo "na contramão":
    http://www.liverpoolecho.co.uk/news/liverpool-news/rare-back-front-image-beatles-3344908

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  6. Muito boa postagem. Essa travessia da faixa de pedestres é um marco desses 4 fabulosos, que tantas alegrias e inspirações nos há brindado. Sorte a deles de ter feito isso em Londres, onde a combinação de educação civilizada e punições severas aos infratores provê segurança natural ao pedestre.
    Fosse em uma faixa de pedestres no Brasil, talvez estivéssemos a lamentar 4 acidentados ou mesmo fatalidades, pois é flagrante a falta de respeito às regras de trânsito, que inclui a faixa do pedestre, espaço onde o transeunte é soberano em situação de semáforo a seu favor ou mesmo onde não haja semáforo, é soberano. Mas não é bem assim que funciona, por falta de educação generalizada dos condutores de veículos, motos e bicicletas inclusive, a prudência recomenda muito cuidado na travessia do pedestre, mesmo com o semáforo a seu favor. A solução é punição para valer, com a combinação de aplicação de conseqüências contundentes ao órgão mais sensível do corpo humano : o bolso e concentração por alguns lustros no xilindró, para reflexões e reeducação. De outra maneira, seguirão incrementando o número de vítimas, e os causadores das desgraças gozando de plena liberdade.

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  7. Muito bom, Homero ! Acrescento apenas a contra capa, também muito legal, com a foto de uma placa com o nome da rua parcialmente coberto por uma garota de saia azul que passou na frente da câmera. Mas resolveram usar aquela foto, daquele jeito mesmo, o que fixou bem bacana. e , como você deve saber, aquela placa não se encontra mais lá ! abração e obrigado !

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  8. Muito Legal Homero. Estou sempre aprendendo com suas lições sobre os Beatles. Grande abraço Melo

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  9. E se ele tinha morrido em 66 Linda nunca seria viúva. Pois só se casou em 69 já com o sósia. Linda nem tinha aparecido ainda em 66. Enfim, mais uma vontade delirante de destruir os Beatles transformando na marra coisas sem o menor sentido em evidêncis, que nunca foram evidências. Não existe uma única que comprove absolutamente nada. Tudo forçado. Quem disse que jeans é roupa de coveiro? E que pessoas descalças estão mortas prontas para serem enterradas? Enfim, é tudo muito ridículo.
    Ninguém sabe ao certo quem inventou essa maluquice. Fiquei sabendo que foi criada por um Dee Jay daquela rádio considerada amiga dos Beatles. Esqueci o nome dela. Lá dos Estados Unidos. Ele teria sido demitido e, por vingança, inventou isso que foi divulgado na rádio porque ainda tinha seu programa. E seria para que os Beatles passassem a odiar a emissora. Era a vingança dele.

    Outra que ouvi: teria sido idéia de Yoko Ono. rs rs rs. Olha, sei que ela fez muita coisa errada, mas não vou tão longe. Porém, até que faz algum sentido. Lembram quando Paul se casou? Não convidou John porque tinha tido uma briga e ele estava com raiva. John teria visto o convite na Apple dirigido a todos. Levou um choque. Pediu uma caneta. riscou a palavra casamento e escreveu 'funeral' por cima declarando: " Paul para mim está morto." Dia seguinte chegou dizendo que tinha de se casar urgentemente porque Paul tinha se casado. Peter Brown teve de se virar para achar um lugar onde poderiam se casar sem correr or proclames. Não tão longe quanto Las Vegas. Pois achou Gibraltar. Onze dias depois estava casado.
    Quer dizer que se Paul não tivesse se casado talvez John também não? Não sei o que foi aquela de John, aquela pressa toda. Mas vi uma entrevista de Paul confirmando isso. John o teria declarado morto. Claro que isso passou logo porque pouco depois foi Paul quem estava a seu lado gravando a Balada de John e Yoko.

    Enfim isso foi o suficiente para a imaginação correr solta. Yoko teria gostado da ideia de considerar Paul morto. Daí a insistencia de contratar um fotógrafo da confiança deles para a capa que teria aquelas 'evidencias' que não são evidências. Uma coisa é fato: eles insistiram mesmo a respeito do fotógrafo e cuidaram muito daquela capa, embora não sozinhos. E qual o propósito? Ao contrário do que algunas pensam, nunca para vendagem do disco, visto que os Beatlles jamais precisaram de coisas assim como publicidade. Teria sido para boicotar a carreira solo de Paul. As pessoas acreditariam que aquele era um farsante e não comprariam seus discos. Se foi isso, não adiantou. Mas duvido que tenha sido isso. Conto apenas como curiosidade.

    Dessa história gosto apenas de uma brasileira que vi não sei mais onde. É propositamente ridícula. Mas tão propositadamente ridícula que virou comédia. Nâo apenas Paul teria morrido. Mas vários dos sósias. Começava bem, o cara caía de uma escada e morria. Felizmente Linda tinha se tornado especialista em achar sósias. Se eu soubesse disso teria feito contato com ela para providenciar um para mim. rs rs rs

    Um deles seria brasileiro lá do Recife com o nome de Severino. E foi muito bom. Mas o melhor de todos era mulher. Ninguém nunca percebeu, mas parece que foi a mulher com cara de Paul a responsável por Band on the Run. rs rs rs. Não lembro bem dos destalhes, mas disseram que ela era boa demais, pena que morreu de repente... e lá foi Linda buscar um substituto. É a maior gozação imaginável. Adorei porque ironizou com senso de humor essa conversa sem pé nem cabeça de Paul falecido.

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    1. O radialista que inventou que Paul havia morrido foi Russ Gibb. Ele veio ao Brasil acho que em 1970 e participou de um programa de entrevistas, se não me engano na TV Bandeirantes.

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  10. Quer dizer que o bocó teve de fazer a travessia. E a bocó aqui fez pelo menos vinte vezes...sem nem lembrar de pedir alguém para me fotografar. Pode? Isso sim é ser bocó. De argola ainda por cima. Mas fotografei com a mente. Inesquecível fazer aquela travessia.

    Outro dia vi uma discussão sobre qual a capa de disco mais icônica. Por mais incrível que pareça teve alguém dizendo que seria uma capa de um dos discos do Pink Floyd. Acho que não sabe o que é ser icônico. Nada a ver com mais bem trabalhada, mais bem pensada, mais artística. E sim a que mais é comentada e divulgada. A capa de Abbey Road já foi reproduzida de diversas maneiras inclusive com quatro capivaras atravessando na faixa. Ela é usada até para campanhas de trânsito. Eu não preciso dizer aqui sobre isso porque todos sabem. Volta e meia vemos uma nova versão. Agora mesmo vi uma politizada. Vi ontem! E tem uma deles chegando aqu na avendida onde moro. Eta que gostei. Ideia da nossa prefeitura no dia do rock. Nunca houve nada assim antes. É que nem a Mona Lisa que é a pintura mais icônica de todos os tempos.

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  11. Brilhante post, Homero
    Pra variar, a Paula não fica atrás em suas postagens
    Parabéns aos dois

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  12. Em 2016 eu estava sozinha em Londres...queria ir visitar o local,mas sozinha,quase desisti..achei q seria meio sem graça..resolvo ir..e foi uma das manhãs mais divertidas q tive..leve..cheia de alegrias e risadas e astral lá em cima...Muita gente diferente no local...TODOS atravessando a faixa e rindo e tirando fotos .. fazendo altas palhaçada..e o trânsito parando enqto tinha gente na faixa.. e NENHUMA buzina nervosinha...Amei ter ido..Amei ver todo aquele astral gostoso...e fiz tchauzinho pro meu filho,aqui em São Paulo,me vendo em Abbey Road em tempo real,com as câmeras da rua...Muito gostoso....

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  13. Excelente matéria como sempre, gostei também do bocó.

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  14. O Fotografo da capa, cujo nome me escapa, usou uma câmera Hasselblad 6x6 e fez 12 chapas, um filme inteiro que neste formato dá 12 chapas. Nestes sites que mostram estas fotos tem as 12 fotos da travessia da faixa

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  15. Já que o Homero mandou o link sobre este post há poucos dias, vou republicar uma resposta que dei a ele no Whatsapp...Me lembrei ao dar uma olhada no seu registro sobre a "morte" do Paul. Cheguei a ver quando era criança um debate na TV Bandeirantes sobre a suposta morte do Paul. A TV Bandeirantes não tinha a mínima competência no assunto Beatles, mas promoveu o debate frente ao interesse que o assunto despertava. Lembro do Fiori Gigliotti fazendo uma chamada para o programa, sobre a morte do Pául Macartner (sic). No dia do debate, os pró-morte listaram estes argumentos da foto, fusca, placa, Paul descalço etc. O argumento mais curioso era que se vc pegasse um dos discos, acho que era o Abbey Road, e colocasse a agulha e girasse ao contrário ouviria "Paul McCartney is dead, too". Giraram o disco e ouviu-se um som de arranhado. Os pró-morte ouviram claramente "Paul McCartney is dead, too". Os pró-vida ouviram claramente que era um arranhado, e uns também "Paul McCartney is dad, too". Tudo isto são lembranças de minha infância. Você pode confirmar o argumento dos pró-vida, de que o Paul tinha se tornado papai recentemente.Ah... para terminar. Os pró-morte também diziam que aquele carro negro á direita, provavelmente um taxi, era um rabecão... Um abraço!

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