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sábado, 22 de dezembro de 2012

Jessica fez 40 anos - Parte 2

Este post segue a Parte 1, em que começo a contar minha relação com Jessica!!!
A primeira parte está aqui:


Quando morei uns anos depois pelas terras hoje comandadas por Obama, dois anos após aquela visita, comprei o CD de Greatest Hits da banda, composta pelos irmãos Greg e Duanne Allman --- e vários músicos de primeira. E, claro, lá estava Jessica. Magnífica como sempre. O autor é Dickey Betts, um não-irmão guitarrista. 

Aqui, neste link, ei-la, em seu esplendor: Jessica.  Abra, deixe tocar, minimize e volte, para conferir do que falo a seguir...
 Depois de uma introdução com violão e piano, entra o tema principal executado por duas guitarras harmoniosa e simultaneamente executadas, em tons diferentes, numa combinação perfeita, acompanhadas de bateria, piano e órgão; depois, uma sequência que pode ser considerada como um refrão, reduzindo a uma guitarra; depois, repete-se e amplia-se a introdução, agora como quase um minuto de deliciosa preparação para os solos de improviso; e então, vem um solo de piano imperdível que acaba em pouco mais de um minuto, deixando gostinho de quero mais; a introdução para o improviso de guitarra, dois tons acima, é rápida e empolgante, e o solo dura mais de dois minutos, brilhantemente executado pelo próprio Betts; a volta do tema principal é precedida por um dos melhores momentos da música, com uma desaceleração do ritmo, uma volta ao tom original para introduzir o refrão, e mais duas vezes o tema principal com as duas guitarras, vindo então, o grand finale. Sete minutos de perfeição e virtuosismo!!
O solo espetacular de piano é executado por Chuck Leavell, que fora convidado pela banda para a vaga de pianista aberta pela morte de um dos irmãos, Duane. Um pianista de rock sensacional que é sempre muito solicitado pelos grandes do gênero, como Chuck Berry, Eric Clapton, Mick Jagger e George Harrison, infelizmente não mais por este último.
Tenho certeza de que Jessica entrará na lista de Top Ten Instrumentais de qualquer um que a ouça. Na minha, ela disputa o título de melhor instrumental com cinco outras
          Blue Rondo A La Turk, de Dave Brubeck, de um dos poucos discos de Jazz que conheço, chamado Time Out (aliás, o disco traz outro clássico, Take Five), de 1959 ;
          Smoothie Song, do disco This Side, de Nickel Creek, um blue grass fantástico que conheci há seis anos;
          One of Theses Days, de Pink Floyd, clássico do rock progressivo, de 1971;
          Also Sprach Zarathustra, uma adaptaçõo pop/jazz do clássico de Strauss, criada pelo músico brasileiro Eumir Deodato em 1973.
          Journey to the Center of the Earth, ópera rock de Rick Wakeman de 1974, não um instrumental puro, pois tem coral, mas é certo que pode concorrer na categoria.
Confesso ser difícil me lembrar músicas instrumentais. Eu mesmo não tirei da cachola muito mais músicas que as listadas acima.
Conhece as minhas indicadas? Delas, tenho quase certeza que não conhece a blue grass citada. Eu não a conheceria se não tivesse vivido nos Estados Unidos, e ouvido algumas rádios locais. Não sei se o grupo Nickel Creek ultrapassou as fronteiras americanas. Meu filho escreveu sobre a nossa descoberta no blog dele: Tio pacheco e seu guarda-chuva. Se tiver interesse, apareça por lá. Ele anda meio desativado.
Que outras você indicaria, para compartilhar comigo?

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