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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy - Suicídio?

Finalizando a série sobre Amy Winehouse, compartilho um breve diálogo virtual.

Um amigo escreveu:

Homero:
Jimmy Hendrix e Tim Maia eram da turma dos caretas comparado com ela.... Fumou e bebeu muuuuuuuuuuito, ou seja, suicidou.
Deste modo, lastimo a perda, mas não exatamente tenho pena. 
Foi uma opção dela.

Eu respondi:

Concordo que deve ser considerado como um suicídio. Inclusive, na espiritualidade, assim é tratado, e quem sai deste plano dessa forma, sofre as dores do umbral, como mostrado no filme (e livro) ‘Nosso Lar’.

Mesmo assim, tenho pena.

Mudando de fio pra pavio, gostei do uso do verbo 'suicidar'.

Teve uma época em que eu pensava:
assim como 'homicida' é quem mata um ser humano, 'matricida' quem mata a mãe, 'parricida' é quem mata pai ou mãe, 'fratricida é quem mata o irmão, ‘genocida’ é quem mata um povo, e assim por diante,  se o prefixo 'sui' é 'a si memo', ‘suicídio’ é matar a si mesmo, então não precisaria do pronome 'se'. O 'suicidou' já se bastaria.

Ou você se esqueceu do 'se' em sua mensagem?


Ele treplicou:

Não sou um letrado.... portanto não sou o melhor cara para dizer se tem que colocar "se" ou não, mas para mim o verbo suicidar é automaticamente reflexivo. Não tem como suicidar alguém. Só a máfia usa  essa ideia.


Eu finalizei:

Boooa, a da máfia... e gostei do termo 'reflexivo'  também.

Não me lembrava!!! Obrigado!!!

Bom motivo para um post no blog!!



Aí, no dia seguinte, ele veio com uma  ducha de água fria:

Segundo os sites que acabo de consultar, o correto seria mesmo 'suicidar-se'. Será que a máfia já convenceu o Aurélio???


Bem, mesmo assim, acho que valeria uma discussão, não.

Portanto, letrados amigos, opinai!!

Por que o verbo suicidar não é reflexivo, baseado na argumentação acima?

Por que ele já não se basta, desprezando o uso do pronome ‘se’?
 

4 comentários:

  1. O certo não é patricida, mas sim PARRICIDA,que serve tanto para quem mata o pai como a mãe.

    Quanto a Amy, seu suicidio começou há muito, muito tempo, infelizmente.

    Abraços,
    Carol

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  2. Obrigado, Carol, corrigido imediatamente!!!
    Abraços

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  3. Ontem, 25 de julio de 2011, eu lia no caraquenho El Nacional a opinião do Sr. Claudio Nazoa, sob o título "John Lennon y Chávez", donde reproduzo o trecho: "El título es raro, pero lo que le está pasando a Chávez me ha recordado una de las frases más geniales que ser humano haya dicho: "La vida son todas aquellas cosas que nos están pasando, mientras nosotros estamos haciendo otros planes", John Lennon. Lo anterior podría convertirse en religión, por lo profundo de su contenido, y más si tomamos en cuenta que el propio Lennon fue víctima de su frase, cuando una aciaga noche en la que salía a cenar un maldito demente lo asesinó. Su plan inmediato era pasar una simpática velada pero, paradójicamentem y él no podía saberlo, la velada se convertió en el último segundo de su vida. Este riesgo lo vivimos todos. Estamos en peligro constante. No tenemos control de nuestro futuro, sólo existe el segundo mientras usted lee esto...".

    Uma reflexão sobre esse texto, leva a um universo de conjecturas sobre a vida, futuro, etc. Entrementes, smj parece que a opção da Amy foi a de abreviar a vida, pois, talvez, para ela, tenha sido duro demais, em seus cada vez mais raros momentos de consciência e lucidez, perceber que a longa e insistente aditivação, via drogas lícitas e ilícitas, tenha lhe cegado a esperança e já não lhe permitia augurar quaisquer perspectivas de futuro. Deixou uma bela obra, muitos fans e, sobretudo, muitas lições...

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  4. Eu acredito que logo, logo teremos a revolta da língua culta! são tantos disparates que a gente ouve e lê, não só aqui no ambiente virtual, mas em revistas, livros, jornais impressos e etc..

    Nessa revolta, apoiarei o partido MACHADIANO!

    Simone.

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