Um amigo esteve em Reims e comentou que a visita foi muito mais aproveitada por ter lido/ouvido meu poema sobre Joana D'Arc, que produzi há dois anos
Fiquei feliz!!!
Abaixo, apresento minha resenha épica sobre a épica da Virgem de Órlean, na ótica descrita por Leon Denis (fala-se "leÔN deNÍ") no começo do século passado.
Foi surpreendente.
Sempre soube de sua grandeza, vi um filme, de Jean Luc Besson, mas dele não me lembro, então me espantaram sobremaneira os detalhes de sua vida e paixão, sim, o sofrimento que passou tem gente que o campara ao de Jesus Cristo...
Por ter sido uma vida épica, usei como estrutura poética, a 'oitava épica' que Camões criou em Os Lusíadas. Usei também Versos Decassílabos.
Vamos lá?
Olha, declamei em estúdio, editei e inseri trilha sonora.
OUÇA, clicando
no Play Verdinho abaixo
LEIA a seguir os versos
com ilustrações
e informação sobre a trilha sonora
(se está no celular, coloque-o na horizontal)
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Joana D’Arc Médium
Leon Denis
1ª Parte
VIDA E MEDIUNIDADE DE JOANA D'ARC
Entra Bolero, de Ravel
1
Personagem crucial de uma guerra,
Que só de anos durou mais de 100.
Muito jovem, defende sua terra,
Inspirada por mensagens do Além.
Vive uma jornada que encerra
Sem nunca temer nada e ninguém.
Convido então que já você embarque
Na incrível saga de Joana D’Arc.
2
Quem a nos desvenda é Leon Denis,
Emérito seguidor da doutrina
Que Kardec nos deixou por aqui,
Aquela que nos instrui e ensina
Que a nossa vida não termina em si,
Que depende de nós nossa sina:
Que, para termos firme evolução,
Fora da caridade, não há salvação.
3
Na introdução, Denis nos alerta,
Da variada gama de versões,
Muitas antes daquela descoberta.
Elas diziam que suas visões
Eram coisas de sua mente incerta,
Eram nada mais que alucinações.
Eles não sabiam que, na verdade,
Tudo era fruto da mediunidade.
4
No Século XV, gente assim
Assustava as pessoas e mormente
Muitos acabavam com triste fim.
Pra Joana, vinham em sua mente
Imagens de santos e querubims,
Incitando que fosse diligente,
Pois ela vinha com nobre missão,
De salvar a França da opressão!
5
Denis nos conta do estado premente,
Em mil quatrocentos e vinte e nove,
Em que o Rei Carlos VI, demente,
Subjugado ao Rei inglês que promove
Destruição à França decadente,
Que nada e ninguém sequer demove,
Renega o próprio
filho, o Delfim,
Relegando o país a triste fim.
6
Em Donremy, havia uma menina
Que tinha visões, de nome Joana.
Aos 13 anos, a história ensina
Rezando ao lado de sua choupana,
São Gabriel inspira sua sina.
Santa Missão, ela aceita com gana!
Aos 17, a donzela entra em cena.
A França encontra a Virgem de Lorena.
7
Ela não sabe ler nem escrever,
Dedica-se à vida camponesa.
Jamais se poderia antever
Que pudesse assumir a defesa,
Sempre sabendo o que fazer,
Pra liderar seu país, fácil presa.
Era o Alto que a orientava.
Joana D’Arc não pestanejava!
8
Naquele tempo, quem ia pra guerra
Eram mercenários em batalhões.
Joana fez que a defesa da terra
Ficasse robusta em seus corações.
Em discurso firme, Joana descerra
Um almanaque de nobres lições,
E transforma bandidos idiotas
Em irrepreensíveis patriotas.
9
Era comprovadamente donzela.
Iletrada, confundia doutores.
Frágil, passava horas sobre a sela.
Exarava bordões superiores.
Durante os processos contra ela,
Revelava aos investigadores:
“Há, nos livros de Nosso Senhor,
Bem mais do que tu és sabedor!”
10
Seus santos são com ela até o fim:
São Miguel, nunca nomeou-se a si.
Santas Margarida e Catarina, sim.
Aparecem sempre, aqui e ali.
A confiança é cega, outrossim,
A mente em frequente frenesi.
“Vai e aconteça o que acontecer,
Ajuda-te a ti, Deus é com você!”
11
Quando Joana deixa Donremy,
Madrugada, não diz nada a ninguém!
Temia que a prendessem ali.
Seu destino, o pai sabia também.
Beija-lhes as frontes, apenas sorri,
Parte pra Vaucouleurs e muito além.
“Mesmo se tivesse 100 mães e pais,
Eu seguiria sem olhar para trás...”
12
Seu tio Durant ajudou, foi com ela.
Único parente a acreditar.
Robert, o capitão da cidadela,
Comanda o Cura a exorcizar,
É convencido das intenções dela
E dá-lhe escolta para cavalgar.
“Em pouco tempo, tenho fé, bem sei,
Estarei na nobre presença do Rei!”
13
Le Dauphin era jovem qual Joana
Era iludido, enganado, traído.
Entregue ao prazer da vida mundana,
Carlos teria que ser convencido.
Teria ao lado força sobre humana,
Aquela menina trazia o bramido:
“Venho da parte do Reino do Céu
De lá vem socorro, tinta e pincel!”
14
O caminho até Chinon é perigoso.
Perigos rodeiam a caravana,
Mas já ocorria algo espantoso,
Pois prestes a atacarem Joana,
Bandidos grudam no chão lodoso.
Decerto era mais que uma lenda urbana.
As visões afastavam o perigo:
“Vai, sim, filha de Deus, estou contigo!”
15
Na pré-sala do Delfim, ela era
Olhada com muita desconfiança
Respondia a tudo direta e austera
E virava o jogo da esperança.
A mensagem que vinha era sincera
Havia chance para a amada França.
“Nela não se encontra qualquer maldade,
Apenas nobreza e simplicidade.”
16
O herdeiro, tímido e fanfarrão,
Colocou um cortesão no trono
E foi esconder-se na multidão.
Mas ela sabia seu real dono,
E a ele marchou com exatidão.
De joelhos, contou-lhe em baixo tono
Segredos íntimos do fundo da arca.
Resplandeceu a face do monarca.
17
Ela disse o que só ele sabia,
Da dúvida sobre a filiação,
E que na verdade ele só queria
Escapar, ver-se livre da prisão,
Ter vida tranquila na boemia,
Mesmo fosse longe da Nação.
A sala toda entrou em catarse...
Um milagre acabara de operar-se.
18
A fama de Joana era um rastilho
Mas não a livrou de humilhações.
Em Poitier, repetiu o estribilho:
De 20 teólogos, mais questões
Mas firme ela não saía do trilho
E ia angariando corações.
Mas ainda sofria a maratona
De provar sua pureza às matronas.
19
Ela saiu triunfante com louvor

Mas só foi batalhar após um mês.
Ainda duvidavam-lhe o valor.
Tours seria próximo alvo do inglês.
Ela fez lá seu traje lutador
O estandarte a conferir altivez:
Deus a abençoar as Flores de Liz
"Jhésus Maria" a dar a diretriz.
20
A inspiração vinha sempre do Céu.
A armadura era branca cintilante,
A espada era a de Carlos Martel.
A completar o conjunto radiante,
Um fogoso, lindo, negro corcel.
Joana estava pronta, confiante.
Para, com suas tropas, avançar,
Colocar o Rei em seu lugar.
21
Tão só com Orléans desesperada,
O comando autorizou a partida.
Capitães de posição elevada
Sob ordens da menina destemida.
Tropa inglesa parecia entrevada.
A heroína se arroja a toda brida.
A bandeira desfraldada à frente,
Mais determinada que toda gente.
22
Orléans é libertada em três dias.
O general inglês cai prisioneiro.
A cidade festeja a alforria.
A virgem venerada por inteiro.
A notícia da enorme ousadia
Espalha-se como fogo em palheiro.
Muitos relatos de premonição.
Até ventos mudam de direção.
23
A primeira profecia é cumprida.
Levar o Delfim a Reims é preciso,
Mas é grande a distância a ser vencida
E ele é indolente e indeciso.
Sua entourage controla-lhe a vida
E afeta de fato o seu juízo.
Só que o clamor popular é forte
E 12 mil homens partem ao norte.
24
Em Troyes, vem o primeiro empecilho:
A citadela fortemente sitiada!
O Rei pergunta: seguimos no trilho
Ou voltamos em fuga desabalada?
Mas Joana está firme no estribilho:
"Seguiremos, sim, nossa jornada!"
De noite, incita jornada frenética..
De manhã, vem a rendição patética.
25
Assustaram-se com o poderio,
Artilharia armada e bem postada,
Arqueiros e besteiros por um fio
À sua frente, a líder montada,
A espada a comandar 12 mil.
Pediram rendição negociada.
Chalon e Reims caíram em seguida
Joana trazia um Rei a dar vida!
26
Em Reims, ocorreu a coroação.Joana cumpria a segunda parte
De sua nobre e sagrada Missão.
Via-se seu valoroso estandarte
De todos os pontos da sagração.
Aos pés do Rei fez firme aparte:
“Fiz o que foi do agrado de Deus.
Agora, reinas os súditos teus!”
Entra Noturno 9, de Chopin
27
Joana encanta todos onde passa.
Junta-se aos humildes e desvalidos.
A fama dela, à do Rei ultrapassa.
Criam-na vinda dos Santos ungidos.
Diziam voltaria à sua praça
Pois seus desígnios estavam cumpridos.
Só que não! Ela falou aos ingleses:
"A minha França é só para os franceses!"
28
Então, "Rumo a Paris!" ela falou,
No dia seguinte à Coroação.
Seria o melhor momento, afirmou.
Os ingleses estavam sem ação.
Entretanto, o Rei fraco negou.
Ouviu o conselho dos cortesãos.
E seis semanas então se passaram
E aí, os ingleses se reforçaram.
29
A estrela de Joana empalidece.
Ingleses são menores inimigos.
Pois é a inveja da corte que cresce,
Vêem na glória dela um perigo.
A igreja também não aquiesce
À fama de Santa que traz consigo.
Generais feridos em seu orgulho
Tramam dar à Guerreira seu esbulho.
30
Na Porta de Saint Honoré, previu:
"Amanhã, sairá sangue de mim!"
E, de fato, uma besta a atingiu.
Ficou fora de combate e assim
Um recuo pra Saint Denis sobreviu.
Ao melhorar, queria atacar, sim
Porém, o Rei mandara destruir
Pontes por onde poderia ir!
31
Sucederam-se oito meses ruins.
O resultado foi assim-assim
Vence em St.Pierre Mouthier,
Sendo derrotada em Charité.
É chamada à corte do Ex-Delfim
E encontra um real fuzuê.
Seus guias lhe dão dura previsão:
"Serás detida antes do São João!"
32
De seu futuro ela estava ciente:
"Nada temo senão a traição..."
O boicote já estava evidente.
Em Compiégne, a situação.
Foi presa a guerreira inclemente!
Não se sabe de premeditação.
Decerto aproveitaram o gatilho
Para livrarem-se do empecilho.
33
Nada se fez pra salvar a heroína.
Entrou no calvário de sua sina.Foi de prisão em prisão por 6 meses.
Por 10 mil libras, vendida aos ingleses.
Sem lutar, sentia-se pequenina.
Depressão vinha-lhe algumas vezes
Em Beaurevoir, se joga da torre,
Mas, sabe-se, não é assim que morre.
34
Em Le Crotoy, ela vê o mar,
Apenas pela grade da prisão.
Como os ingleses iam lhe tratar
É sua maior preocupação.
Ali não teve nada a reclamar.
Mas em Rouen, a abominação:
Gaiola em correntes, como as galés
Pescoço e cintura, mãos e pés.
35
Ainda na costa da Normandia
Quando chorava seu triste fado,
Um de seus caros guias lhe dizia:
"Filha, recebe tudo de bom grado!"
Mas foi em Rouen a real agonia.
Um tratamento cruel lhe foi dado.
Seis meses de verdadeira paixão,
De escandalizar qualquer coração.
36
A súcia de soldados brutos, vis, Usam toda sorte de maus tratos
Estuprá-la, tentam seus corpanzis.
Ela denuncia sem sucesso os fatos
As visitas não lhe são mais gentis,
Eles escarnecem-na com seus atos.
Encontram seu rosto pisado, inchado.
Seu corpo sempre em péssimo estado.
Entra Claire de Lune, de Debussy
37
Eis um bom momento pra mencionar
Sobre os trajes masculinos de Joana,
Em paz ou em guerra a ostentar.
Se antes, para dar aura espartana.
Cá, impedia-os de a desnudar,
Preservando sua aura improfana.
Mas a última visão da guerreira.
É feminina, amarrada à fogueira.
38
A menina suporta com galhardia,
Inda é interrogada pro julgamento.
E ali tabém seguia a covardia.
Não havia defesa a seu fomento
Contra ela, uma falsa alegoria
A incentivar o seu tormento.
Eram 71 homens da igreja,
Fariseus de má intenção sobeja.
39
À igreja, juntou-se a Academia:
A Universidade de Paris
Fez injunções desde o primeiro dia.
Tinha intenções nem um pouco sutis.
Guardiã dos processos de heresia,
Queria apontar os próprios fuzis.
E Joana ainda enfrentou seu clone
Na figura da "egrégia" Sorbonne!!!
40
Joana suportou com altivez.
Estava abandonada à própria sorte.
O Rei que ela resgatou nada fez.
Dizia que se Deus queria sua morte
Era culpa dela, vejam vocês...
Até o fim negou qualquer suporte...
Décadas depois se arrependeu
A reabilitação promoveu.
41
A admoestação era constante.
Levavam-na à sala de torturas.
Chegavam a usar ferro flamante.
Evitavam sevícias mais duras
Para evitar a morte liberante.
As intenções eram mais obscuras:
Esperavam condená-la à fogueira,
Acusando-a como feiticeira.
42
A argumentação contra a guerreira
Ia aos píncaros do indecente.
Um bispo disse-a não merecedeira
Da orientação de um Deus Clemente
Por sua baixa condição financeira.
O que dizer? Ora, francamente!
Tamanho contrassenso cheira a pus.
Lembre-se os apóstolos de Jesus!
43
Eram longos os interrogatórios
De 3 horas, um ou mais por dia.
Ambiente opressor, vexatório.
Pesadas correntes... uma agonia...
Ela estava em constante purgatório.
Sempre altiva, a tudo respondia.
"Dizeis que sois meu juiz, pois não sois!
Cuida! A punição virá depois!"
44
Sua serenidade impressionava.
Mesmo sob o peso das correntes.
Com firmeza, a posição afirmava.
Chegava a encantar os presentes.
Seu olhar, lampejos despejava.
Erigia-se bela, imponente.
Entretanto, nada disso evitou
O fim que a ela se programou.
45
Mas o terrorismo seguia, vil.
Detalham o suplício na fogueira.
Ela preferia, dez vezes mil,
O fim na guilhotina derradeira.
Mas segundo aquela corja hostil
Não poderia sobrar nem caveira,
Nem um resto sequer a ser cultuado,
Em um mito eterno a ser cultivado.
46
No final, é levada a um cemitério.
Para abjurar em favor da igreja.
Em estado físico deletério,
Nosso santo anjo afinal fraqueja.
Não tendo aprendido em magistério,
Sem ler, firma qualquer papel que seja..
De noite, seu anjo diz ser traição,
Ela faz última retratação!
47
É o sinal pra sua condenação:
Herética, inspirada pelo inferno.
Pois ninguém entendeu sua Missão,
Seu olhar simples, leal, franco, terno.
Vai morrer no fogo, sem remissão.
Sozinha, vai partir para o eterno.
Trinta de maio é o seu debrum,
Mil quatrocentos e trinta e um.
48
Quando Joana sabe de seu fim,
Ela exclama chorando: "Ai de mim!
Tratam-me horrível e cruelmente"
Impressiona-a cruciantemente
O suplício do fogo, mesmo assim
Seguiu firme, forte e honradamente.
Levada por 800 soldados
E mais todos seus juízes prelados.
49
Leem o acusatório libelo...
São 70 artigos de baixo a cima.
Um estupor! E por isso, cancelo,
Apenas por um momento, a rima.
De vergonha, eu até fico amarelo.
Pra poesia, não há menor clima.
Então, ao final, apresento o derrame
Dos componentes dessa lista infame.
Entra A Day In The Life, dos Beatles
50
A fogueira vil era gigantesca!Joana presa ao poste no pescoço!
Uma imagem realmente dantesca!
E em meio a um enorme alvoroço,
Dirigiu-se à cruel soldadesca
E fez um último desejo ao moço:
"Procure em alguma igreja uma Cruz!
Quero morrer olhando pra Jesus!"
52
Inclemente fogo já crepitando,
Com seu povo gritando e chorando,
Com suas roupas já a fumegar,
Encontra ainda força pra gritar,
A verdade das visões afirmando,
Retrato da história lapidar.
"Nada do que falei era mesmo meu.
Tudo veio do Alto e de Meu Deus!"
53
Em seu derradeiro sopro de vida,
O último grito foi para a Cruz
(Era o vínculo de toda uma vida
Em todos os momentos, era a Luz
A fonte de sua alma aguerrida),
Os pulmões já fervendo, foi: "Jesuuuus!"
Sim, sua dor foi enorme, foi tanta.
Séculos depois, ela virou Santa
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Não achei mais a lista das 70 acusações contra ela mas era isto aqui que
estava escrito numa placa, na hora da consumação pelo fogo.
'Joana, que se fez nomear a Donzela, mentirosa, perniciosa, abusadora do
povo, advinha, supersticiosa, blasfemadora de Deus, presunçosa, que não
professa a fé de Jesus Cristo, vingadora, idólatra, cruel, dissoluta,
invocadora de demônios, apóstata, cismática e herética.'
O pai morreu logo, de desgosto
A mãe brigou anos pela revisão do processo.
O Rei, temeroso de ficar marcado pelo crime, deu ouvidos à voz pública e
começou o processo de reabilitação, o que só conseguiu em 1455, quando foi
anulado o julgamento.
Aliás,
a Guerra dos CEM ANOS (que durou 114),
terminou em 1453,
vencida
pelos FRANCESES,
cujo REI era Carlos VII,
que foi o REI que a menina JOANA D’ARC
COROOU.
Simples assim!!
Porém, séculos se passaram sem que lhe cultuassem a vida, quando uma febre
começou, de investigação de pergaminhos e bibliotecas poeirentas, foram
revistas muitas partes da história, que haviam sido acobertadas na época do
julgamento e pós-morte.
Joana D’Arc foi canonizada em 1915 e santificada em 1920.
Entra The End, dos Beatles