Paul McCartney após The Beatles
Este é um extrato matricial do Projeto 'As Décadas Sem The Beatles' no que tange às principais contribuições de Paul McCartney, nesta ocasião em que celebramos seus 80 anos, em 18 de junho.
Outras homenagens ao nosso Vovô predileto, aqui neste LINK.
Em tempo, Ringo é nosso Bisavô predileto!
Vale a ressalva inicial que o estudo não pretende esgotar o que foi a carreira solo do baixista dos Beatles, longe disso!
Aqui, neste LINK, encontrará o áudio, de 1 hora e 11 minutos
E abaixo, tudo transcrito, pra sua orientação sobre o que está ouvindo.
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A Década de 1970 – Going Solo
Trecho de Another Day
Paul McCartney começou com dois LPs solo, um deles ainda antes do fim dos Beatles, com uma obra-prima (Maybe I’m Amazed),
Trecho de Maybe I'm Amazed
e três singles, um deles 1º lugar nas paradas,
Trecho de Uncle Albert / Admiral Halsey
mas o que eu mais gosto daquele início é Another Day, marca registrada do maior storyteller dos Beatles. Depois, tentou recriar o clima de banda, montando Wings, que teve muitas configurações, chegando a ser um trio em dois períodos (Paul, Linda e Denny Laine),. Ela excursionou pelo mundo. Nos Estados Unidos, Paul teve mais 6 singles e 5 LPs no topo das paradas,
Trechos de
My Love,
Band On The Run,
Listen To What The Man Said,
Silly Love Songs,
With a Little Luck,
Coming Up
Trecho de Mull Of Kintire
A banda acabou ainda na mesma década, na prática, quando Paul foi preso no Japão por posse de maconha. Depois daquilo, nada lançaram de marcante até seu fim oficial, em 81, quando Paul já havia lançado seu segundo disco totalmente solo, McCartney II.
Trecho de Temporary Secretary
No cômputo geral da década, Paul lançou 36 singles!!! Seria um recorde mundial? Na vida pessoal, levou Linda aos palcos e ela lhe deu mais dois filhos, Stela e James, sendo que o parto da menina quase a levou deste mundo.
A cereja do bolo, para Paul, seria um Oscar a que concorreu em 73, por Live And Let Die, tema do filme homônimo de James Bond, mas ele não veio.
Trecho de Live And Let Die
A década foi também marcada por desavenças comerciais entre os Beatles, com Paul processando os demais por conta da associação deles com um empresário inescrupuloso (processo que ele ganhou!), mas não entrarei em detalhes sobre o tema. Destacarei aqui o embate artístico que essa celeuma provocou entre os dois membros da maior dupla de compositores que já se viu, uma troca de farpas musicais, mais especificamente por duas canções: Too Many People, de Paul,
Trecho de Too Many People
lançada em RAM, seu ótimo 2º LP em 71, onde Paul insinua a culpa de John pela separação dos Beatles (verdade!) mas que não precisa mais dele (mentira!), e John responde asperamente em How Do You Sleep, lançada em Imagine, também seu 2º LP, atacando o estilo de composição do antigo companheiro (absolutamente injusto!).
Trecho de How Do You Sleep
Ao longo da década, eles se encontraram umas poucas vezes, fizeram as pazes, e John definiu bem a situação entre eles, e quem era Paul, em sua última entrevista, dada horas antes de ser assassinado:
Paul é meu irmão!
Você sabe, em família, às vezes temos rusgas
Mas ao final do dia, não existe nada que eu não faria por ele
e eu tenho certeza que é recíproco!
... pausa para uma lágrima ...
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A Década de 1980 – 10 Anos de Luto
Início de All Those Years Ago
Eu defino os anos 1980 como a Década de Luto. Não foi fácil rompê-la com a mancha de ter um companheiro inconcebivelmente assassinado, sem a menor razão… enfim. Paul nem lançou nenhum single naquele ano, George, sim, mas para fazer homenagem: adaptou uma canção que fizera para Ringo gravar, acrescendo letras exaltando o finado amigo, e lançou-a ele mesmo em 81, com a participação dos outros dois Beatles, All Those Years Ago.
Segue All Those Years Ago mais um pouco e para
Paul fez Here Today no ano seguinte em homenagem ao parceiro, e sempre chora quando a canta ao vivo, em todos os shows, religiosamente.
Trecho de Here Today
O álbum em que foi lançada, Tug Of War, topou paradas US e UK, vendeu milhões
Trecho de Tug of War
, foi bem recebido pela crítica, ótimas canções, dentre elas, uma sensacional, que eu amo de paixão, rock and roll alegre, contagiante, Ballroom Dancing
Trecho de Ball Room Dancing
e teve um single Nº1 mundial, Ebony and Ivory, um dueto com Stevie Wonder, verdadeiro hino antirracismo (🎶🎵Side by side on my piano keyboard, oh Lord, why don't we?🎶🎵), branco e preto vivendo em harmonia, por que não?
Trecho de Ebony And Ivory
Outro dueto de Paul também chegou no todo da parada, um ano depois, com Michael Jackson em Say Say Say, também no álbum Pipes of Piece.
Trecho de Say Say Say
Era a segunda vez em que fazia dueto com o Rei do Pop, ficaram amigos, até que Paul sugeriu a ele que comprasse catálogos de artistas famosos, pois era um bom negócio, e ele aceitou a ideia: comprou o catálogo de uma banda chamada The Beatles, por 47,5 milhões de dólares, em 85!
Em 87, Paul lançou All The Best, a 1ª coletânea cobrindo toda a carreira solo, pré e pós Wings. Teve duas versões, e eu descobri isso da pior maneira. Assim que chegou, eu comprei, 17 canções, fui ouvindo, ouvi, acabou e … cadê Mull of Kintire? Eu sabia que tinha… mas havia ficado na outra versão, para os ingleses…. Eu comprara a versão americana, que tinha Junior’s Farm no lugar…. E eu nem a conhecia… Não tive dúvidas, assim que pude, comprei a versão britânica! Foi um grande sucesso em UK (2º lugar) mas nem passou perto nos EUA, incrível… acho que até devem ter se arrependido das escolhas! Foi ali a primeira vez que tive acesso a No More Lonely Nights,
Trecho de No More Lonely Nights
linda balada de Give My Regards to Broadstreet de 1984, filme em que foi também ator, junto com Linda e Ringo, com bilheteria fraca e crítica idem, mas trilha sonora de primeira, com ótimas versões inclusive de canções da época dos Beatles, chegando ao topo em seu país.
Restinho de No More Lonely Nights
Em 88, Paul fez um lançamento exclusivo para o mercado soviético, CHOBA B CCCP, apenas com covers do bom Rock And Roll e uma surpreendente interpretação de Summertime, sim, de Gershwin, sem dúvida inspirado na grande Janis Joplin.
Trecho de Summertime
A década terminou para Paul com um elogiado álbum, Flowers in the Dirt, que topou a parada em UK, e seu carro-chefe era My Brave Face.
Trecho de My Brave Face
O álbum foi levado na excursão mundial que começou em 89 e culminou com dois shows em abril de 90 no Maracanã, um deles um recorde mundial imbatível, 184 mil pagantes em show de um artista solo, e eu era um deles. Naquela excursão, finalmente ele perdeu os pudores, e começou a tocar canções da época dos Beatles, sem medo de ser feliz! Aproveitou para registrar seu amor pelos medley, lançando mais um, curtinho, misturando as canções do 1º single dos Beatles, ambas de sua autoria, P.S.Love Me Do
Trecho de P.S Love Me Do
O CD Triplo que retratou a excursão, Tripping The Live Fantastic, foi um sucesso mundial, vendendo mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos. Depois de um 1981 virgem em singles, em homenagem à perda de John, a década viu 25 lançamentos de Paul, mas outros Nº1 apenas em lançamentos beneficentes e só em UK.
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A Década de 1990 - Antológica
A década teve agruras particulares para os três Beatles: Paul perdeu Linda, sua companheira de 29 anos, em 98, para o câncer de mama.
Trecho de I Lost My Little Girl do MTV Unplugged
Paul começou a década com três lançamentos, um deles a pioneiríssima gravação de seu show Acústico na MTV, o disco Unplugged - The Official Bootleg, antecipando-se brilhantemente à pirataria que fatalmente lançaria tudo, sem nada reverter a ele. Continha covers e versões acústicas de canções dos Beatles, além de apresentar sua 1ª composição, na guitarra, I Lost My Little Girl.
O segundo, Liverpool Oratorio, foi sua primeira incursão na música clássica, com relativo sucesso, angariando o respeito por sua versatilidade. O terceiro, ainda em 1991, foi uma surpresa para o mundo todo, menos para os russos, o CHOBA B CCCP, que fora lançado apenas na União Soviética, como falamos, nos relatos da década anterior.
Trecho de Get Out Of My Way
Fez mais uma excursão mundial, com maaaais Beatles e levando o LP Off The Ground, com algumas baladas mas minha preferida, um driving rock do bom, era Get Of My Way, que não saiu nem em single nem foi tocada na excursão. O álbum Paul Is Live, com uma icônica foto de capa atravessando a Abbey Road com sua cadela, igualzinha à Martha My Dear, registrou a excursão!
Mais um pouco de Get Out Of My Way
Mas Paul era imparável e lançou sua primeira incursão na música eletrônica, sob o pseudônimo de Fireman.
Depois do Projeto Anthology, Paul lançou o álbum Flaming Pie, seu maior sucesso desde Tug of War, quaaaase topando as paradas, e com direito a indicação ao Grammy de Álbum do Ano. Nesse disco, além de lançar a inédita parceria com Ringo, compôs uma linda valsa, The Songs We Were Singing, lembrando-se dos tempos em que compunha com nosso amado John,
Trecho de The Songs We Were Singing
e ainda homenageou a mãe dos filhos de Ringo, então recentemente falecida, com a canção Little Willow.
Trecho de Little Willow
Paul foi alçado ao posto de Cavaleiro do Império Britânico, ungido pela própria Rainha Elizabeth II em 1997, tornando-se Sir Paul McCartney.
Trecho de Run Devil Run
Depois do luto por Linda, lançou o visceral Run Devil Run, tendo como convidados David Pink Floyd Gilmour e Ian Deep Purple Paice, somente rock raiz gravado no Cavern Club.
Mais um pouco de Run Devil Run
Finalmente, Paul promoveu, no Albert Hall, uma homenagem a Linda, que teve as presenças de Eric Clapton, George Michael, Elvis Costello, Phil Collins, The Pretenders e Tom Jones, então, estava bastante ativo, também. A década fechou virgem em grandes sucessos, foram 12 singles sem beliscar as primeiras posições nas principais paradas.
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A Década de 2000 – Naked Love 090909
Trecho de Vanila Sky
Paul teve muitos momentos de evidência, começando com a indicação ao Oscar de Melhor Canção escrita para um Filme, Vanilla Sky em 2003, mas não ganhou novamente…siga tentando, Paul! Foi uma década virgem em sucessos nas paradas, afora um lançamento beneficente, que chegou ao topo em UK, dentre 9 singles lançados. Ele tirou o atraso das excursões, passando de UMA excursão mundial na década anterior (muito por conta da dedicação ao Projeto Anthology), para OITO na 1ª década do milênio, sendo quatro de grande duração, numa delas faturando mais de 100 milhões de dólares. Da última, que invadiu a década seguinte, eu fui testemunha, em agosto de 2010 em São Paulo e maio de 2011 no Rio de Janeiro.
Tendo testemunhado o choque dos aviões no World Trade Center em 2001, Paul liderou o Concert For New York City ainda no mesmo ano, e compôs uma canção em referência ao ocorrido, Freedom, que vendeu apenas o suficiente para entrar no TOP 100 nos Estados Unidos.
Trecho de She’s Leaving Home Live in US
No ano seguinte, formou a banda que está com ele até hoje, que até vou destacar aqui, em homenagem aos 20 anos de parceria firme com Paul, os guitarristas Rusty Anderson e Brian Ray, o baterista Abe Laboriel Jr. e o tecladista Paul Wix Wickens, este remanescente da formação anterior. Saiu com ela em excursão mundial com seu álbum Driving Rain, o álbum em si sem grande sucesso, mas a excursão foi considerada a melhor do ano no mundo todo, com direito a um álbum duplo, Back in The US. Eu vi um dos shows, em Houston, em 2002! Foi a 1ª vez em que tocou ao vivo She’s Leaving Home, quase desmaiei!
Paul fez o prestigiadíssimo show no intervalo do Super Bowl em 2005, e tocou para 350 mil pessoas na Praça da Liberdade de Kiev, Ucrânia, em 2008, e foi convidado para inaugurar o Citi Field, antigo Shea Stadium, em 2009, lotando as três noites programadas.
Trecho de English Tea
Lançou mais dois álbuns que ficaram no Top 10 das paradas, um deles como One-Man-Band (o 3º da carreira), Chaos and Creation In The Backyard, muito bem recebido pela crítica, e que teve uma de suas canções, English Tea, tocada ao vivo para acordar os astronautas da estação espacial, em associação com 🎶🎵Good Day Sunshine🎶🎵, apropriadíssima à ocasião. Foi em novembro de 2005, em um show de uma excursão pelos Estados Unidos, que gerou o DVD The Space Between US.
Paul estava bem produtivo: lançou mais um álbum com música clássica e mais um como Fireman, de música eletrônica. A década terminou com um prêmio de prestígio, o Gershwin, pelo conjunto da obra, entregue pelo Presidente Barack Obama, após show intimista e antológico na Casa Branca, onde ele até cantou 🎶🎵Michelle Ma Belle🎶🎵 olhando para Michelle.. Obama.
Trecho de Michelle na Casa Branca
Sua vida pessoal foi agitada! Casou-se novamente, teve mais uma filha e separou-se! A esposa da vez foi Heather Mills, premiada ativista antiminas, de temperamento estranho, com um diagnóstico de mentirosa compulsiva, mas que saiu do casamento com 50 milhões de dólares consensuais. A filha Beatrice, nasceu em 2003, e hoje, com 19 anos, é transgênero, mudou seu nome para Benedict e é a cara dele.
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A Década de 2010 – A Década dos 50
A década 2010-2019 foi a primeira a ter apenas dois Beatles na face da Terra.
Trecho de Helter Skelter Live Good Evening New York City
E falando em Paul, a década veio com um novo amor, e ele se casou com a empresária Nancy Shevell, 18 anos mais nova, união que segue firme até hoje. Era outubro de 2011. E no meio da década, ganhou um asteróide pra chamar de seu, o 4148 McCartney. Será que ficou acabrunhado por Ringo ter ganhado um Planeta?
Mais Helter Skelter Live
Musicalmente, a década começou com um Grammy, por Melhor Desempenho Vocal de Rock, por uma Helter Skelter ao vivo, num show em New York ainda de 2009! Ele seguia muito requisitado, sendo a grande atração em grandes eventos, como o Jubileu de Diamante da Rainha nos jardins do Palácio de Buckingham, e o a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres, eventos com diferença de meses em 2012. No mesmo ano, mais um Grammy (vai contando!), de Melhor Álbum Histórico, o famoso Band On The Run, que foi relançado com grande pompa! E, se em uma noite participava de uma sensacional homenagem a ele, A Pessoa Do Ano, em Los Angeles, com suas canções cantadas por gente como James Taylor, Norah Jones, Coldplay, Alicia Keys, Neil Young e até nosso Sérgio Mendes, com direito a uma sensacional abertura do elenco de Love, do Cirque de Soleil, dias depois juntava 100 mil pessoas na Cidade do México em dois dias seguidos. Um assombro!
Trecho de My Valentine
Em 2013 veio o álbum Kisses on the Bottom, que era de covers, mas tinha duas originais, uma delas, linda, dedicada a seu novo amor, My Valentine. Aliás, o álbum rendeu-lhe seu 4º Grammy na década, pelo Melhor Filme Musical, Live Kisses! Paul gravou todas as canções daquele álbum acompanhado de orquestra e sem tocar qualquer instrumento… foi estranho … parecia até que estava nu!
Mais My Vakentine
Suas cinco excursões na década foram todas lotadas, inclusive uma ao Japão, só que não… Foi em 2014, toda vendida, mas ele teve que cancelar por ter contraído um vírus, que combateu, deixando a todos nós preocupados, mas superou, para retornar firme e forte, no curso de seus 72 anos! Estima-se que a One on One Tour, que durou ano e meio entre 2016 e 2017, faturou quase 250 milhões de dólares! A temporada de Grammy’s entretanto, não havia terminado.
Trecho de Cut Me Some Slack com Nirvana
Veio mais um Grammy em 2014, o 5º, de Melhor Canção de Rock por Cut Me Some Slack, que Paul compôs e cantou com os Ex-Nirvana, incentivados por Dave Ghroll (super beatlemaníaco), e que tocaram juntos no especial do fim do mundo, em 12 do 12 do 12.
Trecho de Come And Get It com The Hollywood Vampires
Houve outros encontros inesperados, com Kanie West, Rihanna, Paul Simon, e até Alice Cooper, que presenteou os fãs dos Beatles com uma gravação dos Hollywood Vampires, com Paul, da canção Come And Get It, que Lennon/McCartney deram para o lançamento da banda Badfinger, contratada da Apple, em 1969! Paul lançou 15 singles na década, apenas um deles chegando ao topo, numa participação coletiva de um grande sucesso do passado, e, em termos de álbuns, Paul foi eclético. Além do álbum de covers já citado, dois álbuns, como direi, comuns, com sua banda, e ainda fechou a década voltando a ser um one-man-band. Todos de grande sucesso!
Trecho de Who Cares
Um dos ábuns de estúdio, Egypt Station, inclusive, chegou ao topo da parada americana em 2018, o que Paul não conseguia desde Tug Of War, 26 anos antes!!! Seu carro-chefe era Who Cares, que ganhou um video-clipe inspiradíssimo, com a presença luxuosa de Emma Stone, ganhadora do Oscar um ano antes. Com Paul no papel de seu analista!
A pandemia, que começou em março de 2020, colocou muitos em ‘lockdown’, mas nosso astro transformou em ‘rockdown’, e isolou-se para gravar seu quarto álbum verdadeiramente solo, tocando todos os instrumentos, McCartney III, de grande sucesso, Nº1 em UK e Nº2 na ‘América’. Foi um grande fechamento de década para o mais bem-sucedido Beatle.
A Década de 2020 – The Get Back Decade
A presenta década começou em meio a uma histórica pandemia, que ainda estamos a combater, mas o fenômeno Beatles parece imune a tudo.
Trecho de Find My Way McCartney III imagined with Beck
Paul terminou a década passada lançando seu quarto álbum como one-man-band, no clima da pandemia, isolado, tocando todos os instrumentos, o McCartney III, e nem bem começou a década seguinte, lançou um ‘corolário’ desse álbum, quatro meses depois. Se fosse série, poderia ser chamado de Spin-off. Seguinte... Chamou artistas da nova geração, alguns já contemplados com Grammy e até Idris Elba, ótimo ator do momento, para fazerem versões cover e remisturas, de todas as canções daquele álbum. Era McCartney III Imagined, que ficou nos Top 20 deste e do outro lado do Atlântico, nada mal! Numa delas, Find My Way cujo clip original mostrava Paul dando dando show tocando tudo, em sua imagem atual, aos quase 80, remoçou na nova versão, coreografada por Beck, com a imagem de Paul aos 20 anos, e com ótimo resultado.
Trailer do Documentário McCartney 3-2-1
Paul seguiu produtivo em meios diferentes de comunicação. Primeiro, um documentário! Ele chamou o lendário produtor Rick Rubin para entrevistá-lo sobre sua carreira como Beatle e também sua carreira solo. Era McCartney 3,2,1 – um documentário de grande sucesso na plataforma Hulu, em seis episódios, imperdível! Grandes histórias, momentos, declarações, sons, emoções!
Breve Trecho de Calico Skies, que foi usada no 1º trailer do livro
Depois, cansado de tantos Nº1 em décadas de sucessos na música, resolveu variar e foi buscar outro Nº1, agora no mercado literário: seu livro The Lyrics – 1956 to the Present, ricamente ilustrado e magnificamente estruturado, conta a história por trás de 154 de suas canções, com e sem os Beatles, que ele usou como plataforma para contar sobre sua vida, uma biografia disfarçada, um sucesso. Foi antecipado por inúmeros trailers na mídia, o primeiro deles tendo a canção Calico Skies ao fundo. Foi considerado o livro do ano pela Barnes & Noble, e entrou firme na lista dos New York Times Best Sellers! Né pouco, não! Vou mudar o nome dele para Paul Midas McCartney!Trecho de I’ve Got A Feeling da Got Back Tour
E Paul segue firme, já começou a temporada de 22 shows de sua nova turnê, nos Estados Unidos, com o espetacular nome Got Back Tour! E vai completar 80 anos no último show, dia 16 de junho em New Jersey. Sem muitas novidades no setlist, apenas Women and Wives do McCartney III, e algumas da época dos Beatles que não tocava ao vivo em décadas, como She Came In Through the Bathroom Window, mas a graaaande novidade foi um dueto espetacular em I’ve Got a Feeling, em que começa cantando ao vivo, e de repente vira-se para o telão e aparece a imagem gigante de John cantando,
John em I’ve Got A Feeling da Got Back Tour
num extrato em alta qualidade do documentário Get Back, aquele que levou-me a nomear este capítulo, o grande lançamento do Milênio no Universo The Beatles.
Vídeo de Paul começando a compor Get Back, para Ringo e George
É Paul quem aparece com muitas novidades. A maior delas saiu ali mesmo, aos nossos olhos, quando joga acordes em seu baixo, à frente de Ringo e George, e vemos a formação da base de Get Back, já com algum esboço de letra, e a definição do refrão. Simplesmente antológico!
Final do Vídeo de Paul já com o refrão de Get Back
Este foi o fim do Projeto ... As Décadas Sem The Beatles
Linda homenagem aos 80 anos do Paul. Terminei de ler chorando, emocionado, pela lindíssima carreira do nosso Paul. Sou muito grato a ele por tudo. Parábens, Paul.
ResponderExcluirNa minha opinião, a década de 90 em relação à Paul me marcou pela linda canção My Love. Não canso de ouvir e sempre que ouço parece que me transporto aos cerca de 30 anos que nos separa. Esta música me desperta o que eu chamo de “memória musical”, ou seja, é como se realmente fosse um túnel do tempo, lembrando de amigos que já não estão mais aqui, de viagens e de um monte de coisas legais . Agradeço novamente ao Homero por nos brindar com estas histórias maravilhosas.
ResponderExcluirRoberto Bazolli
Se estivesse em coma durante 52 anos e despertasse em 2022, ansioso para saber o que aconteceu com o Paul, após o término dos Beatles, certamente essa esmerada resenha do Homerix preencheria minha mente com informações relevantes sobre os acontecimentos pessoais e musicais do grande Paul. Eu que estive presente nessas longas décadas, que tenho quase todos os CDs do Paul, me senti num túnel do tempo rememorando as músicas, as turnês (infelizmente, só estive presente em Curitiba) e toda a glória conquistada por Paul. Parabéns por esse brinde nostálgico. Laury
ResponderExcluirÉ de impressionar como não para. E você nem falou nos livros do Granddude. Ou falou e não vi? Não me diga que li na diagonal de novo. Vou reler.
ResponderExcluirE o documentário The Love you take. Você falou no concerto, mas teve também um documentário dos preparativos do concerto. E não falou que ele veio a Montes Claros...Ah, bom...é porque ele não veio!
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