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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Os Rumos de um Grande Profissional

Colegas
            Todos vocês devem ter ouvido falar do pedido de demissão de Renato, nosso ex-futuro chefe. Nem todos foram copiados na sua carta de despedida. Alguns, mesmo, principalmente os mais novos, nem o conheceram e não sabem da dimensão desta perda para a nossa empresa.
            Por isto, compilei algumas das respostas àquela carta, vindas dos mais variados escalões da companhia. Certamente, muitas outras há, porém os enviantes preferiram enviá-las na opção 'Responder', e não 'Responder A Todos', como fizeram os listados.
            Por elas, terão alguma noção do que significa sua saída. Não repetirei aqui as qualidades do profissional e ser humano, já extensa e justamente listadas, basta dar uma boa lida nas repostas que anexo.
            Descrevo, sim, um pouco do que sei sobre o caminho profissional deste luminar, geofísico de mancheias, que logo no começo da carreira galgou postos gerenciais. Com 10 anos de companhia, já mestre e doutor, chegou, em 1986, à superintendência de uma região de produção.
            Começou seu caminho internacional em 1989, na Braspetro, subsidiária que então trilhava os caminhos da empresa no exterior, onde chegou já como gerente de exploração e de novos negócios, e, no curso natural de sua excelência, foi nomeado, em 1992, Diretor de Exploração e Produção. Naquela oportunidade, foi meu colega e chefe pela primeira vez, quando começamos as trilhar os caminhos da análise econômica e compartilhamos interessantes navegadas em planilha eletrônica.
            No final de 1997, optou pelo caminho internacional de fato, assumindo a Gerência Geral em Londres. Lá, ele não se ateve apenas aos contatos de alto nível e as decisões diárias no comando do posto avançado da maior empresa brasileira no seio da indústria petrolífera européia. Conseguiu desenvolver uma fenomenal ferramenta de controle econômico de todos os ativos da subsidiária, em que manuseava contrato, contabilidade, finanças e tributos, que veio a se constitutir em ponto de partida e chegada de qualquer decisão sobre a carteira de projetos no front britânico.
            Em setembro de 2001, foi comandar nossa empresa nos Estados Unidos, quando então começou minha segunda oportunidade de profícua convivência profissional com o extraordinário comandante. Não satisfeito em dedicar seu tempo para revolucionar a carteira exploratória da Unidade, com uma guinada bem sucedida para oportunidades de alto risco e alto prêmio, continuou sua saga de controlador econômico. A mudança de linguagem de sua super planilha não foi apenas no sotaque, e sim em toda a estrutura contratual e situação fiscal e contábil vigente de todos os ativos americanos da Petrobras.
            Minha vida profissional, como gerente financeiro e planejador foi muito facilitada por sua veia econômica traduzida em planilhas.
            Também minha vida pessoal foi mais agradável, posto que tive oportunidade de conhecer e conviver com sua maravilhosa família, um dos motivos para este desenlace, que ora nos deixa a todos tristes, porém, conformados.
            Abraço a todos e seguimos adiante.

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