sexta-feira, 20 de julho de 2007

QTPTM - A Solução Turca

Pré-requisitos para leitura .... ou quase

Bem se não quiser ler nada agora, 
precisa saber,  NO MÍNIMO,
como se diz PESCOÇO em Francês!

1. A Ideia 
 3. Istanbul 
Na Turquia, uma bela ideia de algum construtor turco associou a necessidade da lavagem do pescoço à restrição de espaço que a duchinha já provia, e foi além: eliminou a duchinha! Vejam a foto ao lado. Não há aquela coisa visualmente agressiva, que requeria, além do registro da água, um suporte preso à parede e uma mangueira condutora da água até chegar ao direcionador do jato propriamente dito. Além disso, o sistema é sujeito a manutenção freqüente, já que a mangueira não é dimensionada para suportar cargas de água elevadas, levando a vazamentos periódicos naquelas instaladas em andares mais baixos, com usuários que não têm o cuidado de abrir e fechar a torneirinha da parede a cada uso. O que fez o turco? Manteve o registro e usou um cano como direcionador do jato, embutiu-o na parede, fora de nossa vista, e transformou a ducha num jatinho estrategicamente instalado na parte posterior do vaso, embutido na cerâmica. Uma pequena canopla metálica, com um orifício ao centro. 

Interessante foi a forma como descobri a pequena maravilha: chegando ao hotel, no aperto por um Número 2, me deparei com a privada,  reclamei (em pensamento) da falta da ducha, xingando esse pessoal que não pensa no bem-estar do pescoço dos outros; notei aquele certo aparatozinho metálico, porém não liguei o nome à pessoa; sentei-me, concentrei-me, aliviei-me e, na hora do relaxamento, notei um registro estrategicamente colocado no lado direito do vaso e pensei: Será?! Acionei o registro vigorosamente e bingo: um jato forte atingiu o olho do pescoço! Dei aquela rebolada, pra lá e pra cá, para aumentar a abrangência da atuação do jato e pronto. Higiene refrescante, apalpadinha com papel e fim. 

Maravilha! Brilhante! Gênio!

Quando decidi fazer o presente ensaio, resolvi documentá-lo com fotos e tirei aquela primeira, já mostrada. Senti que faltava uma foto de um banheiro tradicional turco e comentei a intenção com amigos moradores no país, em um jantar que tivemos na última noite antes de minha partida, e eles sugeriram o aeroporto, em sua parte doméstica, pois achavam difícil que encontrasse um na parte internacional. Achei boa a idéia, mas tentei a sorte, primeiro, no ‘tuvalet’ do próprio restaurante em que celebrávamos, entre uma cerveja e uma coca-cola: estávamos bebendo comedidamente, já que pescoço de bêbado não tem dono. Não tive sucesso em minha busca, porém encontrei uma variação da modernidade turca: mesma filosofia, porém, ao invés da canopla, lá estava uma pequena protuberância metálica, um tanto quanto fálica, emergindo de dentro da cerâmica. Resolvi tirar uma foto com a água saindo, posicionei-me à frente do vaso, de pé, abaixei-me e abri o registro, da mesma forma vigorosa que fizera da primeira vez, e, uau, saiu um jato poderoso que, sem a barreira do pescoço e adjacências, molhou minha perna direita e foi atingir a porta do cubículo. Caramba! Pensei: tem ser humano que vai querer sentar-se ao contrário, de frente, acionar o bichinho com vigor, depois dar aquelas mesmas reboladinhas, para achar o ponto  (G) ideal! Bem, depois, com mais cuidado, acionei o registro de leve e tirei a foto ali de cima. Não parece o Juquinha fazendo xixi? 

Em tempo, devo acrescentar que eu havia acionado a descarga (ou a bomba, como dizem os paulistas) antes de documentar o jato, não tenho culpa se a coisa não estava funcionando direito e sobrou um resto que deixou a água escura! Eu juro!  


Todos  os episódios de QTPTM


1. A Ideia 
2. Um Estado Laico

3. Istanbul 
4. O Expresso da Meia Noite 
5. Ankara e a Língua 
6. Um Hábito de Higiene 
7. A Solução Turca (este)
8. O Original Árabe 
9. A Evolução Oriental 

3 comentários:

  1. Homero, a tábua (local onde sentamos) dos vasos japoneses, ao menos dos que conheci, possuem funcionalidade semelhante, além de aquecerem, evitando o choque térmico no pescoço em dias frios e soltarem um ventinho para a secagem. Ao lado do valo tem sempre um manual de instruções explicando como elas funcionam, já que diferem de fabricante para fabricante.
    Outra curiosidade ainda nesse ambiente foi descoberto por uma colega: os banheiros femininos possuem um botão para acionar um som que reproduz o barulho da descarga. Me explicaram que antes desse botão as mulheres davam a descarga para que o barulho encobrisse o som delas fazendo o número 1. O botão veio para evitar o desperdício!

    ResponderExcluir
  2. 34.640.... Se aqui já acho a coisa muito prática, chamo de ducha erótica... acho que esta dispositiva e embutida, tira as mobilidades necessárias e as calibragens ajustáveis a cada usuário. Prefiro o nosso modelito.
    Paulus

    ResponderExcluir
  3. Por mais prático que seja, esse sistema traz problemas para as mulheres...a água suja vai para frente e contamina a vagina. É recomendado inclusive que as mulheres só usem cada pedaço de papel higiênico uma vez (nada de dobrar para usar a outra parte limpa), para evitar que se passe acidentalmente o papel aonde não deve.

    ResponderExcluir

Marcadores

Aniversário (42) Arte (12) b (2) Baleia (43) bea (1) Beatles (843) Blog News (101) Campanha (9) Carta (37) cele (1) Celebração (58) Ciência (9) Cinema (312) Comida (3) Comportamento (259) comu (1) Comunicação (163) Concurso (23) Costumes (77) Cultura Inútil (32) Despedida (17) Educação (27) Energia (45) Esporte (56) Estatística (2) Facebook (2) Família (29) Futebol (133) Game of Thrones (9) Geografia (1) Geologia (1) Her Majesty (1) História (14) homenagem (93) Houston (48) Ícones (66) Idioma (58) Jack Bauer (7) James Bond (53) Justiça (35) Livro (272) Los Bife (66) Matemática (8) Memória (1) Mensagem (18) Música (208) Obama (20) Pelé (29) Pesquisa (7) Pink Floyd (22) Poesia (94) Política (104) Propaganda (6) Rádio (39) religião (42) Rio de Janeiro (43) Saga A Arma Escarlate (52) Saúde (62) Segurança (5) Show (99) Star Trek (17) Teatro (11) Tecnologia (3) TV (122) Viagem (115)

Será que estava escrito?

Chegou mais um 4 de agosto. Comp letou 47 anos!! Pensei no Day After!  Como terei eu acordado naquela manhã de 5 de agosto de 1978? ...