quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Você conhece São Paulo?

Olá!!

Hoje, mais um aniversário de São Paulo (e de Tom Jobim), republico este post antigo sobre a cidade e a comparação com o meu Rio de Janeiro, atualizando alguns números.
Os primeiros 6 comentários, inclusive, são da época...


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À época da construção de Brasília, criou-se para ela o termo Novacap.

Ao Rio, que perderia a condição de capital do Brasil, atribuiram-lhe, com todo merecimento, o título de Belacap.

Com todos os fatos relatados na apresentação anexa, que título levaria São Paulo? Ricacap? Não, é um super cacófato! Então, Supercap? Ou Moneycap?

Bem, dêem que nome derem, o fato é que os fatos (!!) são impressionantes, e parecem incontestáveis. Infelizmente, uma situação bastante diferente do nosso querido Rio, hoje,  52 anos depois perder o charme do poder, ficando apenas com seu charme natural.

O triste é que certamente, em 1960, a distância entre as duas economias não era assim tão abissal. Durante a primeira década como cidade comum houve a administracão marcante de Lacerda, que dentre outros feitos notáveis, teve a visão de aterrar os mares da Baía com os morros do Castelo e de São Francisco, matando dois coelhos urbanísticos com uma cajadada só. Na década de 70, teve a ponte e a fusão, não sei de muito mais, mas de 1982 em diante, sou testemunha.

O ano em que cheguei a esta cidade maravilhosa foi o mesmo em que Brizola incendiou a campanha ao governo do Estado. Lembro-me bem do primeiro debate, quando ele tinha 2% das intenções de voto, e dizia que iria comer a diferença como se come um prato de mingau quente, pelas beiradas. E depois foi o que se viu: o mingau esfriou e governo foi desastroso. E depois vieram outros no mesmo nível ou piores, como o de Moreira Franco; e depois mais Brizola; e depois Marcello Alencar; e depois Garotinho; e depois Benedita; e depois, finalizando com chave de lata, a Garotinha.

Meu Deus! Sinto-me até culpado! Depois que cheguei, tudo degringolou...

Ao longo desses 30 anos ocorreu a deterioração que se viu, a debandada de quase toda a indústria, boa parte usando o caminho da Via Dutra. De grande segmento, só sobrou o do Petróleo (e os Biscoitos Globo...). Foi tão evidente o esvaziamento que, numa bela hora a Bolsa do Rio fechou, de tão murcha. Aliás, nesse quesito, a apresentação incorre em terrível erro, ao escrever que '... uma Bolsa de Valores que existe a 100 anos', terrível. Além de uns poucos erros geográficos (erram no tamanho de Cuba)  e estatísticos (dizem que a USP é a única universidade pública não-federal), e alguns exageros ao exaltar certos luxos aos quais não dou o menor valor, a apresentação é impressionante.

Uma pena!

Eu só tenho a lamentar, mas nada a reclamar desta cidade, que me acolheu de braços abertos, e me permitiu construir minha vida profissional e formar minha família. Braços abertos como o Cristo Redentor do Corcovado, em quem me baseei para expressar minha admiração à cidade, em meu texto 'O Casamento do Rio com o Mar'. Braços abertos abençoando também a mim e à minha família, que até hoje permanece imune realidade que vemos exposta diariamente nos jornais (knock on wood, knock on wood, knock on wood).

E que siga assim....

Aceito críticas, inflamadas ou não, dos cariocas da gema.

Abraço

Homero Carioca da Clara Ventura

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Perfeição

Aqui é o Homerix!
Abro espaço para um texto que me levou a copiosas lágrimas...
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Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem em Chush por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais. Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca seria esquecido pelos que estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou ele:
"Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?"
Todos estavam chocados com a pergunta, e com o sofrimento daquele pai. Ele continuou: 
"Eu acredito, que quando Deus traz uma criança assim no mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança". 

Ele contou então a seguinte história sobre o seu filho Shaya:

Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque onde se encontravam alguns meninos que Shaya conhecia. Estavam jogando beisebol. Shaya perguntou: - Você acha que eles me deixarão jogar"? Eu sabia que meu filho não era atlético e que a maioria dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se o meu filho fosse escolhido para jogar, lhe daria uma confortável sensação de participação.
 Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei se Shaya poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor procurando por aprovação dos seus companheiros de time. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: "Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada". Fiquei exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso.
Pediram a Shaya para vestir uma luva e ir ao campo para jogar. No final da oitava rodada, o time de Shaya marcou alguns pontos, mas ainda estava
perdendo por três. No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar. O time deixaria Shaya de fato bater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo?
 Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya. Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya nem mesmo saiba segurar o bastão. Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola suavemente de maneira que Shaya pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele e junto a ele, segurou o bastão. Encararam o lançador.
O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem de base. Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo.
 Ao invés disso, lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homens de base. Todo o mundo começou a gritar: "Shaya, corra para a primeira base. Corra para a primeira". Nunca na vida dele ele tinha corrido... Com ajuda do amigo ele saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base.
Todo o mundo gritou, "Corra para a segunda, corra para a segunda". Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam
deliberadamente para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária, colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram, "Corra para a terceira".
Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando, "Shaya corra para a base principal". Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um "Campeonato" e ganho o jogo para o time dele.
"Aquele dia," disse o pai, docemente, com lágrimas caindo sobre sua face, "esses 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus".
 Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo
no rosto do meu filho!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Grande acidente global


Espetacular a cena de capotamento da novela global.

O inusitado foi a causa do acidente, uma cobra,  colocada dentro do veículo, que desviou a atenção da motorista.

Mas o resto foi uma aula, tanto de cinema como de comportamento. Um segundo de desatenção, e o carro invade uma área interditada, jogando placas longe; uma das rodas sobe numa elevação, e o veículo voa, e capota espetacularmente quatro, cinco vezes. Pelo menos meia-dúzia de câmeras registram tudo,  algumas delas dentro do veículo, filmando o desespero da motorista que grita, impotente. O carro pára, de cabeça pra baixo, e ela está pendurada pelo cinto de segurança, com os olhos vidrados, parecendo morta.


Pausa para dúvida médica: Depois do desespero inicial, ela recobra a consciência. Pergunta aos universitários: pode acontecer isso, de os olhos ficarem vidrados, e a pessoa não estar morta? Como se chama esse estado de choque?

De volta ao acidente, era claro que a atriz não estava ao volante do carro acidentado, então imaginei que ela simulava o desespero do capotamento, enquanto passava uma filmagem giratória pelas janelas do veículo, dando a exata impressão. Tudo bem, mas, no dia seguinte, pensei numa possível falha: os cabelos! Os longos cabelos da bela atriz não poderiam ficar parados, durante a simulação de capotamento. No capítulo seguinte, entretanto, quando repetiram a ótima cena, eu notei: os cabelos esvoaçavam-se todos, magistralmente, durante o movimento.

Então, tudo foi perfeito!
Será que existe um girador de carro? Uma grua ou guindaste, sei lá... Gostaria de ver o making-off!

Acrescente-se a tensão da magnífica trilha sonora, desesperadora, envolvendo a aproximação da cobra. Perfeita para o clima da situação!

Veja você mesmo NESTE LINK !

A qualidade da cena pode suscitar algumas claras lições comportamentais para motoristas:

1) Jamais desvie atenção do que acontece à sua frente, mesmo que apareça uma cobra no assento do passageiro! Não, sério, um segundo pode ser realmente fatal! Estamos completamente certos aqui ao inibir o uso de celular, por exemplo! Nos Estados Unidos, a autonomia é estadual, há estados que permitem, outros não, e as estatísticas confirmam a eficiência da proibição;
2) Use sempre cinto de segurança! Em capotamentos ou batidas de frente, aquela coisa realmente salva vidas. Claro que se vier um incêndio depois do capotamento, o cinto pode atrapalhar sua saída do carro, mas sem ele, muito provável é que você estaria morto e não teria como pensar nesse detalhe...

Ponto para a Vênus Platinada!!!

Homerix Noveleiro de Plantão Ventura


sábado, 14 de janeiro de 2012

O 11º Mandamento

A mídia está cheia de regras para profissões ou situações e por vezes as coloca na categoria de Mandamentos. Então existem "Os 10 Mandamentos do Professor,", "Os 10 Mandamentos do Preguiçoso", os "10 Mandamentos do Político Honesto" (estes raramente obedecidos), enfim, tem pra tudo.

Nessa nossa nova atividade de divulgação literária emergiu a necessidade de inclusão de apenas um mandamento aos 10 originais já existentes. No íntimo dos novos escritores, que necessitam de vendas para firmarem suas posições, urge que se acresca um 11º mandamento:

Não emprestarás livro



Ou então, seu corolário:
Não lerás livro emprestado

Pra quando o 11º Mandamento não é obedecido..

Hehehe, brincadeira, viu?! 


Claro que o que importa é que o livro seja lido e admirado e disseminado. E claro também que a definição de empréstimo requer que o livro mude de residência. Quando o livro é lido por um membro da família que reside no mesmo local do comprador, não se caracteriza um empréstimo, propriamente dito.
Mas veja se não tem um certo sentido? O jovem escritor tem uma idéia, mantém caderninho para anotar idéias novas, desenvolve um projeto de livro, faz pesquisa, estuda línguas indígenas, do Brasil e da África, sotaques regionais, de Estados e Países, folclores locais, faz laboratório, com o objetivo de fazer uma obra coerente, historicamente amarrada, caprichada, dedica suas noites e fins de semana à escrita, às vezes até pede demissão de seu emprego para poder terminar seu sonho, termina um calhamaço de 380 páginas A4, espaçamento comum Fonte 10, batalha editora, sofre com o preconceito com novos escritores, até que encontra uma que se disponha, mas sem risco, a apostar em seus escritos, fica irritado com as revisões, fica nervoso com as idéias de capa iniciais, faz sinopse pra contra-capa, faz prólogo, faz agradecimentos, escolhe um trecho do livro pra ficar numa orelha, faz biografia para a outra, finalmente vê seu livro pronto, lindo, 550 páginas, 650 gramas de peso, 5 anos depois da idéia inicial,


ao preço de um almoço de sexta-feira 
que é consumido em 15 minutos

cria página no orkut, cria página no Facebook, cria conta no twiter, cria perfis de personagens para interagir com leitores, passa dias divulgando sua obra, mostrando seu valor para que seja comprada, finalmente convence que o livro seja comprado, o leitor compra, às vezes nem lê, ou lê e gosta, e depois de tudo isso, EMPRESTA o livro para um amigo ler, e esse amigo lê,  

sem desembolsar
nem o equivalente 
a um almoço de sexta-feira.


Pior ainda é se o livro está com dedicatória do autor!!!


Note-se que uma situação de perdão é quando o destinatário não tem condições de comprar um livro pra chamar de seu!
 E veja uma interessante variação: 
a pessoa adora a idéia do livro, compra pra dar de presente a um amigo (sem dúvida, um ótimo presente), mas com a certeza de que o amigo vai emprestar o livro a ele, quando terminar de ler ..................

Veja bem, quem desobedece ao corolário, e lê livro emprestado, não tem, por exemplo o prazer descrito por este leitor de 'A Arma Escarlate'
"Não costumo ler livros do estilo do da Renata. Contudo, li as 549 páginas em uma semana e já estou esperando o próximo! Ele é muito mais do que um Harry Potter brasileiro, pelo contrário, é possuidor de uma originalidade especial, com personagens bens escritos e com diversas questões sociais, culturais e morais ao longo da trama. Por isso ele ganhou um lugar especial na minha estante: entre "O universo numa casca de noz", de Stephen Hawking, e "O banqueiro anarquista" de Fernando Pessoa."
Aliás, quem tem por norma a desobediência ao corolário do 11º Mandamento, nem estante  precisa ter em casa.

A desobediência, ou seja, o empréstimo ou a leitura emprestada, é pecado leve no caso de escritores estrangeiros ou mesmo de brasileiros consagrados, tipo Paulo Coelho ou Jô Soares, em que o exemplar emprestado representa uma gota no oceano. No caso de jovens escritores, o tamanho da gota é exatamente o mesmo, mas o oceano se reduz a um copo d'água.

Um amigo escritor argumentou comigo que o empréstimo é uma figura presente no 'contrato' que se assina entre o escritor e o leitor, e não acha nada demais um livro ser emprestado duas ou três vezes. E eu contra-argumentei que se o hábito fosse adotado por todos, uma edição demoraria três ou quatro vezes mais tempo para se esgotar. E isso pode ser fatal pra um jovem escritor em seu primeiro trabalho.

Bem, voltando ao vernáculo litúrgico do nova mandamento e seu corolário, a penitência para o pecado é simples, felizmente.

Caso tenham gostado do livro, usem um segundo corolário:

Divulgarás muuuuuitooooo



Em combinação com um terceiro corolário, que leva a remissão total e passaporte para o Paraíso: 

Presentearás muuuuuitooooo



Abraço

Homerix Qual Moisés Ventura

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