onde você ouve uma historinha minha
clicando no Play aqui em cima
conforme saiu no Submarino Angolano de 25 de janeiro de 2025.
3. Baby's In
Black (by John Lennon)
John não se
conforma que sua garota está vestindo preto, porque ele sabe que assim, ela
está pensando no antigo namorado... ô sina! Ok, a canção é daquelas tipo
fifty/fifty entre John e Paul, mas eu a atribuo a John, primeiro por causa do
jogo de palavras logo no refrão inicial
"Oh, dear, what can I do? Baby's in BLACK when I'm feeling BLUE' tell me woo what can I DO"
Black e Blue são
duas cores, porém a última está em sentido figurado
E deverão se lembrar de
"Please PLEASE Me like I PLEASE you",
E também da conjunção de uma expressão verbal com um verbo, ambos com a mesma escrita, de
"It won't BE LONG till I BE LONG to you",
Essa é uma recorrência de John... foram várias as ocasiões em que fez jogos de palavras
Além disso, havia uma suspeita de que a garota em questão fosse Astrid Kircherr, a fotógrafa alemã, namorada de Stuart Sutcliffe, ex-companheiro de banda que morreu em Hamburgo, de aneurisma cerebral. Então, o "dressed in black" era pelo luto, e John tinha uma quedinha por ela, "but she was allways in black, thinking of him!".
Seu ritmo é uma novidade, deliberadamente uma valsa -
Pum pa pa Pum pa pa. A principal contribuição de Paul seria na ponte, que eleva
a tensão do lamento lá no alto
"Oh how long will it take till she sees the mistake she has made, Dear
what can I do…?"
e, claro, na constante harmonia alta com o grave de John ao longo de toda a canção! Uma coisa interessante é essa sílaba final da ponte (made) já é a 1ª sílaba do verso que vem a seguir, no lugar 'oh' da letra original. Belo recurso!
Eles usariam esse revcurso muitas vezes!
Take 7
Baby's In Black foi a primeira canção gravada para o álbum "Beatles For Sale" ainda em agosto, dia 11, antes mesmo da excursão aos Estados Unidos. Foram necessários 14 takes, durante três horas noturnas!!! Apenas cinco deles foram completos. Era John no violão, Pauk na guitarra baixo, George na guitarra solo, e Ringo na bateria. John e Paul cantam juntos a canção toda e por vezes se fica em dúvida de qual é a melodia principal da canção.
Vocal isolado de John e Paul
A maior dificuldade foi a de George acertar o breve riff inicial de dois compassos, que fez 5 takes abortarem logo no início.
A guitarra torta de George
Ele se repete em vários pontos da canção e também na conclusão. Além disso, aqueles choros da guitarra que aparecem espalhados pela canção toda necessitavam da alavanca do trêmolo com que George não estava se dando bem. A coisa só acertou no final quando John se ajoelhava em frente ao parceiro para operar a ferramenta, George confessou anos depois. Os overdubs vieram sobre o último take, com Ringo no pandeiro, John e Paul dobrando seus vocais, e John acrescentando uma guitarra nas ponte e versos subsequentes.
Baby's In bBack ao vivo na BBC
Baby’s In Black
foi mmuuuito tocada ao vivo, desde os 38 shows que Brian Epstein marcou para o
Natal de 1964,
Baby's In Black ao vivo no Shea Stadium 1965
em todas as
turnês, passando pelo Shea Stadium em New York
Baby's In Black ao vivo Candlestick Park, 1966
e foi até o
último concerto, no Candlestick Park, San Francisco, agosto de 1966, onde John conta que trata-se de uma valsa!!
E uma das apresentações foi lançada como Lado B do single Real Love, do Projeto Anthology. Note que George não faz ao vivo aqueles tremiliques na guitarra!
Baby's In Black versão original 1964
Nenhum comentário:
Postar um comentário