Monteiro Lobato e as crianças

No último sábado, 18 de abril, celebrou-se mais um Dia Nacional do Livro Infantil, coincidindo, muito naturalmente, com o 127º Aniversário do nascimento de Monteiro Lobato. Você pode pensar que 127 não é um número notável, muito menos redondo, múltiplo de cinco, aliás, nem de três nem de nenhum, afinal, é primo. O que acontece é que é sempre preciso comemorar qualquer coisa referente a Monteiro Lobato. E ainda bem que lembra-se o nascimento e não o passamento, afinal nada tem-se que comemorar. Sua obra literária, especialmente a infantil, vem sendo importante para várias gerações, inclusive, é claro, a minha. Há um tempo, escrevi um pequeno texto sobre uma parte daquela obra, que compartilho com você.

A reportagem que li, foi mais um momento que me deixou emocionado,  como sói acontecer sempre que o nome de Lobato aparece. Mostra o carinho que ele tinha com as crianças, varando madrugadas respondendo às cartinhas dos fãs mirins. Vez por outra mencionava a opinião de seus queridos personagens quanto a alguns temas levantados. E a idéia delas acabou inspirando pelo menos um dos livros do Sítio, 'A Reforma da Natureza', com a Emília dando vida a algumas sacações da fãzinha.

Como verão no texto, li toda a obra infantil. E nem imaginei, quando terminei 'O Poço do Visconde' que o tema do livro seria inserido de maneira total em minha vida profissional. Lobato foi um entusiasta febril da idéia de que o nosso país tinha petróleo, brigou por ela, tanto que foi preso. Como devem saber, ele tinha um pouco de razão não? E felizmente, a natureza, o destino, teve o grande feito de homenagear, sem querer, a luta do genial escritor: o nome do primeiro poço produtor do país, Lobato-1, pois ele ocorreu na localidade de Lobato, na Bahia. Ah, os desígnios da mãe Terra...

O mundo atual ainda precisa, muito, de Monteiro Lobato