Li ontem que Dante era um médium poderosíssimo!
Talvez isso explique a sua imaginação
Exagerando bastante nas tintas!
Publicação original de maio de 2020
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Tentarei fazê-lo na métrica que ele criou.
Terças de versos decassílabos com rimas encadeadas!
Admito ser difícil de ler, mas quando se acostuma, é uma viagem!
Começo com o desafio que fiz a amigos, que, agora, perdeu o sentido, pois meu leitor saberá que é, pelo nome, ao menos o autor!
Canto I - O Desafio
Depois de lograr notável sucesso
Devorando o épico de Camões
Não me permiti um simples recesso
E direcionei todos meus canhões
A outro épico deveras antigo
Que me lançou em outras emoções,
De um rimar que levarei comigo.
São breves terças bem encadeadas,
Num tal encantamento que, te digo,
Que nos deixa de calças arreadas
Com a perfeita métrica envolvida,
As emoções em muito ampliadas.
Onde então buscaremos a guarida
Pra recuperar fôlego perdido?
Onde encontrarei a contrapartida
Para um invento tão colorido?
Pois assim me deixou esse poeta
Há sete séculos já falecido.
E ainda não atingiu minha seta
Ao conteúdo da grande obra-prima,
Uma projeção perfeita, completa
Do que os aguarda no andar de cima
Ou de baixo, dependendo dos atos
Nesta nossa vida em constante esgrima.
Mas agora, vamos aos finais fatos:
Quem é o poeta em linguajar vivo
Que nos comove, tão estupefatos?
Um patrimônio tão substantivo
Que não feliz em criar um idioma,
Teve seu nome tornado adjetivo?
E pra lhe facilitar o diploma,
Para que sigas logo adiante
De duas dicas permito-lhe a soma
E assim resolva a dúvida asfixiante:
Sua grande obra rima com ‘eterno’
E seu primo nome, com ‘empolgante’...
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