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terça-feira, 19 de setembro de 2023

A Vida Secreta de Walter Mitty - Muito bom!!!

Sempre que alguém fala sobre David Bowie,
Eu me lembro de Walter Mitty...
veja aqui por quê!
Post original de janeiro de 2014.
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Saindo do cinema no dia de meu aniversário, enquanto Neusa e Renata entravam em algumas lojas, eu escrevi um torpedão a alguns amigos que gostam de cinema. Transcrevo-o aqui, ampliado, e já com alguns links e imagens importantes! 
Em tempo, Neusa e Renata também adoraram...

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Não deixem de ver A Vida Secreta de Walter Mitty...acabei de sair do cinema.
Muito mais interessante que o trailer mostrava. Linda Fotografia! Linda trilha sonora! Roteiro sensacional! Inspirador!! Tocante!! Ben Stilller surpreendente!  E só no final eu soube que foi ele quem dirigiu! Brilhante! E tem Major Tom inserido perfeitamente no contexto!

Nao percam!!!

Walter é um revelador de fotos da revista Life, famosa por suas capas sensacionais, no momento em que a edição impressa é descontinuada, e começa a ocorrer uma série de demissões, rumo a uma empresa moderna, on line e, claro, mais enxuta!

Ele sofre de ausências temporárias, em que se imagina fazendo as coisas que queria fazer em determinadas situações, mais da vezes, de maneira espetaculosa!!! O trailer focava muito nesses momentos e deu a impressão de que o filme seria só isso! Inclusive parecia que algumas outras cenas também eram momentos de ausência, mas não! Era o Walter real tentando solucionar um problemaço, inspirado por Major Tom!

Sean Penn é o fotógrafo das melhores capas da revista, tradicional e doido, que só trabalha com os velhos filmes de rolo e a grande Shirley Mclaine, do alto de seus oitenteitantos, faz a mãe de Walter.

Não... a do meio não é Shirley MacLaine
Bem, pra quem não é da minha idade (aliás, o cinema foi parte do programa de aniversário!) ou não curte Classic Rock, então não se arrepiou quando leu Major Tom aqui em cima! Ele é o astronauta da canção Space Oddity, de David Bowie, espetacular carro-chefe do LP de mesmo nome, seu primeiro grande sucesso, de 1969, quando gostava de ser conhecido por seu alter ego Ziggy Stardust! A música é de chorar! Pena que toca pela metade! O suficiente para ambientar o melhor momento do filme! Deixo aqui o video original pra quem quiser conhecer: 
(568) Space Oddity (David Bowie + Kristen Wiig) - The Secret Life of Walter Mitty - YouTube

E as demais canções são também muito boas, certamente uma trilha sonora para se ter. Felipe me disse que a canção principal é do Arcade Fire, grande sucesso do hoje!

Ah, sim, a fotografia que mencionei..... Não é todo fia que se vê imagens da Groenlândia ("that country?"), da Islândia ou do Afeganistão reunidas num mesmo filme de Hollywood. Lindas imagens! Um pouco exagerado, talvez, imaginar que o celular de Mitty funcionaria naquelas paragens distantes..... mas aceita-se como licença poética!

Tudo espetacular, gente! Aplaudo de pé!!!

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O Navio Negreiro

Ao fazer mais um poema épico
Hora de lembrar Navio Negreiro 
Que li em 2020 e resenhei, na métrica

Caso se interesse, eis aqui o Link Amazon

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Minha Abertura 
(4 tercetos simples, versos decassílabos, rimas encadeadas ABA-BCB-CDC-DED)


ESTUDOS: UM MAÇOM CHAMADO CASTRO ALVES

Saldei dívida no treze de maio:
Li Castro Alves, O Navio Negreiro,
E humilde empreenderei um ensaio,

Onde tentarei saudar por inteiro.
Seis Cantos? Seis estrofes farei,
Cada uma em seu estilo brejeiro.

À rima e métrica obedecerei,
Cada uma estrofe a seu canto atrelado,
E em breves termos descreverei

Mensagens de cada canto cantado.
Ao findar a leitura, eu vos peço,
Dizer se fui fiel no resultado!


Canto I (11 quartetos simples, versos decassílabos, rimas ABCB)

No Canto I, são 11 quartetos.
Canta a beleza e grandeza do mar.
Decassílabos em métrica simples
E com versos 1 e 3 sem rimar.

Canto II (4 dezenas simples, versos heptassílabos, rimas ABABCCDEED)

Agora, a tripulação, 
Suas origens e feitos,
Tem a sua exaltação
Em versos perfeitos.
Heptassílabos são dez
Sem lhes revelar o viés
De raptores de africano.
Quatro estrofes tem o canto.
Agora, começa o pranto!
Da exaltação, cai o pano!

Canto III (1 sextilha simples, versos dodecassílabos, rimas AACDDE)

Aí então cai a ficha, o eu-lírico percebe
Que nos porões ocorre o que não se concebe.
Canto III, seis versos, começa a falar da dor,
Dodecassílabo, descreve o poeta o espanto.
Ao findar, descrevo aqui o seu triste canto:
“Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!”

O Navio Negreiro, de Castro Alves - GGN

Canto IV (6 sextilhas compostas, versos deca/hexassílabos, rimas AACDDC)

Dante invocado, com sangue e horror,
Açoite, choro, fome, loucura, gritos, dor,
Quarto canto vereis:
Seis sextilhas em métrica composta
Com sílabas em valsa dispostas
Dez, dez, seis, dez, dez, seis

Canto V (6 dezenas simples, versos decassílabos, rimas ABABCCDEED)

Senhor Deus dos Desgraçados
A quem se invoca o motivo
Roubar os pobres coitados
Para algemá-los, cativos.
Assim é o Canto Cinco,
Seis dezenas com afinco,
Heptassílabos, contei.
Contam peste, infecção,
Vãs mortes em borbotão,
Quão absurda essa lei!!

Canto VI ( 3 oitavas simples, versos decassílabos, rimas ABABABCC)

Métrica de Camões no Canto Fim,
Cabais decassílabos, três oitavas,
Cobram do Brasil revolta, motim,
Para que se rompam as tristes travas,
Que se finde o terrível folhetim
Que se mande a escravidão às favas.
E assim termina o épico poema
Do romântico baiano, seu emblema!
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Glossário poético
(com destaque para as utilizadas no texto)

Tipos de Estrofes

De acordo com a medida do verso, a estrofe pode ser
  • Simples: poema composto de versos que possuem a mesma medida.
  • Compostas: poema que agrupa versos de medidas diferentes.
  • Livres: quando há agrupamento de versos sem nenhum rigor métrico.

Classificação das Estrofes

De acordo com a quantidade de versos agrupados num poema, a estrofe recebe as seguintes denominações:
  • Monóstico: estrofe formada por um verso.
  • Dístico ou Parelha: estrofe formada por dois versos.
  • Terceto ou Trístico: estrofe formada por três versos.
  • Quarteto ou Quadra: estrofe formada por quatro versos.
  • QuintilhaQuinteto ou Pentástico: estrofe formada por cinco versos.
  • SextilhaSexteto ou Hexástico: estrofe formada por seis versos.
  • SeptilhaHeptetoHeptásticoSétima ou Septena: estrofe formada por sete versos.
  • Oitava ou Octástico: estrofe formada por oito versos.
  • Nona: estrofe formada por nove versos.
  • Décima ou Década: estrofe formada por dez versos.

Verso

Importante ressaltar que o verso corresponde a uma linha do poema, o qual pode ser rimado ou não.
Os versos livres recebem esse nome por não seguir nenhuma regra poética. Já os chamados versos brancos são aqueles que não possuem rima, entretanto, podem apresentar uma métrica.
Assim, quanto a métrica dos versos, há duas classificações:
  • Versos isométricos são aqueles que possuem medida igual;
  • Versos heterométricos os que apresentam versos de diferentes medidas.
Dependendo do número de sílabas poéticas, os versos que seguem padrões de métrica são classificados em:
  • Monossílabo: verso composto por uma sílaba poética.
  • Dissílabo: verso composto por duas sílabas poéticas.
  • Trissílabo: verso composto por três sílabas poéticas.
  • Tetrassílabo: verso composto por quatro sílabas poéticas.
  • Pentassílabo: verso composto por cinco sílabas poéticas.
  • Hexassílabo: verso composto por seis sílabas poéticas.
  • Heptassílabo: verso composto por sete sílabas poéticas.
  • Octossílabo: verso composto por oito sílabas poéticas.
  • Eneassílabo: verso composto por nove sílabas poéticas.
  • Decassílabos: verso composto por dez sílabas poéticas.
  • Hendecassílabos: verso composto por onze sílabas poéticas.
  • Dodecassílabos: verso composto de doze sílabas poéticas.

domingo, 17 de setembro de 2023

A Oitava Épica Decassílaba, de Camões

Descobri a 'oitava épica' de Camões criou e apliquei

 minha resenha sobre a obra, que chamei Os Lusíadas de Homero

A OITAVA ÉPICA

Como boa 'oitava', é uma estrofe com 8 versos. 

Com rimas ABABABCC, como segue:


1. Elogie-se do poeta o afinco

2. Com que o grande épico ele fez:

3. Verso Um se rima com Três e Cinco

4. Verso Dois faz igual com Quatro e Seis.

5. Versos Sete e o Oito irmanam vinco,

6. São sempre rimados, com altivez.

7. Inda por luxo findam, (purq’não?)

8. O tema elaborado até então!

Ou seja, nos versos 1 a 6 ocorre a narrativa, e, nos versos 7 e 8, alguma espécie de conclusão, resumo, ou gancho para a narrativa seguinte. Serve-se  também a citações.

As rimas dos versos 1 a 6 podem ser, alternativamente, AABBABCC ou seja, 1-2 rimando com 5 e 3-4 rimando com 6, mantendo-se 7 e 8 como conclusão rimada.


O VERSO DECASSÍLABO

Não confundir a sílaba que conhecemos, a gramatical, com sílaba poética. Esta última é a que se conta quando se está declamando. Eu gosto de usar muito o nosso Hino Nacional... ele é todo em versos decassílabos. Mas conta, por exemplo, as sílabas gramaticais do 1º Verso, o famoso 'VIRUDUN'... conta mesmo, com os dedinhos....

OU-VI-RAM-DO-I-PI-RAN-GA-AS-MAR-GENS-PLÁ-CI-DAS.

Cantaram? Ou melhor, contaram?

São 14, mas é, poeticamente, um verso Decassílabo.

Vou repetir a contagem, apenas deixando em caixa alta as sílabas poéticas.

OU-VI-RAM-Dui-PI-RAN-Gas-MAR-GENS-PLÁcidas

Perceberam?

São duas contrações e duas eliminações, anotar:

    • Contrações: DO com I virou Dui e GA com AS virou Gas
    • Eliminações: As sílabas átonas CI e DAS da proparoxítona PLÁcidas

Explicando... eliminam-se as sílabas átona posteriores á sílaba tônica da última palavras de cada verso

Como exercício, façam o 2º Verso do hino 

Verão que tem 13 sílabas gramaticais mas as mesmas 10 sílabas poéticas.

CQD 

 

 

 

 

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Nunca antes, nem depois!

O responsável pelo ápice fez 80 anos...
hora de relembrar minha resenha...

AMIGOS, CHEGUEI AO ÁPICE!!!
Era 29 de março de 2012

Escolha os melhores adjetivos para o que vi na última quinta-feira, no Engenhão, e eles serão insuficientes.... seguramente, Roger Waters - The Wall foi o melhor show a que assisti e a que assistirei, contando minha vida pregressa e futura ... não tenho dúvida ... e olha que eu vi Paul McCartney!!! Vocês sabem o que isso significa pra mim!!
Estava com medo da chuva, por causa da recente pneumonia, mas fui liberado pela pneumologista... ela disse que eu não só podia ir, como devia ir, qualquer coisa era melhor que amargura de não fazer uma coisa muito desejada...Arrisquei e me dei bem: não choveu uma gota e cheguei a ver estrelas!! Uma no céu, e várias de êxtase total!

Realmente, seria uma amargura profunda, ter perdido o maior show de todos os tempos.
 
A essência do show é tocar o repertório do disco do Pink Floyd, The Wall, de 1979, que conta a história de um personagem que não conheceu seu pai que morreu na 2a guerra, superprotegido e sufocado pela mãe, maltratado na escola, reprimido de todas as formas, depressivo quando adulto, que vai construindo um muro em volta dele. Muito da própria vida de Roger, e que no filme homônimo de Alan Parker, de 1982, ganhou o codinome Pink. O espetáculo mostra tudo isso..
Quando se entra no estádio se vê o muro, com 'tijolos' de quase um metro de altura e profundidade por quase 2 metros de largura, ou algo assim. A extensão dele é de 130 metros, a altura, de 11 metros. Ele está completo nas extremidades, mas incompleto no meio, aonde fica o palco, e, claro, como não poderia deixar de ser, o enorme telão circular, marca registrada do Pink Floyd.

Ao longo da primeira parte do show, o muro vai ganhando tijolos, um aqui, dois ali, três juntos acolá, a banda vai desaparecendo atrás do muro que vai crescendo, até que no final do primeiro ato, Roger aparece pra cantar 'Goodbye Cruel World', e desaparece atrás do último tijolo!! Está construído o muro em volta de Roger/Pink. Na volta do intervalo a banda, que não se vê, começa os primeiros acordes de 'Hey You', você sabe, quando 'pink' canta "Hey You, out there on the wall ... can you help me!!!" ... e depois  "Is there anybody out there?" Ou seja, tudo a ver, ele preso dentro do muro, pedindo socorro. E aí vem 'Comfortably Numb' executada ainda detrás do muro, mas com aparições lá em cima, na pele dos dois 'subs' de Gilmour, um para cantar sua parte na música, outro para fazer dois dos mais espetaculares solos da história do rock, à perfeição!!!! Ao longo do segundo ato, parte da banda passa pra frente do palco, Roger fica pra lá e pra cá, em êstase e extasiando, e ao final, o muro é destruído novamente!!
Mas a presença do muro não pára por aí. Ele se torna o maior telão de todos os tempos, e em sua face, a história de The Wall é contada em enorme resolução de trilhões de pixels ao longo de cada um de seus 1200 tijolos. Quem estava ali na frente notou um monte de projetores lançando as imagens perfeitamente concatenadas. Então, cenas do filme The Wall, tão marcantes, fazem parte do show, e com a alta definição, ficam muito mais impressionantes. Aliás, é tanta coisa que acontece no telão que duvido que quem estivesse ali, de pertinho, na Pista Prime, tenha conseguido ver a totalidade do espetáculo.
Pontos altos? Difïcil desfilar duas horas de pontos altos... Vou aqui listar alguns que sobressaíram por gerarem uma dose extra de emoção, de estupefação, de espanto, ou um sorriso agradecido por estar ali, ou mesmo uma gargalhada...

Um só momento de pirotecnia


Na abertura, 'In The Flesh' começa a contar a história de Roger/Pink, passa o clima da Segunda Guerra que matou seu pai. Os fortes acordes iniciais são macados por sucessões de fogos de artifïcio, depois, sons de bombardeio e aviões. A coisa culmina com um avião em miniatura que vem lá do fundo alto do estádio, com muito barulho, dirigido por um cabo, e destrói uns 4 ou 5 tijolos do topo do muro para delirio da platéia!!! Eu estava quase embaixo do cabo, e percebi o momento em que o avião viria, olhei pra tràs e filmei, abaixo...

 
Outro tijolo no muro

Não se pode deixar de ressaltar o maior sucesso do disco, 'Antother Brick In The Wall', com a presença de um boneco marionete gigante representando o professor repressor, com olhos brilhantes e a vara com que ameaçava os alunos. Adolescentes da Rocinha chamados ao palco para cantarem, ritmados, 'We Don´t Need No Education...', e para fazer uma admoestação ao professor amedrontado pela reação dos alunos. Eles não decepcionaram na coreografia. Solo de guitarra perfetito, como era de se esperar. Ótimo!

 
Terrorismo de Estado

Roger tem homenageado nesta excursão pessoas dos países que foram vítimas do terrorismo de Estado, como ele diz no show,num breve discurso em português perfeito, em homenagem a Jean Charles de Menezes. Interessante que, como os olhos de Roger são pequenos, como os de Richard Gere, a gente nem percebe que ele está lendo o teleprompter. Aliás, interessante também, é como um sujeito tão esplendorosamente feio na juventude, pode se tornar um senhor charmoso, a ponto de lembrar o galã Richard Gere... Notável, na homenagem, é quando Roger fala: 'Jean Charles de Menezes you are just another brick in the wall', e todo o muro se apaga, com exceção de um tijolo, com a foto do brasileiro morto pela polícia de Londres, confundido com um terrorista. Aliás, apenas Jean Charles e o pai de Roger, Eric Waters, aparecem, com nomes e tempo de vida no telão redondo

No Fucking Way

Em 'Mother', que é desempenhada apenas ao violão por Roger, uma conversa dele com a mãe super-protetora, cantada pelo avatar de Gilmour. Antes, Roger anuncia que mostrará a imagem dele mesmo 33 anos antes, cantando a mesma canção em Londres. Emocionante!! Foi aqui nessa música, muito emotiva, com um diálogo tocante, que aconteceu, paradoxalmente, o momento gargalhada do espetáculo. Roger canta: "Mother, should I run for president?" e a galera: Yeeeah!!, logo depois: "Mother, should I trust the government?" e a galera: Noooo!. Melhor que isso é o que acontece no muro/telão, á esquerda. Aparece uma pichada com o 'No Fucking Way!!' acima, mas logo depois, para delírio e gargalhada generalizada, aparece um brasileiríssimo e garrafal: 
'Nem Fudendo!!'

 
Bombas modernas

Em 'Goodbye Blue Sky', em que a amedrontada criança diz
"Look, mommy. There's an airplane up in the sky!" o muro mostra todo o seu esplendor de telão com imagens do filme, de aviões bombardeando as cidades. No show, além das tradicionais bombas com símbolos políticos (suásticas, foice/martelo) e de religiões (cruzes, estrela de David, estrela e o crescente lunar), Roger destila sua crítica às grandes corporações, acrescentando os logos da Shell, da Mercedes Benz, do McDonald's. Imagem forte!!

Lágrimas pelo muro

Em 'Young Lust', o muro mostra dois olhos femininos enormes...... pelo meio da canção, eles começam a chorar lágrimas coloridas .... no quarto final, o muro todo começa a chorar, impressionantes 130 metros de lágrimas.... liiiindo!!

Atrás do muro

Essa já contei ali em cima, com as canções sem a visão da banda, culminando com a performance em cima do muro.

Imagem de guerra
 

Em 'Run Like Hell', um duelo paranóico, o telão mostra as mesmas imgens do flme EXCETO a impressionante imagem de um helicóptero, em que seu piloto pergunta de deve atirar em suspeitos, no Iraque, ainda na época Bush. Ao receber a ordem, o helicóptero atira e mata todos, para depois se descobrir que as armas eram câmeras, e entre as vítimas estavam dois jornalistas....


O porco

O animal é figura marcada na história de Pink Floyd, desde que o porco inflável que aparece na capa de Animals, junto a uma sub-estação elétrica, caiu, provocando black-out em Londres. Ele reaparece em shows, e não poderia deixar de estar aqui. O dito cujo, enorme, mais de 5 metros de comprimento, começou a flanar por sobre a platéia, lá pela metade do segundo ato, negro, cheio de inscrições contra o governo, contra a corrupção e racismo, e lá perto do fim, ele começou a baixar, baixar, baixar, até que pousou sobre as pessoas a uns 5 metros de onde eu estava. Nâo sei se a descida foi proposital, mas só que quando pousou, não saía mais e foi devidamente esvaziado... como que simbolicamente acabando com as coisas ruins que os escritos levantavam...
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O show continua magnífico, com os marcantes martelos cruzados marchando pelo muro/telão, os impressionates vermes de 'Waiting For The Worms' e o julgamento em 'The Trial', aonde voltam o professor acusando e a mãe defendendo, mas para o veredicto final: culpado!! E, a destruição final, do muro, de parte daquilo que foi construído no primeiro ato... Perfeito!!!

Na saída, sem clima para qualque tipo de bis, afinal aquilo lá foi um teatro, uma ópera, aparecem os membros da banda e os vocalistas, tocando acusticamente, e Roger surpreende com um trompete!!! A platéia solta um estranho 'Olê Olê Olê Rogêêê, Rogêêê', mas que é acompanhado pela banda.
 

Fim de tudo

Mais uma vez 'deixo a arena com as pernas bambas, de cansaço e de emoção', como deixei quando vi 'Dark Side Of The Moon', na Apoteose em 2007, mas desta vez com a certeza de que ... 


'Nunca antes na história deste rock and roll!!' 

parafraseando o ex-presidente, houve um show como este.
E também, qual Olavo Bilac , digo...
'Nunca verás um show como este!!'

Homerix Ainda Embasbacado Ventura