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Canto XXII – Paraíso – Sol e Marte
Na próxima esfera, com o brilho do Sol
E dos Sábios da Teologia,
Dante é recebido por nobre rol.
Santo Tomás de Aquino, em parceria
Com monges, filósofos, preceptores,
Chega dançando em cândida harmonia,
Conta de notáveis merecedores
Da presença nesta esfera celeste,
De São Francisco, muitos seguidores,
Que se casou com a pobreza agreste,
São Domingos, da Santa Pregação
A combater a medieval peste
Das heresias, e também Salomão,
O mais justo dos Reis de toda a história.
Marte é o mote da próxima ascensão,
Daqueles que experimentaram glória
De combatentes, mártires da fé,
Que em nome de Deus lograram vitória,
Até muito antes da Santa Sé,
Como o comandante dos Hebreus,
De Moisés discípulo, Josué,
E um primeiro Judas, dos Macabeus,
Qu’inda antes de Cristo expandiu
As fronteiras da terra dos Judeus.
Dos mais recentes, Dante descobriu
Lá entre as almas um seu ascendente,
Que em uma das Cruzadas sucumbiu,
Além de muitos outros combatentes,
Várias Guerras Santas, de outro jaez,
Como Carlos Magno que, inteligente,
Para expandir seu Império Francês,
Aliou-se a Adriano Primeiro,
O Papa que, esperto, por sua vez,
Queria Sacro Império sobranceiro,
O que ambos conseguiram, sobrevindo
Nova Pax Romana por inteiro.
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