Como disse, comecei a ler a Divina Comédia de Dante.... e
venho publicando aqui bits and pieces.
Canto II - Inspiração e Legado
Como preâmbulo, todo épico tem uma explicação do contexto,
fundamental para o entendimento... tentarei resumi-lo, no mesmo estilo e
métrica inventado pelo grande poeta...
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No Século 13, Dante Alighieri
Vem ao mundo pra lhe dar um verniz.
Na história da poesia se insere.
Inda piá, Dante viu Beatriz.
Com dezoito anos, falou com ela.
Foram um com o outro gentis,
Dante encontra Beatriz em ponte de Florença |
Mas ele era de outra donzela
Que lhe fora pelo pai prometida,
Era assim que seguia a tarantela
Quando Beatriz, bem moça, morreu
Dante enterrou sua alma ferida
E a maior obra ele desenvolveu
Inspirado no amor não consumado.
Em exílio político, escreveu
Um abundante poema rimado
Na língua de seu cenário toscano.
Sendo sua obra de enorme legado,
Com influência e poder sobre-humanos
Pra todo sempre enterrou o Latim
E criou o moderno Italiano.
La Commedia, Dante a chamou assim,
Porque, em que pese o pesado miolo,
Ela termina em agradável fim.
Musa Beatriz põe cereja no bolo
No Paraíso, a Virgílio chamando
Para orientar, tijolo a tijolo,
Ao inda vivo Dante, lhe mostrando
Do outro mundo, o que era seu juízo:
O Inferno de Lúcifer, nefando,
E depois, Purgatório e Paraíso.
E essas 3 intrigantes canções,
Destrinchou-as cada uma, preciso,
Em 33 Cantos, com escansões
De 3 versos em sua métrica nova,
Encadeando nossos corações
Com rimas muito além da mera
trova,
Desafiando o fôlego da gente,
Que a cada dois tercetos se renova,
Em ritmo acelerado e crescente.
Tão grande foi do poema a sina,
Que Boccacio resolveu tão somente,
À causa da devoção genuína,
Apor-lhe ao nome justo adjetivo:
Desde então, a Comédia é DIVINA.
TrepiDante, caro Homerix...
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