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domingo, 20 de novembro de 2022

OUÇA E LEIA - O George Harrison Maduro - Piggies

 Esta é a 41ª edição de OUÇA e LEIA

onde você ouve uma historinha minha 

e lê o que está ouvindo!

Primeiro, o LINK, do áudio. Agora a transcrição...
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Olá, viajantes do Submarino Angolano, aqui é Homero Ventura, direto do Brasil

A carreira de George Harrison nos Beatles.

Capítulo 4 - A Fase Madura, que teve canções de 1966 a 1970

Veio 1968 e George lançou mais uma canção indiana, logo no início, que foi lançada em single, com a primeira presença do compositor num compacto dos Beatles, com The Inner Light fazendo o Lado B de Lady Madonna.

O ano de 1968 foi especial para George Harrison. Foi o ano em que ele mais lançou canções durante a curta vida dos Beatles.

Foram 4 canções no único álbum do ano, o assim chamado Álbum Branco,

Hoje, falamos sobre Piggies 

Início de Piggies

Em sua segunda de quatro canções do Álbum Branco, George dá mais uma mensagem: agora criticando os consumidores ricos (O Grupo), e lembrando the little piggies (os pobres) que chafurdam na lama, com a vida cada vez pior!  A canção foi feita cerca de dois anos antes, quando George estava afiado em sua crítica de costumes, vide Taxman arrasando com os minnistros de estado. Aqui, é uma magnífica crítica social, com humor satírico da melhor espécie. Em outro trecho da letra, lembra dos 'bigger piggies' com seus colarinhos brancos esgrimando facas e garfos, jantando seu próprio bacon, uma ideia de John, decerto inspirado na Revolução dos Bichos de George Orwell, até porque um rascunho da letra fala em Pig Brother, lembrando Big Brother, o Grande Irmão, do clássico 1984. 
 
Após uma introdução barroca, vem uma letra riquíssima, simétrica, com dois versos,  uma ponte central, e mais dois versos, sendo um deles instrumental. Na ponte, fala dos porcões, que não estão nem aí para os que vem de baixo  ("They don't care what goes on around"), têm um olhar vazio e precisam é de uma boa palmada ("In their eyes there's something lacking. What they need's a damn good whacking"), citação sugerida por sua mãe, Elsie.  
 
Trecho da Demo de Piggies em Esher
 
Os porcos entraram no Estúdio 2 de Abbey Road, num 19 de setembro, e  foram 10 takes, com George ao violãguia vocalo e numa , Paul no baixo, Ringo no bumbo e pandeiro.. 
 
Chris Thomas, de apenas 21 anos, produzia a sessão pois George Martin estava de férias, e disse que um cravao estava por ali, de bobeira, e propôs tocá-lo. George aprovou! 
 
Eu tentando imitar um cravo
Chris Thomas, no cravo

Toque de classe na canção! No dia seguinte, George gravou o seu vocal principal, em três estilos: nos dois primeiros versos, um menestrel medieval, na ponte, uma voz filtrada, super anasalada, de megafone, efeito conseguido pelos astros da EMI e no último verso, em coro, com Paul e John harmonizando, com o último fazendo uma voz duas oitavas abaixo, ótimo! 
 
John também foi o responsável por colocar os grunhidos dos porcos. Finalmente, 10 dias depois, já com George Martin de volta, quatro violinos, duas violas e dois violoncelos gravaram seu magnífico arranjo, com direito a um grand finale, após o "One more time!". Simplesmente impecável!
 
Ela foi lançada em 22 de novembro de 1968, no Lado 2 do Álbum Branco, e nunca foi tocada pelos Beatles. A canção foi adotada pela contracultura, de imediato. 
 
Venha comer um bacon com a gente em Piggies.
 
Piggies, na íntegra!

 

Demais edições do OUÇA e LEIA

  1. Neste LINK - A Origem dos Beatles 
  2. Neste LINK - Homenagem a Buddy Holly
  3. Neste LINK - 1º Capítulo do Projeto Medley
  4. Neste LINK - 2º Capítulo do Projeto Medley 
  5. Neste LINK - 3º Capítulo do Projeto Medley 
  6. Neste LINK - 4º Capítulo do Projeto Medley
  7. Neste LINK - 5º Capítulo do Projeto Medley 
  8. Neste LINK - O Projeto Medley
  9. Neste LINK - O 6º Compacto. 
  10. Neste LINK - The Ballad Of John And Yoko  
  11. Neste LINK - Happiness Is A Warm Gun  
  12. Neste LINK - While My Guitar Gently Weeps  
  13. Neste LINK - You Know My Name (Look Up The Number)  
  14. Neste LINK - A 1ª Década Sem The Beatles - Going Solo 
  15. Neste LINK - A 2ª Década Sem The Beatles - Década de Luto
  16. Neste LINK - A 3ª Década Sem The Beatles - Antológica 
  17. Neste LINK - A 4ª Década Sem The Beatles - NakedLove090909 
  18. Neste LINK - A 5ª Década Sem The Beatles - Cinquentenária 
  19. Neste LINK A 6ª Década Sem The Beatles - The Get Back Decade
  20. Neste LINK Os Números nas Canções dos Beatles 
  21. Neste LINK Os Nomes de Gente nas Canções dos Beatles
  22. Neste LINK Os Nomes Próprios nas Canções dos Beatles
  23. Neste LINK Os Animais nas Canções dos Beatles
  24. Neste LINK - A Parceria Lennon / McCartney 
  25. Neste LINK - Os Beatles de Ringo Starr 
  26. Neste LINK Análise de Eight Days A Week
  27. Neste LINK Análise Temática de Being For The Benefit of Mr. Kite 
  28. Neste LINK Análise Temática de Honey Pie
  29. Neste LINK Análise Temática de Yer Blues 
  30. Neste LINK Análise de Birthday
  31. Neste LINK Análise temática de Yellow Submarine
  32. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - As Covers
  33. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 1
  34. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 2
  35. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 3
  36. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 4
  37. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Indiano Partes 1 e 2
  38. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 1
  39. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 2
  40. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 3
  41. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 4

Prelúdio para conquistar o mundo

 


Esta foto apareceu em um grupo Beatle de Whatsapp, e eu reverberei com algumas palavras para alguns amigos, que ficaram encantados com o momento.

Icônica... 
Paris, Hotel George V,  
Janeiro de 1964 
A expressão da felicidade 
Quando souberam do sucesso na América! 
I Wanna Hold Your Hand 
Em Primeiro Lugar

E complementei, contextualizando...


Eles já tinham quatro compactos e dois LP's no topo na Inglaterra
 e em alguns países da Europa, e nada acontecia nos EUA!
A condição que eles mesmos estabeleceram foi só cruzarem 
o Oceano quando chegassem no topo na terra de Tio Sam!
Nesse dia, acho que 22 de janeiro, 
eles disseram a Brian Epstein:
'Pode comprar as passagens!'
E foram...
E conquistaram a América...
Chego a me emocionar...

E posteriormente complementei ainda mais, com o resto da história....

Eram quatro rapazes, de 20 a 23 anos...

prestes a conquistarem o mundo....

Depois disso, ficaram 30 meses excursionando ...

Fizeram mais 5 álbuns, 

incluindo coisas como Rubber Soul e Revolver....

E dois filmes, Help e Os Reis do Iê Iê Iê...

E se cansaram, e anunciaram o fim dos shows...

E o mundo achou que era o fim..

Mas eles seguiram, somente em estúdio....

E foram muuuuito além que já tinham conseguido...

E vieram coisas como Sgt Pepper's ..... 

e como Magical Mistery Tour .... 

e como o Álbum Branco ..... 

e como Let It Be.... e o show no terraço...

e como Abbey Road ...... 

além de mancheias de compactos top...

Até que John declarou: 'Dream is over!'

Menos de seis anos depois daquela foto dos travesseiros...

Mas John também se enganou....

A banda acabou, mas eles seguiram encantando..... 

E já estamos há 52 anos sem eles....

No mês passado, relançaram um disco deles, 
com nova roupagem...

Foi o disco mais vendido NO MUNDO, 
agora ....  56 anos depois!!

Precisa dizer mais?










sexta-feira, 11 de novembro de 2022

OUÇA e LEIA - George Harrison Maduro - Parte 3 - While My Guitar Gently Weeps

Esta é a 40ª edição de OUÇA e LEIA

onde você ouve uma historinha minha 

e lê o que está ouvindo!

Primeiro, o LINK, do áudio. Agora a transcrição...
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A carreira de George Harrison nos Beatles.

Capítulo 4 - A Fase Madura, que teve canções de 1966 a 1970

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Olá, viajantes do Submarino Angolano, aqui é Homero Ventura, direto do Brasil

Quando a guitarra chorou! 

Veio 1968 e George lançou mais uma canção indiana, logo no início, que foi lançada em single, com a primeira presença do compositor num single, com The Inner Light fazendo o Lado B de Lady Madonna.

O ano de 1968 foi especial para George Harrison. Foi o ano em que ele mais lançou canções durante a curta vida dos Beatles.

Foram 4 canções no único álbum do ano, o assim chamado Álbum Branco, mas foi naquele álbum que a guitarra chorou, mas foi Eric Clapton quem a fez chorar, e é sobre essa canção que falaremos agora

While My Guitar Gently Weeps  (de George Harrison)


George expõe: ''Eu olho vocês todos, vejo o amor que aí dorme, enquanto minha guitarra suavemente chora"

A desilusão com as pessoas e a contemplação do estado das coisas são o cerne da canção. A decepção é direcionada a pessoas em geral mas, no particular, certamente a seus próprios companheiros John e Paul, que ele sentia terem voltado da Índia meio que afastados de seu guitarrista, estavam assim-assim com a experiência que tiveram, achando que foi meio perda de tempo, e George os critica por não terem captado o âmago das mensagens, e aproveitado para crescerem como pessoas.

A contemplação está nos versos (que são dois), e a desilusão está nas pontes (que são duas).

Nos versos, George observa ("I look") e nota ("I see" e "I notice"), e conclui com um conselho, que devemos aprender com os próprios erros ("With every mistake we must surely be learning").

Nas pontes, George lamenta (“Não sei por que ninguém te disse”), acusando as ´pessoas' de terem se pervertido e desviado do caminho, e conclui “Ninguém te alertou”.

O Verso 1 é repetido, em parte, na conclusão, quando George olha para todos e vê o amor hibernando, enquanto sua guitarra suavemente chora. É lindo demais! Mas vamos aos detalhes da canção.

A canção, embora não tenha sido criada durante o retiro na Índia, foi apresentada por George em sua casa, em Esher, no final de maio, juntamente com outras que ele, John e Paul trouxeram de lá. Na demo, que tinha letra levemente diferente, ele a tocou em seu violão em lindo e acelerado dedilhado.

Trecho da Demo de Esher 

Apenas no final de julho, aconteceram os primeiros dois Takes, na EMI, apenas com George e Paul presentes, com este último num harmônio. Era opinião de todos que aquela versão apenas acústica estava linda o suficiente para ver a luz do sol na edição final, aliás, como acústicas também ficaram Blackbird de Paul, e Julia, de John.

Bem, mais tarde naquele dia, os outros dois Beatles chegaram e começaram a ensaiar uma versão banda, e o fizeram até a madrugada do dia seguinte. Só em meados de agosto, George decidiu que a versão final teria a presença de todos.

Felizmente, um take acústico daquele dia alcançou o estrelato merecido, quase meio século depois, quando inclusive ganhou um vídeo-clipe maravilhoso, voltaremos a ele mais adiante.

Take acústico, do Angology III , com violão e harmônio, notem a letra já diferente

Então, em agosto, numa longa sessão, 14 takes aconteceram, com George na guitarra, Paul no baixo, John no órgão e Ringo na bateria, um em cada faixa da fita, reduzida ao final no Take 15, abrindo duas faixas para acréscimos futuros.

E quase outro mês se passou….

O 3 de setembro viu a primeira sessão de um gravador de 8 faixas nos estúdios de Abbey Road. Naquele dia, foi apenas George, usando duas faixas para seu vocal e outra para a guitarra da sessão solo, mas tentando fazer sua guitarra chorar, como dizia a letra. Ele até tentou aquela técnica de gravação reversa, mas não funcionou.

O dia 5 viu a volta de Ringo, vendo sua bateria recheada de flores, depois de ter abandonado a banda durante a gravação de Back In The USSR, eles preencheram as faixas com um monte de coisas, tanto que a bateria ficou inaudível! George levou a fita pra casa, ouviu, reouviu e disse: "PÁRA TUDO!" E jogou tudo no lixo, e decidiu começar tudo do zero! Tanto que aquele dia 5 nem foi considerado como um dia de gravação, e o Take válido era ainda o 16.

No dia 6, entretanto, George pegou carona para o estúdio com seu amigo Eric Clapton, que morava perto dele, e no meio do trajeto, conversando sobre a dificuldade de fazer sua guitarra chorar, ele o chamou para tocar na canção, ao que ele respondeu: "QUEM, EU? TOCAR COM OS BEATLES?".

Não que ele não fosse já famoso, estava dissolvendo a banda CREAM...

Trecho de Sunshine of Your Love, de Cream 

. e até já era considerado  DEUS da guitarra, mas Beatles, como se diz hoje, era OUTRO PATAMAR. Então, ele deixou George no estúdio, e somente apareceu no meio da sessão. Nesse meio tempo, os quatro Beatles já estavam firmes, com George no Violão, John na guitarra, Paul no órgão e Ringo na bateria. Segundo George, o clima, entretanto, estava ruim, com seus amigos se esforçando pouco, mas quando Eric chegou, o ambiente mudou, todos ficaram animados, inclusive Paul assumiu o piano e criou ali mesmo aquela introdução maravilhosa que ouvimos até hoje e Ringo arrebentou no hi-hat (o chimbal), e depois no pandeiro.

Então, naquele dia, foram 28 takes, não se sabe quantos com a presença do convidado ilustre. Eric Clapton fez ali um dos mais cultuados solos de guitarra de sua carreira, sua guitarra realmente chorava, com o preciso uso da alavanca.

Solo de Eric Clapton 

Além da sessão solo, a guitarra 'conversa' com a voz de George nos versos, introduz as pontes, e no final, acompanha os lamentos dos cantores com mais lágrimas de sua guitarra, e nós é que lamentamos o fade-out, sempre pensamos que poderiam continuar indefinidamente.

Lamentos de George e Paul ao som da Guitarra final de Clapton

No dia seguinte, ainda teve uma sessão final, com George dobrando seus vocais, e Paul acrescentando uma lead guitar nas pontes, Ringo mais pandeiro e John, surpreendentemente no baixo! 

Não se sabe por que Eric Clapton não foi creditado no álbum. Isso causou um constrangimento considerável, porque os fãs escreviam para o guitarrista solo dos Beatles, não entendendo como ele soava tão diferente, tão blues., aonde ele havia desenvolvido essa técnica, e tal, ai, ai, ai... imagina só...

Mais de 20 anos depois, eles fizeram juntos um show histórico no Japão, quando Eric conseguiu se superar e sua guitarra ganhou a alcunha 'Psycho Guitar' de seu amigo, ao final da apresentação.

A força da canção sobrevive até hoje: em 2006, George Martin pegou aquele take de voz e violão, incrementou com um arranjo de cordas para lançar em LOVE, espetáculo do Cirque du Soleil com músicas dos Beatles, e 10 anos depois, ano da morte do supremo arranjador, ela virou fundo de um vídeo-clipe, em que se acompanha uma bailarina que brinca com a letra da música, que sai do papel, as notas saem da pauta, e ganham vida num personagem que dança com ela e passa por portas e janelas desenhadas no mundo real, que já foi visto por quase 65 milhões de pessoas. Lindo, lindo, lindo!

Versão de Love 

Nota-se nele uma letra diferente no verso final, genial. Se você achou que "I look at the world and I notice it's turning", ou seja, estou contemplando tão profundamente que percebo o mundo girar, era o cúmulo da contemplação,  dá só uma olhada na linha final desta versão:

 As I'm sitting here doing nothing but aging,

still my guitar gently weeps... 

É ou não é o ápice da contemplação, do dolce-far-niente?

'enquanto estou aqui, fazendo nada... apenas envelhecendo, 

minha guitarra ainda chora’

Venha chorar com a guitarra de Eric Clapton em

While My Guitar Gently Weeps


 

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  1. Neste LINK - A Origem dos Beatles 
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  27. Neste LINK Análise Temática de Being For The Benefit of Mr. Kite 
  28. Neste LINK Análise Temática de Honey Pie
  29. Neste LINK Análise Temática de Yer Blues 
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  33. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 1
  34. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 2
  35. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 3
  36. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 4
  37. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Indiano Partes 1 e 2
  38. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 1
  39. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 2
  40. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Maduro Parte 3

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Quão frequente era o seu nome, quando você nasceu?

Minha querida filha, sempre atenta a pesquisas mil, descobriu um site legal...

Ele responde à pergunta-título.

É do IBGE, mostrando a frequência de nomes dados a bebês ao longo das décadas de registros em cartório!

Vejam o meu!













Olha que interessante!

Adivinhem em que década eu nasci!!

Pois é, foi em 1958!

Na década em que meu nome foi mais popular!

A que eu atribuo isso? Não sei, mas pode ter a ver com HomeroSilva, quem foi o 1º Apresentador de programas na Televisão Brasileira, justo na Década de 1950!!

No meu caso, sei que não foi por causa disso.... já contei em minha homenagem a meus Finados, que, aliás, completou 3 anos, no último dia 2.... Quem não viu, convido, aqui, neste Link:

Blog do Homerix: Finados levou a Memórias

Do qual extraí este parágrafo abaixo: 

Posso encaixar nesta faceta de meu pai o jeito pelo qual ele decidiu qual nome me daria. Botara na cabeça que eu teria que ter um nome de alguma figura proeminente da Grécia, cuja cultura admirava muito. Fez uma lista, foi á janela da sala, não me lembro em que andar era no Edifício Lutécia, onde nasci, e começou a gritar a plenos pulmões, para a sempre movimentada Avenida Ana Costa: Demósteneees!!, Sócrateees!!, ... e observava a reação das pessoas ... Heráclitooo!!, Pitágoraaas!! ... e observava ...Homerooo!!, e então parece que gostou da reação que teve a este último, quem sabe algum sinal de positivo da época e decidiu por ele. Eu não gostava muito de meu nome, até que soube dessa história, aí até senti um alívio. Bem, na verdade, eu achava meio estranho mesmo assim, mas aos poucos fui gostando, mais e mais, deu-me uma certa distinção, por exemplo, apenas 8 entre 80 mil colegas da Petrobras tinham meu nome (sem contar os nomes duplos, como Paulo Homero e coisas do gênero). Além disso, não posso reclamar de um nome que lembra a um  dos maiores poetas da História, autor de Ilíada e Odisséia, e também, qualquer ação de minha parte era uma ação homérica, o que denota uma certa grandeza já na qualificação! Hoje, tenho orgulho! Inda mais quando agregado ao sobrenome, Ventura.

Outras informações interessantes extraídas do IBGE:

  1. Existem 6.147 Homero's no Brasil;
  2. Um percentual tão pequeno que nem aparece na 2ª casa;
  3. É o milésimo quinquagésimo quarto (1.054º na preferência dos brasileiros);
  4. O estado em que existem mais Homero's é o Rio Grande do Sul;
  5. Com uma taxa de 9,23 por 100 mil habitantes


Claro que, passo seguinte, fui aos demais membros da família e... BINGO!

TODOS NÓS TEMOS NOMES QUE ERAM OS 

MAIS FREQUENTES NAS DÉCADAS EM QUE NASCEMOS

... ou quase

Vejam:

Neusa (1958)


BINGO

Suspeitas de popularidade... não consigo relacionar, mas registro que é também a mesma década em que Neuza, com Z, é mais frequente, e tem ocorrência muitíssimo parecida, por volta 0,06% da população, ou numericamente, ambos com 115 mil no Brasil!
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Renata (1985)



BINGO

Suspeitas de popularidade... Renata Sorrah, que foi a Madalena cantada por Ivan Lins na voz de Elis Regina, em novela de 1972... e  me lembro de uma personagem Renata Dumont, mas era malvada, vivida por Tereza Rachel, em uma novela da década de 1980, Louco Amor. No nosso caso, nada a ver, Renata sempre foi um de dois nomes preferidos por Neusa. 
Complementando, Renata é o 30º nome mais preferido entre as mulheres.
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Felipe - 1988


BINGO

Quer dizer.... foi na década de 1990, mas foi tipo um sky rocketing, que certamente começou no final da década de 1980. Não tenho nenhum diagnóstico para o fenômeno, apenas compartilho o fato de que, quando voltamos de Houston, o Felipe era um de 6 Felipe's na mesma turma do Colégio Andrews! E, no nosso caso, a escolha foi pura e simplesmente por causa de uma decisão da Renata, do alto de seus 2 anos e 7 meses, que tachou, assim que soube que iria ganhar um irmãozinho: 
É o Felipe!! 
E até contestou, veementemente, seis meses depois, o médico que fazia o ultrassom e disse, brincando, sabedor da história, que seria menina, e ela como que pulou do colo de Neusa e quase subiu no pescoço dele dizendo: 
Não é não! É o Felipe... É o Felipe!! 
Complementando, Felipe é o 18º nome mais preferido entre os homens.
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Alguns outros achados:
  1. São 11,73 milhões de Maria's
  2. São 5,75 milhões de José's
  3. São 3,09 milhões de Ana's 
  4. São 3,00 milhões de João's
  5. São 2,58 milhões de Antonio's (com ou sem acento)
  6. São 1,77 milhão de Francisco's
  7. São 1,49 milhão de Carlo's
  8. São 1,42 milhão de Paulo's 
  9. São 1,22 milhão de Pedro's
  10. São 1,13 milhão de Lucas's 
  11. São 1,11 milhão de Luiz's (e 0,94 milhão de Luis's, com 's')
  12. São 1,11 milhão de Marco's  
Só pra ficar nos que superaram a casa do milhão. 
Portanto, se este nao é um país católico, o que mais pode ser?

 

Bem! 


Curiosos quanto aos vossos nomes?

Eis o Link

Divirtam-se!!

E, se forem gentis o suficiente, compartilhem vossos achados comigo, comentando aqui no blog, ou pelo WApp, se tiverem o meu contato!