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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Another Brick in The Wall - by Roberto Bazolli

Um amigo meu de Whatsapp brinda os amigos toda sexta-feira com uma análise precisa de algum fenômeno musical.

Seu nome é Roberto Bazolli.

A análise de hoje foi tão espetacular que resolvi colocá-la no blog!!

Vejam se concordam comigo!


ENJOY!

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Fique nesta sexta, 10/09, com uma das maiores obras primas do Rock: “Another Brick in the Wall” - Pink Floyd. Composta por Roger Waters e gravada em 1979. Assim como uma ópera, a música é composta de 3 partes distintas, com 3 enfoques diferentes, contando a história do imaginário ditador Pink.

A parte 1 (memórias)  narra Pink ainda bem criança, lembrando da história de seu pai, que morreu na guerra lutando contra o Nazismo, da mesma forma como o pai de Roger Waters. Pink questiona o que seu pai representava pra ele e conclui que sua morte é apenas mais um tijolo no muro.

A parte 2 (educação), a mais famosa, Pink já mais crescido , narra os abusos cometidos pelos professores, fazendo o uso da submissão dos alunos como uma verdadeira engrenagem que retroalimenta o sistema para a formação de adultos sem opinião, enlatados, pensando da mesma forma. Depois, os estudantes são moídos e saem como uma massa homogênea. Termina com uma grande revolta dos alunos, quebrando tudo e colocando fogo na escola. Esta parte foi proibida em alguns países . Pink cresce em torno de seu muro de tijolos. Cada tijolo representa uma dificuldade que ele passou e que escolheu manter perto de si . 

Na parte 3 (drogas), a mais agressiva , já vemos um Pink adulto, que está sempre lembrando de sua infância e que sofre uma traição amorosa, representada por mais um tijolo no seu muro de lamentações.

O muro ficou tão grande que isola PINK do mundo . A saída dele foi permanecer “comfortably numb” (confortavelmente “anestesiado”), através das drogas, tema de outra música do álbum “The Wall”. 

O isolamento o torna um ditador autoritário, centralizador, egoísta, preconceituoso e incitador da violência.  Fica claro que Pink está numa alucinação induzida , mas consegue mesclar o estado delirante com a sua consciência e sua psiquê o conduz a um julgamento de si mesmo . Pink, personagem autobiográfico de Roger Waters, revisa sua vida ao construir e derrubar o muro, fruto de seus medos e angústias e que o condenava a ser vítima de si mesmo .

A mensagem que fica é que não se ouve Pink Floyd como se não fosse nada, assim como não se faz escolha nenhuma, nem a de não escolher , como se não fosse nada, assim como não se passa pela história como se não fosse nada. 

Infelizmente, por conta de uma guerra de egos, as duas principais figuras da banda (Roger Waters e David Gilmour), não tocam mais juntos .

Segue a versão completa da música, onde fica bem claro a passagem de uma parte para outra. Segue também, em separado, a parte 2, a mais famosa, num show com legenda em Português.

Use fone de ouvidos, pois fica muito melhor .

Desejo um fim de semana com saúde e paz 

Forte abraço 


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4 comentários:

  1. Meu amigo, eu não tinha visto isso no seu Blog. Muito obrigado pela gentileza.
    Forte abraço
    Roberto Bazolli

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  2. Excelente descrição e foi ótimo o Homerix ter colocado no blog para nós dar a oportunidade de ler. Como quase sempre eu estou atrasado mas antes tarde do que nunca.Gerson

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  3. Parabéns ao Roberto pela excelente descrição e obrigado Homerix por divulgá-la.

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  4. O comentário acima é de João Clark 😁

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