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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Dante XIV – As Penas do Orgulho

Como disse, estou a ler a Divina Comédia de Dante.... e venho publicando aqui bits and pieces.

Os capítulos anteriores estão acessíveis nos links abaixo (clicar no nome)


Canto I - O Desafio
Canto II - A Inspiração e o Legado
Canto III - O Início da Jornada
Canto IV - Arquitetura do Inferno
Canto V - Inferno - As Transgressões
Canto VI – Inferno - Penas da Incontinência
Canto VII - Inferno - Penas da Violência e Besti...
Canto VIII – Inferno - Penas da Fraude Simples -...
Canto IX – Inferno - Penas da Fraude Simples, Pa...
Canto X – Inferno - Penas da Traição
Canto XI - Arquitetura do Purgatório
Canto XII – Purgatório – Arrependimento e Severid...
Canto XIII – O Portal do Purgatório
Canto XIV – Purgatório - As Penas do Orgulho
Canto XV – Purgatório - O Pai Nosso de Dante
Canto XIV –  As Penas do Orgulho

Adentrando à primeira vil cornija
(no Purgatório é assim que se chama),
Observa-se a rotina assaz rija

Dos orgulhosos em seu duro drama.
Caminham em rochosa rota estreita,
Emparedados por extensa gama

De imagens, à esquerda e à direita,
De exemplos de extrema humildade,
Em oposto à sua vida imperfeita.

E carregam, em sua triste realidade,
Blocos de peso maior ou igual
Ao tempo que eram corpos de verdade.

Em seu marchar de baixo astral
Pisam em mil imagens esculpidas
Da história da soberba tão cabal.

E em meio a essas penas tão sofridas,
Entoam, de forma tonitruante,
Um Pai Nosso com letras estendidas.

Achei a coisa tão interessante,
Que reservarei o próximo Canto
À análise do Pai Nosso de Dante,

E, sim, prevejo um desafio e tanto,
Pois que terei que encadear as rimas
Da explicação aos versos do acalanto.

Que as Musas me iluminem lá de cima!

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