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Canto XII – Purgatório – Arrependimento e Severidade
Na praia daquela gigante ilha,
Donde se vê montanha até o céu
Continuamente chegam camarilhas
De almas em colossal escarcéu,
A ver em que estágios ficarão,
Penando até descerrarem o véu
Que lhes dificulta a sublimação.
Ancião, legista da Roma Antiga,
Do Purgatório, é sagaz Guardião.
O arrependimento dá a liga:
Se já faz tempo, Catão já libera
Para o devido círculo que abriga
Os pecadores de igual quimera.
Já os arrependidos tardiamente,
Não já. Vão ter que amargar dura espera
Em tempo ao mínimo suficiente,
No assim chamado Ante-Purgatório,
Ao tempo de quando, enquanto viventes,
Habitaram pecador território.
Tendo vencido essa fase, então vão
Ao devido círculo expiatório,
Onde pacientemente cumprirão
As penas assim estabelecidas,
Até que preces em sã profusão,
Daqueles que aqui ficaram na vida,
Os façam merecedores de alta,
E então possam proceder à subida
Até paradisíaca ribalta.
Para finalizar a arquitetura,
Um interessante aspecto ressalta:
Decresce ao se subir o grande monte.
Veja o Orgulho, maior desventura,
Inveja e Ira, a seguir se confronte
Preguiça e Avareza, ora se enfrente
Gula e Luxúria, antes da sacra ponte,
À entrada do Paraíso clemente.
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Que maravilha !!!!
ResponderExcluirIsso aí!!!
ResponderExcluirHomerix "Poetando" com a máxima inspiração !!!
salvas em profusão!!!