-

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Let It Be ... e nunca mais

  Capítulo 48 


De minha saga  

O Universo das Canções dos Beatles


Todos os Capítulos têm acesso neste LINK 


O cenário para Let It Be - O Último Disco Lançado 

E segue a história dos Beatles

Estamos em 25 de setembro de 1969! 

E seguem crescendo os números!!!               
Em menos de 6 anos de carreira, lançaram 197 canções, sendo 173 autorais e 24 de outros autores, filmaram três Longas Metragens de sucesso mundial, A Hard Day's Night e HELP!, um filme para a TV de sucesso mediano, reconhecido posteriormente, fizeram 572 shows, sendo 387 no Reino Unido, 94 na Europa Continental, 67 na América, 16 na Austrália e 8 na Ásia, esse número ficou estacionado, e ganharam 4 títulos de Membros do Império Britânico, lançaram 19 compactos, um EP de inéditas, 11 LPs, Please Please Me (LINK)With The Beatles (LINK) A Hard Day's Night (LINK)Beatles For Sale (LINK)HELP! (LINK), Rubber Soul (LINK), Revolver (LINK), Sgt. Pepper's Lonely Hearts CLub Band (LINK), The White Album (LINK), Yellow Submarine (LINK), Abbey Road (LINK), um EP Duplo - Magical Mistery Tour (LINK) - todos chegando ao primeiro lugar, com exceção do primeiro e de mais um (!!!) compactos, e do penúltimo álbum.
Os números seguem espantosos!!!               


... mas tudo estava chegando ao fim....

Ao longo dos Capítulos 36 a 47 de minha saga, mantive o costume de abrir a análise de um álbum dos Beatles atualizando os números incríveis da maior banda de todos os tempo, e sempre o fazia com animação, emoção e um sorriso no rosto. Depois começaria a descrever os fatos que circundavam a vida dos Beatles entre duas datas de lançamento de discos, o anterior, marcado pela data ali do 'Onde estamos hoje?" Hoje, ao começar o Capítulo 48, sigo com emoção, porém o sorriso se foi. Se estivesse falando, ouviriam minha voz embargada. A escrita disfarça esse estado de espírito, mas saibam, uma lágrima escorre de meu rosto, neste momento.

É porque, como disse acima, tudo estava chegando ao fim. Como antecipei ao finalizar o capítulo 47, no dia do lançamento de Abbey Road, a banda já não existia! Havia 6 dias, seu grande líder e criador John Lennon havia anunciado aos companheiros que não fazia mais parte do grupo... mas o mundo nada soube. O que transparecia era que os Beatles ainda eram a maior banda de todos os tempos e acabavam de trazer à luz sua maior obra, e qual seria o próximo passo, o próximo projeto, o próximo disco, mas em verdade cada um já estava seguindo seu próprio caminho.

Para as canções listadas,
há análises sobre elas
a um click em seu nome.

Se o degrau seguinte era um disco, as composições já estavam prontas, não necessitaria mais de sessões de gravação, que já haviam acontecido no começo do ano, que foi intenso em problemas de relacionamento entre os membros da banda. George chegou a abandonar o barco durante aquelas sessões, mas 10 dias depois voltou. As relações comerciais estavam tensas, houve um racha no grupo. John queria Allan Klein como empresário e convenceu George e Ringo, porém Paul não confiava nele, e queria seu sogro John Eastman na posição. Paul inclusive colocou em duas canções de Abbey Road um pouco da situação, You Never Give Me Your Money e Carry That Weight. Enfim, naqueles quase 8 meses entre os lançamentos dos dois discos não haveria mais produtores, nem técnicos de som, nem horas de estúdio invadindo as madrugadas, nem sintetizadores, nem gravador de oito canais, nem pianos, guitarras ou bateria, muito menos sintetizadores, sinos ou bigornas... apenas ressentimentos. 

Em meio a esse clima todo, os Beatles fizeram sua última sessão de fotos, na mansão recém-comprada e reformada de John em Tittenhurst Park. Presentes Yoko, grávida e Linda super grávida. Quase ausentes, os sorrisos. Um outro esparsamente apareceu

Vou desfilar aqui um pouco de bastidores ainda antes do lançamento de Abbey Road, já em setembro, que preferi não abordar no capítulo de Abbey Road, por ser mais adequado ao clima pesado que levou ao objeto deste capítulo, o álbum Let It Be. Começo com uma reunião que houve no Dia 9 que poderia traçar um futuro brilhante para a banda, só que não. Presentes John, Paul, George e um gravador, para mostrar a Ringo, que tratava da saúde, problemas intestinais. Surgiu uma proposta para um próximo disco, com número de composições definidas, 4 de John, 4 de Paul, 4 de George, e 2 de Ringo, se ele tivesse algo. E ainda, que não valeria o acordo Lennon/McCartney, cada um assinaria a sua. Interessante, não? Só que não. Paul disse que talvez ainda não fosse o momento para uma equiparação, mesmo reconhecendo o crescimento de George, e acabaram entrando em discussão sobre mágoas recentes, de George reclamando que John não participou das canções dele no Álbum Branco, de John reclamando que Paul queria empurrar coisas ruins como Maxwell's Silver Hammer e Ob-la-di Ob-la-da, o fato é que deixaram qualquer decisão pra depois. E ela não veio, ou veio, no pior sentido. Dias depois, John montou uma banda de um dia pro outro, a Plastic Ono Band, com Eric Clapton, com quem ensaiaram no avião, a caminho de Toronto para tocar num festival, e em algum momento dessa viagem decidiu. Não queria mais continuar Beatle. Só que Klein convenceu-o a não contar pra ninguém até assinarem um novo contrato com a EMI, que estava pra ser fechado em alguns dias. Esse dia era o dia 20,  e nesse dia, quem não estava era George, os três assinaram, pois era melhor que o anterior em termos de royalty, e valia caso continuassem ou não como banda. E no mesmo dia John contou aos demais sua decisão. Simples assim!  

A vida seguiu. Ringo já começava um projeto solo, homenageando seus pais com a  gravação de um álbum inteiro com grandes sucessos do passado, chamado Sentimental Journey. Paul gravava seu álbum solo, McCartney. John lançou o single Cold Turkey, com uma canção de Yoko no Lado B, e os dois lançaram o LP The Wedding Album. Em outubro, Yoko foi internada, e acabou perdendo mais um bebê. Paul teve sua primeira filha, Mary, e recolheu-se na Escócia, mas teve que lidar com a notícia de que havia morrido, veiculada pela imprensa de Iowa, nos EUA , reagiu com bom humor,  declarando que: "Posso garantir que os rumores de minha morte foram um pouco exagerados." George deu entrevista falando sobre suas canções em Abbey Road, e disse que as que gostou mais no álbum foram Because e Golden Slumbers. Dias depois no mesmo programa, John às vezes falava como banda, ao mesmo tempo dizia que Paul e George deviam lançar suas próprias canções ao invés de dá-las para outros cantores, coisa que os dois fizeram algumas vezes. E os Beatles fizeram mais um movimento que deu certo: pela primeira vez, lançaram um compacto com canções já lançadas em álbum, as obras-primas, Something e Come Together, nessa ordem, apesar de ser um Duplo Lado A. John concedeu o posto, com prazer, dando valo à obra-prima que George havia composto. Direto para o topo das paradas, mais uma vez.

O final do ano foi dominado por John. Ele devolveu o título de Membro de Império Britânico que ganhara com os seus companheiros em 1965, em protesto contra a Guerra do Vietnam, mas acompanhado da singela carta, onde acrescentava um segundo motivo para a devolução... Além disso, ficou entre os três finalistas para ser considerado Homem da Década, os outros eram os estadistas John Kennedy e Ho Chi Min, e deu entrevista à ATV, rival da BBC, que na mesma hora estava com equipe de filmagem na mesma mansão, no primeiro de cinco dias acompanhando a vida do casal, para um documentário "O Mundo de John e Yoko". Ambos os programas foram veiculados no final de ano.  O casal ainda participaria de outro programa da BBC, o religioso The Question Why. John era o queridinho da TV. Mas o mais espetacular movimento de todos foi o lançamento mundial da campanha  War is Over (If you want it), com outdoors em 10 cidades do mundo. Perguntado sobre quanto gastou de seu bolso, ele disse: "Muito menos que o preço de uma vida naquela guerra!". 
George incrivelmente participou de 9 shows como um simples músico de palco para uns certos Dellaney & Bonnie, em quatro cidades da Inglaterra além de Copenhagen, veja só, até usando um pseudônimo para o efeito. Ringo participou de programas de caridade e esteve na esteia de seu filme The Magic Christian, onde atua como filho do grande comediante Peter Sellers. Ringo também participou da filmagem de um programa em homenagem ao Grande Maestro George Martin, de nome "With a Little Help From My Friends", onde tocou a sua Octopus's Garden. Vários artistas que trabalharam com o maestro estavam presentes, e Ringo fez as honras da casa representando os Beatles. Paul continuava em seu retiro em Mull of Kintire cuidando de sua filhinha Mary. Nunca se viu Paul McCartney tanto tempo fora do ar como nesse final de ano.

Eu passei a falar dos outros, só para dar uma trégua em falar de John. Ele estava frenético! Participou de vários programas de TV, sempre com Yoko, gravaram mensagem para a TV japonesa, foram a Toronto onde encontraram com o Primeiro Ministro Pierre Trudeau, cruzou de volta o Atlântico e participou do lançamento mundial de uma campanha de paz em Kent, onde pretendia ficar 24 horas de vigília na noite de Natal, movimento que seria repetido em outras cidades do mundo simultaneamente, mas ali, não conseguiu. A presença de John causou comoção e tiveram que cancelar o evento. Depois disso finamente descansou: passou um mês na casa do primeiro marido de Yoko numa pequena cidade da Dinamarca, chamada Aalborg, onde causou um rebuliço, sendo obrigado a fazer uma press conference. Nesse período, ele produziu momentos em fita cassete, conhecidos como Denmark I a IV, que incluíam brincadeiras dele com Kyoko, sua enteada, que foram passando de mão em mão e hoje valem dezenas de milhares de de libras esterlinas cada uma. Enquanto na Dinamarca, John quase foi processado em Londres por conta de uma exposição de desenhos seus sobre sua lua de mel, 14 desenhos ao todo, sendo 8 com conteúdo erótico. As citadas peças foram confiscadas pela polícia. Ao final desse período de férias, resolveu raspar a cabeleira a uma polegada. Yoko também, em solidariedade, 

Nesse meio tempo, começou a década de 1970 (ou seria apenas um ano depois) e ela viu logo em seu início as últimas sessões de gravação dos Beatles: reuniram-se Paul, George e Ringo em Abbey Road, sob a batuta de George Martin, em 3 de janeiro para gravarem I Me Mine, de George, que a havia tocado um ano antes nas sessões do Projeto Get Back junto com Ringo, e precisava de gravação para ser incluída no novo álbum. Dia seguinte, foi verdadeiramente a última sessão de gravação da história dos Beatles, quando se dedicaram a finalizar Let It Be, de Paul, enquanto do outro lado do Atlântico, um menino gordinho da cidade praiana de Santos completava seus 12 aninhos sem desconfiar que a banda que ele mais amava estava fazendo sua última reunião. Os detalhes dessas duas sessões eu darei quando destrinchar as respectivas canções, mas deixo aqui uma fala genial de George, no dia 3, ironizando a ausência de John, que já havia oficialmente deixado a banda:
"You all will have read that Dave Dee is no longer with us. 
But Mickey and Tich and I would just like to carry on 
the good work that’s always gone down , in [studio] number two.'
George, aliás, ainda dedicaria um tempo no dia 8 à sua composição, sendo esta a última ocasião em que UM Beatle trabalhava numa canção DOS Beatles. Produziu essa sessão Glyn Johns que estava encarregado de arrumar o material do Projeto Get Back para formar um álbum. Entretanto, os Beatles não aprovaram sua sugestão. Seguiu a vida, com os Beatles já gravando seus trabalhos solo na EMI, enquanto a carreira da banda seguia com um lançamento de um novo compacto, tendo a muito conhecida Let It Be no Lado A e a muito desconhecida You Know My Name Look Up The Number no Lado B, desconhecimento tal que provavelmente fez com que o compacto não chegasse ao topo da parada, ficou só na posição 2 em UK. Já nos EUA, ela não atrapalhou e o single chegou ao topo! Finalmente, no dia 23 de março, o produtor Phil Spector, famoso pela técnica Wall Sound e admirado pelos Beatles foi chamado para dar a cara final do LP Let It Be como o conhecemos e sobre o qual falaremos nos próximos capítulos!

O fogo no parquinho, entretanto, teria mais um episódio notório.  Pronto o LP McCartney, Paul anunciou ao grupo que o lançaria, deu data, 10 de abril. Só que o último LP dos Beatles teria que ser lançado em 24 de abril, juntamente com a estreia do filme Let It Be, e todos acharam que lançar dois álbuns dessa magnitude no período de poucos dias seria ruim para as vendas, naturalmente. O argumento era bom, mas a forma como a coisa se desenvolveu, certamente não. John e George escreveram uma carta a Paul, nestes termos:
Dear Paul, 
We thought a lot about yours and the Beatles LPs – and decided it’s stupid for Apple to put out two big albums within 7 days of each other – so we sent a letter to EMI telling them to hold your release date til June 4th (there’s a big Apple-Capitol convention in Hawaii then). We thought you’d come round when you realized that the Beatles album was coming out on April 24th. We’re sorry it turned out like this – it’s nothing personal. 
Love! 
John & George. Hare Krishna. 
A Mantra a Day Keeps MAYA! Away.
Em outras palavras, dizia que ELES (e a EMI) haviam decidido que o disco DELE deveria ser adiado para maio, em benefício do disco DELES e, sabedores de que o conteúdo era explosivo, mandaram-na com um emissário que, pensavam, iria amenizar o clima: Ringo, o mais legal dos Beatles, amado amigo de todos. Resultado? Paul leu, foi pra cima de Ringo com o dedo em riste, falou cobras e lagartos, e o mandou embora! "Get out!" Outro resultado? Paul lançou o disco dele em 10 de abril, anunciou o fim dos Beatles, e o disco dos Beatles é que foi postergado para maio!! O relacionamento entre Ringo e Paul levou ANOS pra se normalizar.

Eu juro que não queria terminar esta introdução desse jeito, mas assim eram as coisas naqueles dias...

5 comentários:

  1. Mesmo sem conhecer todos esses detalhes que você, cronógicamente, nos proporciona, sempre me entristeço com esse final. É como ler sobre o fim dos Mutantes (poucos anos depois), só que mais. Como já escrevi aqui, nem fazia idéia do furdunço que rolava, mas algo não parecia bem...
    Anos depois os livros e reportagens foram desnudando os fatos.
    Eu era um magrelo de 23 anos, beatlemaníaco e fazia parte de uma banda que arranhava as canções do Fab4.
    Parabéns pela análise, clara e emotiva.

    ResponderExcluir
  2. Concordo Auro, é muito triste esse final, é como perder parte do próprio sonho
    Da mesma forma, não conhecia todos os detalhes

    ResponderExcluir
  3. John iria sair dos Beatles mas quem anunciou sua saída oficial foi Paul..
    John fez a banda mas quem acabou foi Paul..
    Doce vingança
    Já li muitas biografias dos últimos anos dos Beatles e com certeza Paul McCartney fez o certo até pq estava sendo sacaneado por John , Yoko e Allan Klein...
    Triste final mas q o tempo mostrou quem realmente seguiu como músico fazendo shows e lançando discos clássicos,. enquanto isso John virou capacho da yoko, George não conseguia ter uma carreira solo instável e Ringo lançou discos e filmes mas nada tão incrível.
    Paul ficou sozinho naquela briga de egos mas no fim se tornou o maior e mais consagrado músico dos últimos 60 anos..

    ResponderExcluir
  4. Homero, onde você encontrou esses detalhes sobre a fita que gravaram no dia 9 de setembro de 1969? Porque eu só conheço a matéria do Guardian one não vem dizendo que Paul foi contra George ter mais música. Inclusive ele confirma achar que George tinha atingido o mesmo status que ele e John com a músicas de Abbey Road. Paul sendo metido porque na verdade George sempre teve o mesmo status. Mas sei lá...impossível julgar algo sem ouvir o som da voz.
    É fato que também falou ( mas não sabemos o som da voz, se estava apenas brincando, o que poderia ser já que tinham liberdade de tratar uns aos outros de forma aparentemente provocativa) que não achava assim até Abbey Road. Mas já concordava. Dá a entender que foi a favor de quatro músicas para George.
    Eu discordo que tenha sido uma boa ideia dissolver Lennon/McCartney. Isso aí doi na alma. Mas John estava em péssimo estado mental. Para mim foi uma proposta indecente e equivale a uma proposta de acabar com os Beatles. Me parece, apenas parece, ser coisa de Yoko e seu veneno. Queria separar John de Paul de qualquer jeito. "Ah, mas já estavam separdos..." Nem tanto assim. Sempre ouviam o que o outro tinha a dizer. O que os outros tinham a dizer. Podiam até discordar, mas havia um trabalho em conjunto. Na hora da gravação formavam uma equipe. Uma proposta do fim da dupla é um tapa na cara de Paul. Claro que faz tempos Paul vem querendo algo parecido, mas a situação mudou completamente depois do final. Ali, propondo um album dos Beatles sem Lennon/McCartney é outra história.


    Quem deu a entrevista foi um expert chamado Mark Lewisohn que é adorado por muitos fâs. Eu nunca confiei nele totalmente. Posso estar errada? Sim. É apénas minha intuição. Alías, não confio em nenhum biógrafo dos Beatles.
    Neste artigo ele ousa dizer que John não foi o responsável pelo fim dos Beatles...apenas porque estava propondo o novo album. Céus, ele estava propondo o fim dos Beatles querendo acabar com Lennon/McCartney. Para mim a fita confirma que foi realmente John.
    Mas mesmo se ele não tivesse vindo com essa proposta, isso não indica que não foi ele visto que a viagem a Toronto aconteceu depois da fita. E foi ao retornar de Toronto que John avisou que estava saindo da banda. Nada indica que, caso a proposta anterior tivesse sido aceita, que ele não teria decidido sair. John mudava de ideia a todo momento! Foi cantar com Yoko no Canada, e achou sei lá por qual motivo, que seria melhor e mais bem sucedido gravando com ela sem os companheiros. A apresentação em Toronto, para uma turma de psicopatas, ( rasgaram uma galinha viva enquanto Alice Cooper cantava enojando o próprio Alice) foi terrivel, apesar dos excelente músicas com ele. Yoko estragou tudo, mas John, misteriosamente, não percebeu. Há videos que provam o que estou falando. Nâo sou eu 'implicada' com Yoko.
    Enfim, com certeza existe outra matéria dizendo que Paul disse não à proposta. Eu só conheço essa do Guardian onde isso não é mencionado. Pelo contrário, dá a entender que a fita prova que não tinham pensado que Abbey Road seria o útimo álbum, visto que estavam preparando mais um disco.

    ResponderExcluir

  5. "Em outras palavras, dizia que ELES (e a EMI) haviam decidido que o disco DELE deveria ser adiado para maio, em benefício do disco DELES "

    Deles apenas? Não! De Paul também. Em benefício do disco dos Beatles banda da qual Paul participava. Paul não entender isso é de lascar o cano.
    Olha, meus lindos meninos tinham ficado feios naquele tempo. Muito feios. Todos eles fizeram coisas feias, falaram coisas feias. As vezes penso que caiu uma espécie de maldição sobre eles. E já me foi dito que, por gostar tanto deles, costummo jogar a culpa nas esposas. rs rs rs. Pode ser verdade, mas tenho razões para isso.
    Aí no texto não fala a reação de Linda quando Paul teve a ousadia de se portar horrivelmente, de colocar Ringo pra fora. Subiu nos tamancos e teve uma crise por causa de uma carta sem nada de ofensiva tratando de algo que devia ser do interesse dele também. Era um disco dos Beatles, ora bolas!
    Pois Linda disse a Paul que ele fez bem, que não podia aguentar aquele 'crap' mais. Ah, se eu fosse a esposa dele...rs r rs. Seria o oposto. " Paul, o disco é seu também, se esqueceu que é um Beatle? Se esqueceu que é claro que o disco tem de ser lançado junto com o documentário? Cadê sua cabeça? Qual o problema em adiar um pouco o lançamento do seu disco solo? Nenhum! E agora me faça o favor de se desculpar com Ringo que apénas veio trazer a carta. E uma carta tranquila, nada de ofensiva. Larga de ser prima dona, pelo amor de Deus. Volte a ser um Beatle." Esta é Virgínia McCartney falando. rs rs rs. ( informando ser brincadeira porque sempre fui contra o casamento. Nem com Paul eu aceitaria.).
    Enfim, Linda aplaudiu o condenavel. Deu força. Felizmente com o passar do tempo voltaram a ser lindos. Muito lindos. Estão lindos na Antologia.
    Agradeço imensamente pela inclusão da carta. Só agora fiquei sabendo seu teor. Conhecia o escandalo de Paul então pensava ser algo realmente ofensivo. Mas não é nada disso. E estavam com razão.

    ..."enquanto do outro lado do Atlântico, um menino gordinho da cidade praiana de Santos completava seus 12 aninhos sem desconfiar que a banda que ele mais amava estava fazendo sua última reunião"...Essa é a parte mais bonitinha do texto. Muito correto to incluir na história porque sim, querido Homero, você é parte da História dos Beatles. Eles nada teriam sido sem a carinho sincero dos fâs verdadeiros como você.

    ResponderExcluir