-

terça-feira, 6 de abril de 2021

Honey Pie disputando Grammy de Fofura

Esta canção é a  canção do Lado B do 2° LP  do Álbum Branco

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 5 canções que falam de Amor por Garotas

                                        as demais 5 canções de mesmo Assunto e Classe, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas.

26. Honey Pie  (Love Girl Song by Paul McCartney)

Paul pede: "Ah, Docinho, você está me deixando maluco. Estou apaixonado, mas tenho preguiça, então, por favor, volte para casa

Honey Pie, expressão, faz parte do conjunto de termos carinhosos com que enamorados se referem mutuamente, mormente, do homem para a mulher, junto de Honey, Love, Sugar, Sweetie, BabeDear, Darling, etc. 
 
Honey Pie, canção, faz parte do conjunto de canções fofas que Paul McCartney fez durante seu tempo nos Beatles. Confira: When I'm Sixty Four, Your Mother Should Know, Maxwell's Silver Hammer, vaudevilles, All Together Now, canção infantil, além de Yellow Submarine e Ob-la-dia Ob-la-da, embora não sejam propriamente infantis, fazem muito sucesso com as crianças, e são porta de entrada para futuros fãs quando crescerem. Paul é demais! Vaudeville é aquele estilo dos salões do início do Século XX nos Estados Unidos, e conhecido como Music Hall na Inglaterra. É muito delicioso ouvi-las, com seus clarinetes.  E Paul declara sua predileção pelo estilo na própria letra, quando diz "I like this kind of, hot kind of music. Play it to me, play it to me!" e eu corroboro, ADORO esse tipo de música, toque pra mim, toque pra mim, Paul!!
 
Desta vez, é o lamento de um pobre enamorado que vê sua amada  (North of England way - entenda-se Liverpool) partir para o outro lado do Atlântico, aliás chegando ao Pacífico, atingindo a fama (Now she's hit the big time) nas telonas (You became a legend of the Silver Screen) de Hollywood. Quase isso tudo é mostrado numa introdução falada-cantada, que não mais é repetida, como fizeram antes em Here There and Everywhere e Do You Want To Know A Secret. Ela abre espaço para três versos (mais um repetido) e duas pontes, todas com histórias diferentes (obedecendo ao Padrão Beatles de Composição), em que o coitado apela para seu estado depauperado, "my position is tragic!" e "making me crazy" e "driving me frantic", pede que ela "please come home" e "to be where you belong", implorando aos berros "Come back to me, honey pie". 

 
Paul apresentou a canção a seus amigos nas sessões de Esher e lá fizeram uma demo muito divertida, todos participaram, a letra estava bem incompleta ainda, vejam, aqui, neste LINK, mas somente mais de 4 meses depois, ela entrou em estúdio, e não foi na EMI, mas nos Trident Studios, que os Beatles haviam usado algumas vezes. Foram horas de ensaio, até chegarem no único take do dia, já de madrugada, e a base era Paul ao piano, George no baixo (!), John na guitarra solo (!!) e Ringo na Bateria. Dia seguinte, vocal de Paul, Ringo acrescentou mais pratos e John, mais um solo de guitarra elogiado por George.  Mais duas sessões foram necessárias. A terceira foi para a espetacular contribuição de metais (5 saxofones) e madeiras (2 clarinetes), típicos para o som que Paul desejava. Tão importante, que Paul e George Martin reservaram para os sopros 3 (três) versos instrumentais. A quarta e última sessão foi apenas para Paul comandar um efeito em seu vocal, na verdade, na única fala da canção. Ele queria um som de disco velho e riscado quando se ouve o anúncio do 'locutor' Now she's hit the big time. Ficou muito legal!
 
Vou deixar aqui, neste LINK, o instrumental completo, para ouvir o ótimo piano de Paul, a guitarra de John, a 'cozinha' de George e Paul mas, especialmente os 7 instrumentistas clássicos, sem deixar de ressaltar o responsável pelo arranjo, o grande Maestro George Martin!

3 comentários:

  1. Realmente, é um arranjo sensacional! Na minha preferência, fica logo depois de _When I’m sixty-four_! Não sabia que se chama estilo vaudeville, um estilo gostoso, com Paul ao piano, George no baixo, John na guitarra e Ringo na bateria. Maravilhosos!

    ResponderExcluir
  2. Paul McCartney com certeza tinha no seu arsenal de influências tudo q se pode imaginar. John era genial mas não tinha ou n queria ter influências de vários estilos. Cada um n sua kkkk

    ResponderExcluir
  3. Pois é também adore this kind of music. As tais que tanto falam por aí que John chamava de Granny's songs. E afirmam isso como se fosse uma crítica como se John detestasse. Pois eu, que nem estava lá, acho que muito pelo contrário, John adorava. Tem um video onde ele declara ter adorado dançar ao som de Your Mother Should know descendo as escadas. Sinal que não depreciava assim as músicas de Music Hall. Eu amo. E essa aqui ganhou o prêmio de fofura. rs rs rs

    Adorei a gravação lá da casa de George. Tem alguém dizendo oh yeah... nas horas certinhas. Teria sido John? Sinal que gostava.

    ResponderExcluir