Neste relato do ano de 1964, a primeira parte contou o que ocorreu até a partida para conquistar América, neste LINK,
A 2ª Parte contou sobre a Conquista da América e a envoltória do lançamento do compacto Can't Buy Me Love / You Can't Do That, neste LINK.
A 3ª Parte iria até o lançamento do EP Long Tall Sally, que veio com mais uma original dos Beatles, mas estava tão grande (veja neste LINK), então parei antes, e virou o relato das filmagens do 1º filme, e da Excursão Mundial!
A 4ª Parte, então, destrinchou as 4 canções do EP Long Tall Sally, neste LINK, o 1º de compacto duplo com inéditas, e seria praticamente o único, quando surgiu o Double EP Magical Mistery Tour lá em 1967, na verdade duas bolachinhas com 3 canções em cada uma, com a trilha sonora do filme homônimo.
A 5ª Parte durou poucos dias mas registrou um fenômeno! Ela contou sobre o lançamento do filme A Hard Day's Night, a revolução que foi na vida dos Beatles e na vida de uma geração inteira. Diz-se que o filme iniciou a aura dos Anos 60! Tudo sobre esse impacto, neste LINK
A 6ª Parte contou uns poucos dias de julho, desde a estreia do filme até o lançamento do disco A Hard Day's Night, pousando entãp na análise detalhadas de 11 das 13 canções, as outras duas já aviam sido analisadas na 2ª Parte, quando falie sobre o 6º Compacto. Tudo isso está aqui, neste LINK.
A 7ª Parte, que ora começamos, fala sobre a envoltória para o 7º Compacto.
Dois dias depois do lançamento do LP, eles já estavam de volta ao trinômio estrada / Rádio / TV, e também já começaram os trabalhos para o próximo LP, afinal o mundo poderia parar, mas tinha que sair um disco no fim do ano. A estrada teve cinco domingos sequenciais com shows em cidades litorâneas da Inglaterra, com direito a um leve acidente de George estreando seu Jaguar na estrada, e em um deles sendo acompanhados por uma banda chamada The High Numbers, que em breve mudaria seu nome para The WHO. Além essas escapadas para a praia, teve mais uma noite de gala no London Palladium, chamada The Night of a Hundred Stars, e teve um pulinho na Suécia para dois shows em Estocolmo, com direito a manifestações explícitas de amor pelos suecos, e suecas! Na TV, teve o Summer Spin na ABC, que na verdade era o Thank Your Lucky Stars na versão Verão, e teve mais uma participação no Juke Box Jury, desta vez, com George e Ringo, em duas edilçoes em separado, detonando ou aprovando os novos lançamentos. No Rádio, apareceram duas vezes na BBC, no programa Tog Gear, e em mais uma edição do From Us To You. Finalmente, os estúdios da EMI os receberam para dois dias de gravação (11 e 14 de agosto) em que se dedicaram a I'm A Loser (até então a candidata ao próximo compacto), Baby's in Black, e a duas covers: a inexplicavelmente rejeitada Leave My Kitten Alone, sensacional rocker, de balançar os ossos, mas que foi preterida em favor de Mr. Moonlight, até hoje me petunto por quê ... bem talvez por causa do sensacional grito de John logo no início, irreparável!
E veio a excursão de verão, para Estados Unidos e Canadá, foram 30 shows em 26 paradas. Diverti-me um pouco desenhando a ilustração desse movimento de 32 dias, de norte a sul, de leste a oeste dos Estados Unidos, e 3 cidades do Canadá, todas em sua fronteira sul. Invariável em todas as paradas foi a histeria dos fãs, sempre milhares a recebê-los nos aeroportos, e o tratamento de segurança dado pelas polícias locais, sempre com limousines amparadas por batedores em motocicletas, o que nao impediu que nas saídas dos locais de show os Beatles tivessem várias vezes que sair escondidos em ambulâncias. Invariável também foi a quantidade dos ingressos vendidos: 100% dos colocados à venda, a não ser em Colorado, onde houve ameaças de morte. A excursão toda foi feita num avião fretado, modelo Electra. Em alguns shows, a histeria dos fãs tornou impossível a medição dos decibéis dos aparelhos da época. Em Indianápolis, Las Vegas, Toronto, Montreal e Baltimore, fizeram shows à tarde e ànoite. E New York recebeu os Beatles duas vezes, para três shows, em três dias diferentes.
50. I Feel Fine (Love Girl Song by John Lennon)
John conta: 'A minha garota é boa comigo, você sabem ela está muito feliz, você sabe, foi o que ela disse. Estou apaixonado por ela e me sinto bem!
Quer mais felicidade que isso? A letra é toda assim. "Eu a amo, ela me ama e está tudo bem! Eu sou feliz, ela também e conta pra todo mundo que ele compra tudo pra ela, até um diamante"! Esse era o clima. Junte-se uma entrada revolucionária, um riff matador, um ritmo inovador, o sorriso de John, e está pronta a receita para mais um compacto Nº 1 nas paradas. Interessante que John não achava que ela era tanta coisa assim, ela foi pensada para ser mais uma do álbum Beatles For Sale, foi gravada numa sessão daquele álbum, mas terminada a sessão, decidiram que I'm A Loser perderia seu posto no compacto do final de 1964 e foi colocada na faixa nº2 do 4º álbum dos Beatles. A troca do "Eu sou um perdedor!" por "Eu estou feliz!" mostrou-se adequada para o momento'.
A canção tem 3 versos com letras diferentes mas com a mesma base, as duas primeiras linhas terminam com "you know" com rimas acontecendo antes, uma terceira linha com "...she said so", e uma última que varia entre "I'm in love with her" com "She's in love with me", mas sempre terminando com "...and I feel fine". Os versos 2 e 3 são repetidos, e uma ponte aparece a cada dois versos, com Jonh bradando ao mundo sua felicidade "I'm so glad that she's my little girl" e a dela "She's so glad she's telling all the world".
A razão daquele qualificativo 'extraordinária' ali de cima começa não em 18 de outubro, que foi o dia da gravação, mas 12 dias antes, enquanto trabalhavam em Eight Days A Week. John aproximou-se do amplificador com sua guitarra em punho, mas se esqueceu de diminuir o volume, e ao mesmo tempo, Paul, do outro lado do estúdio, soltou uma LA gravíssimo em seu baixo, e a guitarra de John deu feedback, retroalimentando o som, e produzindo um lamento sonoro que encheu cada metro cúbico da sala. John adorou aquela 'serendipity' (*) e resolveu reproduzi-la de forma controlada em I Feel Fine, ficando para a posteridade. Aquele uivo entrou para a história da música. Notaram que mesmo ao acaso, a parceria Lennon/McCartney funciona?
(*) palavra inglesa sem tradução em português
sobre a qual escrevi neste post:
encontrar algo bom sem ter procurado
Voltemos à gravação. Naquela sessão foram gravadas nada menos que 8 canções, ficando a duas do recorde de 11 de fevereiro do ano anterior, quando gravaram 10 canções de Please Please Me. No primeiro take, os Beatles chegaram à conclusão de que deveriam baixar o tom da canção, porque John não estava em sua zona de conforto vocal. Mais quatro takes foram feitos. O Take 5 foi o primeiro completo, mas chegaram à conclusão de que seria melhor gravar uma base apenas instrumental: John estava se atrapalhando em cantar juntamente com o complicado riff que ele mesmo inventou (inspirado em um sucesso da época). George também dobrava o riff de John, mas resolveu deixar o solo da parte instrumental para depois. Enquanto isso, Ringo imprimia um ritmo latino em sua bateria e Paul firme no baixo preciso. Daí, mais 4 takes nesse novo esquema, até chegar ao nível de poderem fazer os overdubs, sobre o Take 9! John então gravou seu vocal. Sem a pressão de desempenhar na guitarra, ele até incluiu uns murmúrios hummm, primeiro introduzindo a sessão instrumental e depois na conclusão) Paul e George acrescentaram a harmonia vocal perfeita, em dois trechos de cada verso e nas pontes, alternando letra com Uuuuh's, note bem. George também acrescentou seu solo na seção instrumental!
Bom, se John não estava à vontade cantando e tocando durante a gravação, decerto que treinou bastante, porque I Feel Fine era uma das favoritas dos shows ao vivo, e foi sempre tocada, até mesmo o concerto final, em agosto de 1966. Uma delas, no Shea Stadium (fala-se 'shei') em New York em 1965, um marco na história, o primeiro show num estádio aberto (de baseball), com 65 mil espectadores. Deleite-se no LINK. Como o som foi prejudicado, eles voltaram ao estúdio para regravar todas as canções do show, porque seria um especial para a TV Americana. O som que se ouve, então, é o da regravação. Perceba como John se atrapalha no verso final, ele canta "I'm in love with her" quando deveria ser "She's in love with me" que é cantado por Paul e George, ali ao lado em um microfone só. Você percebe pelo movimento da boca de John. É desse show a imagem que escolhi para ilustrar o post. Aliás congelei a imagem justamente quando John abre a boca pra cantar "I'm in love" quando deveria ser "She's in love". E note que ele dá um sorrisinho quando percebe que errou! Demais!
51. She's A Woman (Love Girl Song by Paul McCartney)
Paul conta: "Meu amor não me dá presente algum. Mas eu sei que ela não é rude. Ela é a única que até agora tem me dado amor, incansavelmente. Ela me deixa doido quando fico sozinho, as pessoas me dizem que ela só 'tá a fim de tirar onda', mas eu sei que ela não é disso."
Esta canção entra na seleta lista das 'Beatles-one-day-songs', ou seja, aquelas em que da ideia inicial até sua gravação completa, leva menos de um dia! Outras são Birthday , All Together Now e The Ballad Of John and Yoko. Na verdade, esta foi menos que 12 horas, porque estava pronta às 6 da tarde, e eu duvido que Paul tenha-a começado antes das 6 da manhã. Ele mesmo diz que foi durante a manhã de 8 de outubro de 1964 que teve a ideia em uma caminhada, voltou pra casa, escreveu o 1º Verso e, ao chegar ao estúdio, chamou John num canto, apresentou o que tinha, compuseram o que faltava (mais um verso e a ponte), mas ainda não o ritmo definitivo, que só chegou no 2º Take da sessão que começou às 2:30 e foi até o fim da tarde!
Pausa para digressão educativa
É bom dar aqui uma parada para esclarecer uma natural confusão com o termo 'verso' que venho utilizando em minhas análises até aqui. Em um poema, o verso é uma linha de uma estrofe, que é um conjunto de versos. Na estrutura de uma canção, verso é um conjunto de linhas que estabelece a melodia e a ideia principal da letra da canção. Neste caso de She's A Woman, quando John diz que 'Paul chegou com o 1º verso pronto', não foi apenas com 'My love don't give me presents', mas sim com esta e outras 7 frases, até "fooling, I know she isn't'. Aproveitando a digressão, ´ponte' é um segundo elemento estrutural da canção, com melodia diferente do 'verso', às vezes em ritmo diferente também, que une, como toda boa 'ponte', dois versos, ou um 'verso' e um 'refrão' ou um 'coro'. A ponte serve também para quebrar a tensão de versos vigorosos ou, por outro lado, levantar a tensão de versos tênues. Finalmente, 'refrão' é o que carrega a mensagem mais mnemônica, que muitas vezes leva o nome da canção, uma mensagem mais definida, que fica na cabeça, mas não é sempre que se o usa. A maioria das canções dos Beatles não têm refrão, apenas versos e pontes. Aqui, a ponte é o ponto mais alto da canção e traz a conclusão das situações apresentadas nos versos, "She's a woman who understands, She's a woman who loves her man", ela traz o nome da canção, também é o que fica na cabeça, mas não é considerada como refrão.
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Fim da digressão
John, como sempre ferino, bota a letra de She's A Woman como lixo. Sem dúvida, não é! Tem algumas pérolas em palavras e rimas. Por exemplo, para rimar as duas primeiras linhas da canção, Paul foi buscar 'peasants' para rimar com 'presents'. O significado básico da palavra é 'camponês', mas não faz sentido dizer que ele saque que sua garota não é uma 'camponesa', eu sempre fiquei intrigado com isso, que era aparentemente sem sentido, apenas recentemente descobri um segundo significado, figurado, que seria uma adjetivação do 'camponês', uma pessoa de baixo status social, não sofisticada, ignorante (no sentido correto, por não saber), e eu escolhi 'rude' na minha tradução ali de cima. Para completar a geiialidade, ele ainda termina rimando com as duas primeiras linha, com "I know she isn't". Ainda sobre rimas, o Verso 1 apresenta "make me jealous" pareando com "all the time as well as", simplesmente genial, também porque o raciocínio termina no começo da linha seguinte. No mesmo ponto do Verso 2, Paul repete a estrutura com uma rima aparentemente batida, mas que se salva pelo mesmo recurso de empurrar o fim do raciocínio para a linha seguinte, refiro-me ao "when I get lonely" com "that she's only". E ainda há as rimas ricas "eye-cry", no Verso 2 e "understand-man" na ponte.
Não se sabe a exata extensão da contribuição de John na letra, mas, no mínimo, foi dele a inclusão do "turn me on when I get lonely", foi a primeira letra deles que faz alusão a drogas, pois dizia-se que elas "ligavam" a mente dos usuários. Não fazia nem dois meses que eles haviam sido apresentados ao hábito por Bob Dylan, durante uma excursão aos EUA. Nim ponto final sobre a letra, deixo com uma dúvida: o que Paul quis dizer na ponte com "Ela é uma mulher que entende. É uma mulher que ama seu homem"? Bem, na verdade, desconfio qual seja a resposta: sua namorada e ele mantinham um relacionamento aberto. Jane Asher 'entendia' que Paul não conseguiria resistir ao assédio das fãs, e aceita as traições como naturais... Será?
E vamos à gravação. Como falei, a canção não existia no dia 7 de outubro, e na noite do dia seguinte ela estava pronta para constituir o Lado B de I Feel Fine. No primeiro take, John propôs uma guitarra que não vingou.... dizem que era muito parecido com a de Eight Days A Week, mas não tenho como confirmar, pois não achei em nenhum lugar. Seja como for, a partir do Take 2, John já escolheu uma batida que foi marcante, pois é o que mais ressalta na gravação: ele toca os acordes de maneira sincopada, meio que fora do tempo, e assim fica até o final. Paul toca seu baixo e canta a plenos pulmões todo tempo. Naquele take, Ringo ainda não se acerta com o tempo, e tentam até o Take 6, considerado bom para os próximos passos. Cadê George? Ele não estava! Em seguida, vieram os overdubs, de Paul ao piano o tempo todo, principalmente repetindo os vocais dos versos, e de John dobrando os acordes da introdução e de Ringo, com um chocalho! Vocês sabem que há um solo de guitarra, não é mesmo? Só não se sabe quem fez! Se George não estava, Paul poderia ter feito, mas não havia guitarra para canhoto àquele tempo. O mais provável é que George tenha aparecido depois e feito em overdub., ali, logo após a repetição do 1º Verso após a ponte, um delicioso 12-bar-blue que antecede mais uma ponte. A finalização da canção repete os compassos da sessão solo, recheada pelos pratos de Ringo.
Nesta que é a primeira canção dos Beatles mais chegada a um blues, todos os acordes dos versos são feitos em acordes dissonantes A7, D7 e E7, somente retornando aos consonantes na ponte, mais comportada, mesmo assim, começando num menor (C#m) até chegar ao único cheio, em D. E como os versos são dos mais longos da carreira dos Beatles, com 24 compassos, decerto She's A Woman é um recorde de acordes dissonantes em sequência, e ainda dobra-se tudo porque são dois versos em seguida. Se contar no relógio, é um minuto e 15 segundos sem sair de cima, até chegar a ponte. É tanto acorde dissonante que John até erra algumas vezes, e se esquece de um ou outro, mas resolveram não partir para mais um take. E a escolha da nota LA como tom fez Paul cantar lá no alto o tempo todo, propositalmente, era mais uma homenagem a Little Richard, de quem era fã declarado, aliás, havia gravado recentemente Long Tall Sally num EP. E ele honrou o tom em dezenas de performances ao vivo, nos quase dois anos seguintes em que fizeram shows, até mesmo no último deles em agosto de 1966. Entretanto, quando ele a tocou novamente, 25 anos depois, no show Unplugged (o primeiro Acústico da MTV que saiu em disco), ele baixou o tom. E é este que eu deixo aqui pra vocês, neste LINK.
Leve e perfeito. Parabéns
ResponderExcluirGrandão, hein? Eu gosto. Só que vejo muito a comentar e depois fico perdida sem saber onde está. rs rs rs. E tenho sempre de ler antes para me certificar se li corretamente.
ResponderExcluirBem, como sempre muitas novidades. Eu estou aprendendo sobre as gravações com você. E agradeço pela aula de termos musicais. Claro que pouco entendi, mas sou assim mesmo. Nunca fui boa aluna, tive sérios problemas quando estudantes. Mas valeu. Continuou sem saber a diferença entre ponte e refrão. Sim, eu li com cuidado. Como eu disse, nunca fui boa aluna. Sempre dei trabalho aos professores. E algumas vezes precisava de aulas particulares com um professor só para mim. Então o problema não é seu. É meu.
Eu conhecia de forma diferente aquele encontro com Bob Dylan. Não sei quem teria tido a ideia de oferecer aos Beatles três encontros com americanos que apreciavam. Acho que foi alguém da Capitol Eles escolheriam quem gostariam de visitar. O primeiro nome foi o de Elvis Presley. O segundo foi Bob Dylan. O terceiro Jack Kerouac. Esse terceiro teria deixado todos surpresos por não ter nada a ver com música. Era um escritor Beat. Também há dúvidas se escolheram exatamente Kerouac ou se falaram apenas que gostariam de visitar um escritor ou poeta Beat que gostavam. Poderia ser o Ginsberg, sempre citado por John. Ou o Burroughs. O fato é que visitaram Kerouac. E se os donos da ideia da visita ficaram surpresos o Kerouac também. Nem podia imaginar que aqueles rapazolas do rock inglês não só tinham lido seus livros como gostavam dele. Nem em sonhos. Falou para eles da surpresa..."Então você me conhecem...Gostam da Beat Generation!" E John. " Claro, pois se chamamos Beatles por esse motivo!"
Enfim, eles teriam pedido para que fosse arranjado uma visita a Bob Dylan. E aqui você conta que Dylan os visitou. Mas eu vi um filme sobre Bob Dylan onde vemos os Beatles fazendo a visita a ele. Do jeito que eu sabia.
E a conversa com Elvis por telefone? Novidade total para mim. Agora fiquei querendo saber quem ligou para quem, quem arranjou esse encontro telefônico. O Cel Tom Parker? Brian Epstein?
ResponderExcluirAi, ...teve uma coisa que doeu. E repetiu a facadinha umas três vezes. Inocentemente, é claro. Me dói quando vejo pessoas nos descrevendo como histéricas. Sim, eu sei que eu não fiz parte daquela turma. Que coisa, nunca vi show dos Beatles. Mas eu gritava aqui até ouvindo os discos! De moto que com certeza teria gritado também vendo os meninos ao vivo. Eu gritei Paul I love You em Brasília! Não, meu querido. Histerismo é outra coisa. É um problema muito sério. Pode até ser que no meio daquela multidão alguém fosse histérico. Mas no geral era pura alegria. Gritos muito mais justificáveis que os gritos num jogo de futebol por conta de um simples gol. Porque nos gritos horripilantes seguidos de pulos e até violência quando um time marca um gol, há a outra metade sofrendo...Os outros torcedores. Enquanto num estádio era apenas alegria em alto grau envolvendo todos.
She is a woman who understands...She is a woman who loves her man. Acho que você passou bem perto do sentido da frase. Faz sentido...até certo ponto. O que discordo é que Jane compreendia traições. Caso vivessem de fato um relacionamento aberto não havia promessa de fidelidade. E se não havia promessa não havia traição. A traição só existe quando se promete algo e não se cumpre. Pelo que fiquei sabendo ela também não tinha de ser fiel e até teve um flerte com um ator que atuava com ela numa peça. Algo meio Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
ResponderExcluirPode ser pois viveram entre os existencialistas de Hamburgo. Aquela moçada toda com eles...o Voorman, Astrid, Jurgen...eram exis.