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sábado, 23 de novembro de 2019

KafkAndradeP'çoa

Olá! Caso se interesse pelos livros,
deixo aqui os links para compra.  

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Na última Bienal, próximo ao lugar aonde eu ficava mais parado, a Editora da Renata oferecia aos leitores três boxes de livros de autores clássicos. Teve uma saída muito boa pelo que eu pude perceber. Ao final resolvi investir, pois além de ser muito barato  (R$10 cada caixa), eu estava em déficit com autores clássicos. Foram essas da foto as três caixas que eu comprei. Só depois percebi uma coisa em comum entre os três: todos viram a virada do Século XIX para o XX. 

Minha intenção era abrir e ler uma caixa por vez. A primeira caixa que resolvi abrir foi Kafka. Atenção, não confundir com Kafta, a leitura preferida do sinistro da educação. E li “O Processo’ (Link Amazon). Ao final, percebi que não dá pra ler várias coisas de Kafka de carteirinha. Muito tenso! Muito denso! Muito penso! Não é à toa que a lista de sinônimos para 'kafkiano' inclua adjetivos como absurdo, ilógico, labiríntico, surreal, incoerente, confuso, complicado, baralhado, angustiante, tormentoso. Afinal, o livro trata de um individuo, Joseph K., um escriturário  que uma bela manhã recebe a visita de dois delegados e é informado de que está preso, mas não sabe por quê. E segue nessa dúvida até o final do livro, e constitui advogado para defender-se não sabe de quê, e encontra muitas figuras sinistras ao longo do caminho, que muito sabem do processo, ou da indústria de processos estabelecida naquele país, ou cidade ou Estado, muito mais que ele. A destacar a conversa com o padre no final e a fábula do Porteiro da Lei. 

Passei para Mário de Andrade. E escolhi o mais fininho deles, e justamente, aquele que o despontou como lumiar da Semana de Arte Moderna, de 1922, ‘Paulicéia Desvairada’ (Link Amazon). NÃO GOSTEEEI! Uma sucessão de poemas difíceis de engolir, inda mais por causa das referências que faz a outros autores. Talvez se eu fosse mais culto, apreciaria mais. Mesmo assim, quem sabe dê a ele uma segunda chance, quando meu espírito estiver mais afeto a enigmas. Enfim... próximo dele será ‘Macunaíma’, que sei ser prosa, e tenho esperança de que aprecie mais!!

Depois, inaugurei o Box de Fernando P’ssoa, o maior poeta português, e escolhi como primeiro também o mais fininho, 'Mensagens' e também poemas como o de Mário de Andrade, porém bem mais palatável! Por acaso, assim como aconteceu com Mário, também foi o primeiro dele e também o único livro dele em português publicado em vida (houve outros três em inglês), um ano antes de sua morte, em 1935!! Trata-se de um compêndio de saudação aos navegadores portugueses inspirados pelos poderosos reis do império, levando-os a conquistarem o longínquo horizonte e enfrentarem os monstros do desconhecido! Gostei! Nele estão os famosos versos  ‘Tudo vale a pena se a alma não é pequena!’, do poema Mar Português. Gostei também do primeiro poema, que coincide com o que eu sempre achei. Portugal é o rosto da Europa!

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