Na verdade, por Lima.
Mais uma Crónica DuPeru
Aqui estão as outras duas.
Uma coisa que imediatamente se nota ao se chegar, é que a frota de veículos é bem mais antiga que no Chile. Há sim, um número expressivo de carros modernos, e segundo os locais, isso tem bem evoluído muito nos últimos anos, mas a média é bem inferior. E o ponto notável é a qualidade dos táxis. Em sua maioria, o estado é lastimável, interno, externo e, principalmente, mecânico. Um dos que entramos devia estar com os amortecedores vencidos há 50 mil quilômetros, no mínimo....
E o serviço não é lá muito confiável, a começar pela ausência de taxímetro. Todas as corridas têm o valor negociado preliminarmente, e o que mais se vê é um potencial passageiro de pé, conversando com o motorista, combinando o preço. Muito ruim para visitantes, que não têm a menor idéia das distâncias e tem que acreditar no que o motorista fala. Claro que pra nós, sempre é possível conversar com algum local para se ter uma noção. Interessante notar que até se formam pequenas filas de táxis aguardando a negociação do colega à frente. Muito comum é o passageiro não aceitar o preço, ou o próprio motorista não aceitar a corrida, para evitar o trânsito, ou algo assim...
E os ônibus não ficam atrás: são pequenos, multicoloridos e ultrapassados, com o povo se acumulando dentro daquelas latas velhas, em média há 30 anos pelas ruas. Felizmente, não são chamados como na Colômbia (não posso escrever aqui!), ao menos não ouvi ninguém referir-se ao veículo daquela maneira. Afinal, num lugar cujo nome lembra o nome chulo que damos aqui ao órgão sexual masculino ficaria difícil andar num veículo cujo nome lembra o nome chulo que damos aqui ao órgão sexual feminino... Deu pra entender, como é o nome que dão a ônibus na Colômbia? É só lembrar: ônibus, daí, bus, e se é pequeno .... você conclui... ô dificuldade de manter o blog numa linguagem apropriada.... Aliás, foi bem legal como aprendi o peculiar nome dos pequenos ônibus na Colômbia, foi quando cheguei a Bogotá, numa missão da empresa, tivemos a honra de o primeiro casal, ou seja, o gerente Geral (o finado Paulo Mendonça) e sua esposa, ir buscar-nos no aeroporto. No caminho, conversávamos, e notamos o carro diminuir a velocidade por conta justamente de um daqueles ônibus pequenos e multicoloridos estar viajando em velocidade de tartaruga logo à frente, ao que a nossa first lady abriu a janela e bradou:
'Tira essa buc--- da frente!!"
Ainda no quesito transporte, um fato notável é o comportamento agressivo dos motoristas. Dar passagem a outro é coisa raríssima, cruzamentos fechados mais ainda, e um fator constante é uso ininterruptível da buzina. Levamos vários sustos. Inclusive na volta, quando saímos do hotel ás 4 da manhã, meu amigo apostou que iríamos ouvir uma buzina, eu não, pois o trânsito estaria tranqüilo. Sim, realmente, estava, mas mesmo assim, ouvimos o soar de algumas. Perdi a aposta.
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