requer antes que se faça uma introdução...
Uma atriz com esse nome e atuação
requer antes que se faça uma introdução...
ATENÇÃO -
Pode ler tranquilo que só darei spoiler no parágrafo final ...
E eu avisarei!!!
Será após o
NÃO PERCAAAAMMM!!!
'O Homem Invisível' é um livro, de H.G.Wells, grande ficcionista inglês, escrito em 1897. Um cientista Griffin "dedicou-se à pesquisa em sistemas óticos e inventa uma maneira de mudar o índice de refração de um corpo para que ele não absorva nem reflita a luz". Link para compra na Amazon aqui!
'O Homem Invisível' é um filme, de 1933, baseado no livro, com algumas adaptações. O ator Claude Rains passa o filme todo com o rosto envolto em bandagens, vestindo capote preto, chapéu, óculos escuros e aparece apenas na cena final. Nos anos seguintes, houve sequências, e até uma Mulher Invisível, e a vingança do Homem Invisível, sem muito destaque.
'O Homem Invisível' é uma série de TV de 1975, com David McCallum, o mesmo ator que faz o agente russo Illya Kuryakin, em 'O Agente da U.N.C.L.E.', em dupla com o agente americano Napoleon Solo, interpretado por Robert Vaughn. Escrevi todo este parágrafo porque vi as duas séries inteiras em minha infância e adolescência. Nela, o cientista chama-se Westin e não é psicopata, mas sim um agente do bem, desvendando casos. A invisibilidade é também obtida por um soro, que tem efeito temporário, e ele usa as mesmas vestimentas negras, porém uma máscara de borracha. A série teve apenas um temporada. Outras séries houve, mas que não vieram ao Brasil, ou se vieram, não acompanhei.
'O Homem Invisível' é inspiração para outro filme, desta vez um sucesso comercial, de 2000, com Kevin Bacon, que teve o nome de 'Hollow Man' e 'O Homem sem Sombra' no Brasil, e tinha Josh Brolin e a linda Elizabeth Sue que, aliás, sumiu, e foi dirigido por Paul Verhoeven, que chegou a ganhar o Framboesa de Ouro de Pior Diretor, por outro filme, mas que nos entregou maravilhas como 'O Vingador do Futuro', 'Robocop' e 'Instinto Selvagem'! Bacon é Sebastian Caine, parte de uma equipe de cientistas que descobre a fórmula da invisibilidade, que funciona em animais, e se oferece para testar a fórmula em si mesmo, mas ele vai sumindo aos poucos, sem retorno, enquanto se torna psicótico e paranóico, achando que os amigos são traidores. Bom thriller!
Tudo isto até aqui é para ressaltar como uma idéia do Século XIX pode durar e ser usada de variadas maneiras, inclusive a do filme de 2020, que estou recomendando fortemente aqui, mas antes, passo à segunda parte da introdução.
Elisabeth Moss é uma multi-indicada a prêmios por suas atuações e também multipremiada atriz americana que começou sua carreira em séries de TV, esteve em 'The West Wing' e em 'MadMen', onde ganhou dois SAG Awards participando do Melhor Elenco de Séries de Drama. Seu maior sucesso, entretanto é atualmente, como produtora e protagonista da série 'Handmaid's Tale' (Now e GloboPlay), em que ela é June/Offred, uma aia num mundo distópico em que a fertilidade é rara e as mulheres férteis são escravizadas para servirem aos comandantes fanáticos do movimento. Seu desempenho lhe garantiu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série Dramática e ela também subiu ao palco para receber a estatueta pela Melhor Série Dramática, como produtora.
E por que eu faço essa introdução toda?
É porque Moss deverá ser indicada a vários prêmios este ano por sua atuação como Cecilia Kass, uma arquiteta fugindo de um relacionamento abusivo com um cientista, Adrian Griffin. Pois é, no filme, há o retorno ao nome original do cientista do livro, e também ao princípio, porque é também um mago da ótica, aqui, incrivelmente milionário, que descobre como se tornar invisível mas ... será que ele descobriu mesmo? Ou será que tudo é resultado da paranóia da mulher perseguida, que não consegue convencer as pessoas do que está vendo.... ou do que NÃO está vendo! A coisa é tão bem escrita, roteirizada, dirigida, tudo obra do escritor, roteirista e diretor Leigh Whannell, que a gente chega a pensar que poderia descambar para isso, num drama psicológico. Afinal, eu não sabia nada sobre o filme, só fui ver porque o bonequinho do Globo aplaude de pé.
E é nesse tom que se baseia o filme, a adaptação cai como uma luva para os tempos atuais, com intolerância intolerável com minorias e recordes intoleráveis de feminicídio. E aí entra a atuação fenomenal de Moss. Para tentar ilustrar a necessidade que você tem, de ver este filme, deixarei apenas algumas feições de Cecilia Kass.
Gostou da montagem? Vai gostar mais quando vir na telona
Finalmente um spoiler!
Griffin constrói um traje com milhares de câmeras que dão a sensação de invisibilidade às outras pessoas.
Isso foi utilizado magnificamente num filme de 007, ainda com Pierce Brosnan, 'Um Dia Para Morrer', de 2002, em que ele pilota um carro Aston Martin que fica invisível pelo mesmo princípio: um número obsceno de minúsculas câmeras grava a imagem de um lado do carro e a transmite imediatamente para o outro lado, tudo concatenado instantaneamente de forma que as pessoas acham que não tem um carro ali!
'O Homem Invisível' é inspiração para outro filme, desta vez um sucesso comercial, de 2000, com Kevin Bacon, que teve o nome de 'Hollow Man' e 'O Homem sem Sombra' no Brasil, e tinha Josh Brolin e a linda Elizabeth Sue que, aliás, sumiu, e foi dirigido por Paul Verhoeven, que chegou a ganhar o Framboesa de Ouro de Pior Diretor, por outro filme, mas que nos entregou maravilhas como 'O Vingador do Futuro', 'Robocop' e 'Instinto Selvagem'! Bacon é Sebastian Caine, parte de uma equipe de cientistas que descobre a fórmula da invisibilidade, que funciona em animais, e se oferece para testar a fórmula em si mesmo, mas ele vai sumindo aos poucos, sem retorno, enquanto se torna psicótico e paranóico, achando que os amigos são traidores. Bom thriller!
Por aqui, na década passada, houve uma série de TV e um filme chamados 'A Mulher Invisível', ambos ótimos, com Selton Mello e Luciana Piovanni, ambos ótimos, mas eles nada têm a ver com a obra de H.G.Wells, pois a mulher é uma ilusão do protagonista.
Tudo isto até aqui é para ressaltar como uma idéia do Século XIX pode durar e ser usada de variadas maneiras, inclusive a do filme de 2020, que estou recomendando fortemente aqui, mas antes, passo à segunda parte da introdução.
Elisabeth Moss é uma multi-indicada a prêmios por suas atuações e também multipremiada atriz americana que começou sua carreira em séries de TV, esteve em 'The West Wing' e em 'MadMen', onde ganhou dois SAG Awards participando do Melhor Elenco de Séries de Drama. Seu maior sucesso, entretanto é atualmente, como produtora e protagonista da série 'Handmaid's Tale' (Now e GloboPlay), em que ela é June/Offred, uma aia num mundo distópico em que a fertilidade é rara e as mulheres férteis são escravizadas para servirem aos comandantes fanáticos do movimento. Seu desempenho lhe garantiu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série Dramática e ela também subiu ao palco para receber a estatueta pela Melhor Série Dramática, como produtora.
E por que eu faço essa introdução toda?
É porque Moss deverá ser indicada a vários prêmios este ano por sua atuação como Cecilia Kass, uma arquiteta fugindo de um relacionamento abusivo com um cientista, Adrian Griffin. Pois é, no filme, há o retorno ao nome original do cientista do livro, e também ao princípio, porque é também um mago da ótica, aqui, incrivelmente milionário, que descobre como se tornar invisível mas ... será que ele descobriu mesmo? Ou será que tudo é resultado da paranóia da mulher perseguida, que não consegue convencer as pessoas do que está vendo.... ou do que NÃO está vendo! A coisa é tão bem escrita, roteirizada, dirigida, tudo obra do escritor, roteirista e diretor Leigh Whannell, que a gente chega a pensar que poderia descambar para isso, num drama psicológico. Afinal, eu não sabia nada sobre o filme, só fui ver porque o bonequinho do Globo aplaude de pé.
E é nesse tom que se baseia o filme, a adaptação cai como uma luva para os tempos atuais, com intolerância intolerável com minorias e recordes intoleráveis de feminicídio. E aí entra a atuação fenomenal de Moss. Para tentar ilustrar a necessidade que você tem, de ver este filme, deixarei apenas algumas feições de Cecilia Kass.
Gostou da montagem? Vai gostar mais quando vir na telona
NÃO PERCAAAAMMM!!!
Finalmente um spoiler!
Griffin constrói um traje com milhares de câmeras que dão a sensação de invisibilidade às outras pessoas.
Isso foi utilizado magnificamente num filme de 007, ainda com Pierce Brosnan, 'Um Dia Para Morrer', de 2002, em que ele pilota um carro Aston Martin que fica invisível pelo mesmo princípio: um número obsceno de minúsculas câmeras grava a imagem de um lado do carro e a transmite imediatamente para o outro lado, tudo concatenado instantaneamente de forma que as pessoas acham que não tem um carro ali!
Interessante roteiro! Deve valer a pena mesmo!
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