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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Judy terá Oscar


Alerta preliminar: usarei trema para sempre!


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Alerta 2: Outras SETE resenhas e causos do Oscar, neste link
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Quando vi 'História de um Casamento', apaixonei-me pela atuação de Scarlet Johanson, e a elegi minha favorita. Assisti ao Golden Globe, torci por ela, mas quem ganhou foi Renée Zellweger... e veio o Critics Choice Award, mesma coisa, e veio o SAG Awards, same o same o, finalmente o BAFTA, resultado idêntico... Só então fui assistir ao filme 'Judy', que no Brasil ganhou o sub-título 'Muito Além do Arco-Íris, totalmente desnecessário, onde ela representa Judy Garland, grande estrela do show business americano dos anos 1940 e 1950, em seu último ano de vida.

Judy2019poster.jpegO que vemos na tela é a justificativa para tanto sucesso nas premiações. Irretocável!!

Ela está impecável, emagreceu para ficar quase esquelética, como estava a artista, naqueles tempos, fins de 1968, em decadência na carreira, por conta de sua instabilidade emocional (uma espécie de Tim Maia em versão mignon), brigando com a saúde (e muitos comprimidos) sem ter onde manter os filhos do terceiro casamento. Depois de uma noite em que ela encontra sua filha Lisa Minelli (do segundo casamento) ela acaba aceitando uma temporada de 5 semanas em Londres, onde ainda a idolatram, com o sonho de ganhar dinheiro, comprar uma casa e ficar com seus filhos, que ficariam longe dela, com o pai Sid.

Se ela se deu bem ou mal nessa jornada, vou deixar para vocês verem no filme, não faço mais nenhum spoiler até o final.

Ah, sim, antes, preciso falar mais um aspecto do filme. A vida 'atual' é entrelaçada por flashbacks da Judy Graland adolescente, mas não em desempenho, mas com a pressão que sofreu desde cedo, obrigada a tomar estimulantes para trabalhar 18 horas por dia, e depois remédios para dormir, além de inibidores de apetite para não engordar, numa dieta severa, isso aos 12, 13, 14 anos. 

Resultado de imagem para renée x judyA transformação de Renée em Judy teve muito treino vocal, ela canta mesmo todas as canções e transmite as emoções esplendidamente, muito treino em youtube e filme, para pegar os trejeitos da estrela, nos mínimos tiques nervosos (note o lábio trêmulo, espetacular), a maquiagem, que além de peruca e lentes de contato castanhas, teve uma prótese de nariz, que renderam ao filme sua outra indicação, ao Oscar de Maquiagem e Penteado. Além disso, devem ter feito algum truque para fazer uma atriz de altura mediana, com seu 1,63 metro parecer durante todo o tempo uma pequena de 1,51 metro... acho que selecionaram atores e atrizes mais altos para contracenarem com ela, e devem ter feito algum jogo de luzes para transformar o cenário, enfim, tudo valeu!

Interessante o paralelo entre as vidas reais da atriz e da personagem. Renée, depois de ser a queridinha de Hollywood com 3 indicações ao Oscar de Atriz Coadjuvante, ganhar um deles, e fazer uma impagável Bridget Jones em dois ou três filmes de sucesso, entrou em recesso, sentiu a pressão, parou por seis anos para pensar, estudar, refletir e voltou e 2016 mais uma vez com Bridget, e se tornou a aposta do diretor para encarnar uma Judy Garland perfeita, fazendo a atriz voltar ao topo da onda, com aclamação mundial!

A música, sim, a música é ponto alto, Renée canta 4 ou 5 grandes sucessos na íntegra (ou quase), a maioria deles acompanhada por orquestra, e sim, podem esperar que tem 'Over The Rainbow', numa interpretação que me arrepiou e me fez chorar... eu ando muito chorão, aliás....

E aguardem, que tem menção aos Beatles Ywah Yeah Yeah!!!

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