sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O Dono do Tempo - Parte I

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Este é o terceiro livro de Renata Ventura.
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É 'O Dono do Tempo - Parte I'
E assim o é porque tudo o que ela escreveu ficou grande demais para um livro só!

Não farei resenha. Fiz apenas para o primeiro para contextualizar a criação da autora. Ademais, resenha de Pai vale menos!!

Você encontrará 10 resenhas do livro no Skoob, é só aparecer lá, no link

E não ligue para a última, pois é o famoso hater dela!

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Um projeto de fantasia ambicioso...

Em "A Arma Escarlate", Renata Ventura me chamou a atenção ao criar o início de um universo mágico complexo ao estar vinculado a realidade brasileira. Misturando magia, personagens extremamente marcantes e sólidos com questões de violência e classe,o livro por si só era algo a ser observado com atenção.

Em "A Comissão Chapeleira", ela me fez tirar o chapéu sem pensar duas vezes. A escrita madura; o aumento na complexidade de seus personagens, transformando-os em seres humanos repletos de camadas; a inclusão da discussão sobre ditadura, censura e por vezes tortura; a expansão da mitologia de seu universo com a Escola do Nordeste e as questões que trazia,além do aumento da ação e do perigo,do drama de seus personagens criou um dos livros de fantasia mais intensos tanto em temática,como em dramaturgia e emoções.

Em "Dono do Tempo Parte 1"... Bom, eu nem consigo aplaudir de tão embasbacado que estou. É na primeira metade desse terceiro livro que vemos o quão ambicioso é o projeto literário de Renata. A fantasia atrelada a discussões sociais não é nova, mas aqui Renata demonstra sua intenção: ela quer falar do país. Em quão multicultural e multidiverso em questões ele é. Em como coisas acontecem no Rio de Janeiro, coisas acontecem em Salvador e coisas acontecem no Norte.

A voltagem do drama volta a aumentar e o clima do livro é de extrema angústia. Não há como ter alegria após os acontecimentos do livro passado. Os personagens estão cada vez mais entrando em questões extremamente adultas e angustiantes, e o leitor é jogado nessa espiral de desesperança e apresentação de problemas cada vez mais graves. Talvez seja esse o ponto mais delicado do livro. Há muita coisa aqui. Muita mesmo e pode haver questionamentos a respeito da abordagem de alguns temas, que são necessários, mas não há dúvidas de que delicados. É um começo audacioso, angustiante e realista.

O conflito dessa grande obra (as duas partes juntas estima-se levar 900 páginas de leitura) é bem colocado e plenamente justificável. É louvável aqui também a confiança da editora depositada na autora. Deixar que Renata desenvolva sua história com mais liberdade deixa que os conflitos sejam mais verossímeis e justificados.

E então temos a Escola do Norte e ah... Como não aplaudir a criatividade de Renata para o que é Boiúna. É cruel levar spoiler do que se trata a escola. E é aplaudivel como Renata dedica o resto do livro não apenas para a missão de Hugo (em uma criação de ambiência psicológica intensa) como para discutir questões extremamente importantes que é a questão indígena. Em tempos sombrios como este, ter um livro que preza a diversidade indígena e mais importante a conscientização a respeito da questão que mata milhares de pessoas no Brasil inteiro (e que a mídia poucas vezes parece se importar) é extremamente sem palavras. É perceptível o nível de pesquisa e o cuidado na abordagem do tema.


"O Dono do Tempo" talvez só consiga ser plenamente analisado em sua totalidade, mas essa é uma primeira parte de introdução complexa, sombria,muito mais madura e ambiciosa que o livro 2 e que deixa um clima de apreensão para que caminhos Hugo irá seguir. 


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