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No dia 11 de fevereiro, estava em minha mesa de almoço e apenas ouvia a televisão ligada, na Globo. Sabia de um acidente de helicóptero, sem maiores informações. De repente, a manchete, confirmado o acidente, com dois mortos, sendo um deles o jornalista Ricardo Boechat. Choque geral em casa. Todos admirávamos o carequinha. Eu, particularmente, era seu ouvinte diário, quando ia de carro para o trabalho, desde o início da BandNewsFM, lá em 2006 até fins de 2016. Interagia com o apresentador, normalmente para alertar alguma coisa, ou sugerir um assunto, e apresentava-me como Homero Sempre Atento Ventura, várias vezes ele dava feedback sobre minhas sugestões no ar, mencionando meu codinome. Vejam aqui a transcrição de uma fala dele ao vivo (eu ouviii!):Nosso ouvinte Homero Sempre Atento Ventura (ele assinou assim) nos alertou agora há pouco para um vacilo nosso. Enquanto conversava com Milton Blai, eu mencionei que a Turquia era um Estado laico, e nem me dei ao trabalho de explicar o termo: concordo que nem todos tem a obrigação de saber sobre do que se trata. É o seguinte: um estado laico é oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião.E aqui, neste link, a íntegra do episódio, sua origem e a viagem que surgiu daí!!
Numa outra ocasião, esta especialíssima, mandei a ele e ao Megale, seu então companheiro de bancada, um poema exaltação aos apresentadores da estação, o Megale gostou tanto que fez questão de gravar minha voz declamando o poema, e a gravação foi ao ar em Rede Nacional no Natal de 2007, configurando-se em meus segundo momento de fama nacional, após o concurso de 007, de 1998. Fiz uma publicação no YouTube, que está neste link.
Enfim, tudo isso para dizer como Boechat era importante, e como foi dura sua perda. O tempo passou e agora soube de um livro, que seria lançado na Travessa do Leblon, onde Eduardo Barão, seu último companheiro de bancada, e mais Pablo Fernandez, atual chefe de redação das manhãs, compilam dezenas de causos do jornalista, com a anuência da mãe, nacionalmente conhecida, Doña Mercedes, e da viúva, imortalizada como a Doce Veruska, mãe de suas últimas duas filhas, que completaram a prole de meia-dúzia de rebentos. Lá estive, e em hora e pouco de fila, li 70 páginas. Colhi os autógrafos dos autores, mas principalmente de Doña Mercedes, que lá estava sentadinha, simpática e lúcida, aos 87 anos. O final, apresento o último capítulo do livro, com um depoimento dela no primeiro dia das mães sem o querido filho! Note a letra firme com que escreveu a dedicatória!!
O livro é bom, está bem organizado, já conhecia de 30 a 40% dos casos, do Twingo, e das hemorróidas, e da subida ao braço do Cristo, e da briga com Edir Macedo, e do puxão salvador de Neto na mão inglesa da África do Sul, e dos frangos do Papa, e da implicância com Milton Pitonisa Neves, e do PGN do Presidente Simão, e do carro da Maitê Proença, e de seu tempo com Ibrahim Sued, e como cronista do Globo, e me surpreendi com os demais, especialmente aqueles em que vieram à tona os inúmeros momentos de ajuda que Boechat dava a alguns ouvintes, mas não deixava que ninguém soubesse, boa parte do dinheiro que ganhava em palestras, algumas delas para contar de seu caso de depressão, que assustou meio mundo e que serviu a muitos programas de elucidação da doença.
E, finalmente, me emocionei com a descrição do fatídico dia, e com a decisão de tirar a BandNewsFM do ar por alguns momentos.
Abaixo, os autógrafos dos autores:
Abaixo, os autógrafos dos autores:
E aqui, o texto de Doña Mercedes e seu autógrafo, que letra firme!
Valeu, Homerix. Uma bela homenagem. Vou comprar o livro.
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