Netflix enfrenta agora uma campanha por causa daquele polêmico filme sobre Jesus, que eu nem vou passar perto. Andam convocando boicote, tudo mais, mas não entro nessa.
Prefiro seguir aproveitando o lado bom da coisa.
Passear por aquelas imagens de filmes pra ver o que tem dá nisso, a gente vê a carona da Meryl Streep, e pensa: Se é Meryl Streep, é bom! E vai lá e arrisca! Aí, a gente vê o elenco... Gary Oldman, Antonio Bandeiras, James Cromwell. Pronto! Impossível não ser bom!! Foi isso que aconteceu com 'A Lavanderia'. E foi bom ... mas não ótimo!
Oldman e Banderas são Mossack e Fonseca.... Ring a bell? Sim, Mossack&Fonseca é a sociedade por trás dos Panama Papers, lembram-se, aquele escândalo mundial de uns cinco anos atrás, que derrubou ministros em vários países? Pois é, eles mesmos! E no filme, eles são os mestres de cerimônias, quebrando a 4ª parede muito mais do que atuando em seus próprios personagens. E justamente por isso, não é ótimo! Toda hora conversando com a gente do outro lado da tela (a tal da 4ª parede) ficou meio cansativo... além de ser difícil entender TUDO o que eles explicavam, as intricadas operações de elisão fiscal, as milhares de companhias de papel criadas para burlar legislações.
Meryl Streep é uma das vítimas dessa rede de intrigas, seu marido morre num espetacular acidente, seguramente a melhor cena de ação do filme, e surpreendente, logo no começo, e certamente o papel mais curto da carreira do ótimo James Cromwell, acho que ele quase não abre a boca ... apenas morre! Mas, enfim, ela busca o seguro de vida dele, e descobre que a companhia seguradora era um dos trambiques da dupla M&F, e vai atrás deles....
Valeu a pena! E foi muito divertido, e ao mesmo tempo triste, no final ver estampado com todas as letras o nome da maior empreiteira do Brasil falado, e várias vezes repetido, num filme mainstream, saído das bocas de um Gary Oldman e um Antonio Banderas.
Foi bom, foi instrutivo, valeu o tempo gasto em frente à TV.
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