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quarta-feira, 8 de julho de 2020

A Live do Ringão foi ótima....

... mas não perfeita!!

Bem, antes da análise e recomendação, PARA TODOS, da Live de aniversário de 80 anos de Ringo Starr, comento aqui sobre a boa repercussão de minha homenagem a ele.

Muita gente conheceu um pouco mais sobre o querido baterista dos Beatles, muitas vezes deixado de lado, face à grandeza de George, Paul e John, especialmente dos dois últimos.

Fiquei muito feliz e honrado por exaltar essa grande figura do entretenimento.... e humana!

Foram 10 questões intrigantes que lancei em 5 capítulos, mais um com complementos, e depois lancei um post consolidado, aqui neste link, e ainda o traduzi para o inglês, aqui neste link, para publicação nas páginas sobre Beatles em inglês no idioma.

E, no final do grande dia de Ringo, foi ao ar às 21:00 de 7 de julho de 2020, o 
RINGO'S BIG BIRTHDAY SHOW


Eu me postei, junto a quase 800 mil pessoas, à frente do notebook, e apreciei, com alegria, uma hora de um ótimo show, ótima edição, montagem, som, depoimentos... com uma ou outra decepção, admito....

Ringo, sentado a seu instrumento de trabalho, é um mestre de cerimônias excelente!

Os créditos iniciais são acompanhados por ótimo som de uma canção que eu não conhecia, "What's My Name?", cuja resposta é a mesma das minhas 10 questões apresentadas na homenagem!! 
Ringo Starr, still in the game!

Ele amenta não poder fazer o 'get together' que usualmente faz, e mostra imagens da última vez, com tanta gente sorridente, e ao som da apropriadíssima "Birthday", dos Beatles, 1968, com ótima bateria dele.

Como se tratava de um ‘charity gig’, ele apresentou as quatro fundações internacionais que ele suportaria no show.

E, então, logo na primeira canção, vimos que pouca coisa seria ao vivo, mas foi ótimo!! Ele deu uma introdução magnífica, declarando que era uma canção dele, Ringo, mas como ele não conseguiu finalizá-la, chamou o amigo George, sim, o Harrison, para fazê-lo, hehehe. Era "It Don’t Come Easy", seu primeiro grande sucesso da carreira solo, que até chegou ao #1 da parada americana. O vídeo era um extrato de um dos shows de sua ‘All Star Band’ que ele monta a cada dois anos, mais ou menos, desde 1989, com artistas com pouca atividade ou com a carreira já finalizada, mais um aspecto de seu lado benfeitor. Som ótimo, ótimas performances, dele e da banda!!! E lá estava Ringão, com sua indefectível dancinha de palco.

A primeira convidada foi Sheila E. (que também esteve na banda dele lá atrás), excelente, cantando "Come Together", voz forte, com suas backing vocals, e guitarrista, e trompetista aparecendo nas telinhas divididas, E com o bônus de ter o anfitrião acompanhando, em sua bateria Ludwig, que pena que a canção não estava exatamente no arranjo original, lá de 1969, em que Ringo dá um show! Mas foi muito vigorosa a interpretação de Sheila, impecável!

Grande surpresa agora é Sheryl Crow, gata roqueira que já foi namorada de Eric Clapton, com um arranjo sensacional para "All You Need Is Love", em que ela é uma ‘one-woman-band’: abre com um ukulele (aquele cavaquinho internacional), e segue tocando piano, guitarra, acordeon (!) e até um violoncelo (!!). Ah, sim, e pandeiro também, hehehe. Ela só chamou um trompetista pra fazer o Pa-pa-rã-rã-rã.

Entremeados com declarações de amigos e parentes, sua esposa Barbara Bach, de 40 anos de convivência, ela aparece com dois cachorros enormes, e tome-lhe "Best StepFather Eveeer!!, Best GranFather on Earth!!,  e os sucessos seguem, agora é Joe Walsh, guitarrista dos Eagles, e pioneiro da primeira formação da banda, em 1989, tocando "Boys", grande sucesso que Ringo gravou no primeiro LP dos Beatles, em 1963, Please Please Me. Também ótimo!!

E volta 'Ringo Starr and His All Star Band' para levar outro #1 da parada americana, composição também dele, "Photograph", pra mim, a melhor de sua carreira solo, também ótimo som, ótima banda e agora com acompanhamento de orquestra.

Vem uma filha e uma neta gracinha falando com seu GrandDad (e ele já é GreatGrandDad!)!!! E ele comenta como criou o movimento 'Peace and Love', em que os fãs todo ano, no dia de seu aniversário, onde quer que estejam, ao meio-dia de seus fusos horários, gritam o mantra!!

As fundações que ele apóia vão sendo apresentadas uma a uma e, quando chega o 'Black Lives Matter', Ringo se lembra do maravilhoso documentário de Ron Howard sobre as excursões dos Beatles, 'Eight Days a Week', e claro, aquele momento em que os Beatles se recusaram a tocar nos estádio se o público negro fosse segregado! Era 1964, em Jacksonville.


Ben Harper, com uma estranha guitarra retangular, e Dave Growl (Foo Fighters e ex-baterista do Nirvana) na bateria, levam a única canção não Beatle do show,  e agora vem uma daquelas canções para o bem do mundo, em que vários convidados cantam um trecho. É "Give More Love", nova composição do Ringo, e então entram Peter Frampton, Willie Nelson, Steve Earle, Elvis Costello, Kenny Loggins, Michael McDonald e até Jeff Bridges, sim, o ator.

Bem, como se não bastasse uma ótima "Come Together", veio uma outra, espetacular, de um certo Gary Clark Jr, excelente, ao vivo, guitarra sensacional. Mas, certamente por falta de repertório não foi, né?


E volta sua All Star Band com aquela que seria a canção final, como é em todos os shows dele, "With a Little Help from My Friends", que os Beatles nunca tocaram ao vivo, mas Ringo corrigiu isso brilhantemente ao longo dos últimos 30 anos, e com direitos, pois era ele quem cantava a canção que Paul McCartney fez especialmente para ele.

E eu digo que ‘seria’ a última canção porque, claro, faltava QUEM, QUEM, QUEM ? (para manter o formato de minhas questões).

Claro, Sir Paul McCartney! E ele aparece, não ao vivo, como queríamos, mas tocando, num show de uma de suas últimas excursões, em que chamou Ringo para tocar nada menos que "Helter Skelter", sim, aquela canção dos Beatles considerada precursora do Heavy Metal, e que tem uma bateria tão intensa que Ringo termina com um grito primal ‘I’ve got blisters on my fingers’, e que foi mantido na versão gravada no Álbum Branco, de 1968! Uau!!!

E, claro, a saudação de Paul ao outro Beatle sobrevivente e aniversariante.... 
não, não, não veioooo!!! 

Essa foi a grande decepção da noite!!

Mas, gente, foi magnífico, Ringo Starr de parabéns (entenderam?).

E finaliza com o indefectível Happy Birthday dos quatro cantos do mundo!!!

Não, não finaliza, os créditos vem com "Good Night" a linda canção de ninar que John Lennon fez para Ringo cantar no Álbum Branco, com linda orquestração!!

A chamada 'Chave de Ouro'!!!

Muito, muito bom!!


Caso queiram conferir tudo o que eu disse, deixo o link aqui!








2 comentários:

  1. Muito bom
    Ótimo texto!!
    Mais de cinquenta anos depois Ringo continua aqui firme e forte!

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  2. Também gostei muito!! Como já o assisti ao vivo, já esperava que ele fosse comemorar com sua gang de amigos. Além da saudação de Paul, também faltou YELLOW SUBMARINE, mas tudo bem - o que quer que venha de um dos 4, é bem-vindo e merece ser apreciado!! Happy birthday, Ringo. PEACE AND LOVE!!

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