-

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Minha ode ao Bolero de Ravel

Dudamel, o maestro venezuelano, foi apontado como diretor da Orquestra Filarmônica de New York.
Claro que me lembrei da minha única citação dele em meu blog.
_____________________________________________________

Caso prefiram o Audio Blog, cliquem abaixo...

O texto está logo depois!!

Já expressei aqui minha adoração por certas músicas que ouvi na minha infância profunda, e até fiz alguns vídeos polêmicos, concretizando minha admiração com a performance de ‘air instruments’ de duas delas que decorei de tanto que as ouvi (Deodato e Brubeck... é so clicar  nos nomes para me verem pagando mico)

Uma terceira seria Bolero, de Ravel, mas vou poupá-los dessa técnica ainda pouco admirada. Porém, não poderia deixar de tecer loas à música que sempre ouvi, desde criança, com uma idéia que me veio recentemente, e que foi felizmente abençoada pelo músico aqui de casa.
Resultado de imagem para maurice ravel
Bolero, do compositor francês Maurice Ravel, conhecido como Bolero de Ravel, é a maior homenagem à orquestra sinfônica de que se tem notícia no mundo da música clássica.

Já perceberam? Senão, vejamos!!

Os puristas meio que torcem um pouco o nariz para a composição, por se tratar de repetições de dois temas melódicos, à exaustão, sem muita riqueza na variação de melodias. Eles preferem outros mais renomados compositores alemães (Bach, Beethoven), austríacos (Mozart, Strauss) e russos (Tchaikovsky, Prokofiev), ou mesmo compatriotas de Ravel (vide Chopin, que na verdade nasceu na Polônia, mas radicou-se na França, e com esse nome, em que ‘pin’ vira ‘pân’, é francês e pronto).

Sim, ok, mas a riqueza do arranjo, a variedade de instrumentos em destaque, e o ritmo constante, tonitruante, vigoroso, conquistam a grande maioria, principalmente nós, leigos!

E por que eu chamo de homenagem à orquestra?

Peguem qualquer vídeo de uma performance de orquestra de Bolero no YouTube, mas recomendo a última que eu peguei, regida por Gustavo Dudamel em 2010, que é a primeira que aparece quando se googleia a canção, na qual me baseei para esta presente ode. Percebam o destaque que é dado a cada instrumento, a oportunidade de solar, de ser o astro do momento, mais que todos os outros, aquele momento só dele, um papel acima do que normalmente têm, o de coadjuvante para os mais nobres. Muitos compositores famosos compuseram concertos para piano e orquestra, para violino e orquestra, dando oportunidade aos virtuosos de mostrarem seu valor no instrumento ao solarem, mas muito pouco se vê, pouquíssimos compositores, apenas Vivaldi e Mozart, que eu saiba, fizeram um concerto para fagote e orquestra, ou para oboé e orquestra, por exemplo. Então, parece que Ravel resolveu se lembrar desses instrumentos menos favorecidos, dando-lhes um momento de glória. Ah, aqui, o link para essa impressionante execução do Bolero sugerida aqui, e daonde tirei as ilustrações

Notem o início apenas na caixa, com as baquetas levemente trotando na borda do instrumento, e comecem a imaginar uma tropa lá longe, marchando, tururuti tururuti tu tu, tururuti tururutiririririri tu. Coloquem-se olhando para o horizonte, ainda não vendo nada, mas ouvindo o marchar de tropas se aproximando. Imaginem assim que é Moisés chegando ao Egito para entregar a Etiópia ao Faraó Ramsés I. 

Aí voltem para a orquestra e deleitem-se com uma flauta transversal e solitária entoando o primeiro tema (A), e depois um clarinete solo repetindo o mesmo tema, e siga notando, além da caixa sempre presente e constante, a marcação -tchan tchan- com violas e violoncelos em pizzicato, que é aquele movimento em que os dedos pinçam as cordas, deixando os arcos em espera para os estrondosos movimentos finais. Então, surge o segundo tema (B), agora com um fagote, um estranhíssimo instrumento de sopro, da linha das madeiras, e logo após repete-se o mesmo tema, agora com um clarinete em tom mais agudo, o clarinete sopranino. 

Em termos de arco melódico, acabou! Novidades, só no Grand Finale! 

Agora, em seqüência, repetem-se até o fim os dois temas, cada um duas vezes seguidinhas, sempre Tema A - Tema A - Tema B - Tema B. Monótono? Nem um pouco, pelo contrário! Em termos de emoção, de ritmo, de volume, nada se repete, a coisa só aumenta, o coração parece que vai junto, num crescendo incontrolável. Segue a caixa em seu tururuti tururuti tu tu, tururuti tururutiririririri tu, mas cada vez mais intenso, note-se que as baquetas vão se afastando da borda e se aproximando do centro da caixa, pois quanto mais ao centro, mais vibra a pele da caixa, maior é o volume que emana. Notem também a solitária harpa (aliás, já desde a primeira seqüência), aquele instrumento cheio de cordas em que se passa 90% do tempo afinando-as e 10% do tempo tocando-as desafinado, que se junta aos violinos, violas e violoncelos em pizzicato, -tchan tchan-, deixando mais firme e notável a marcação.

O oboé, um clarinete metido a besta, com um bico de pato e som similar ao fagote, começa solando o Tema A da segunda seqüência, e depois entra um metal, o trompete, auxiliado pela flauta, depois o Tema B é solado por um sax tenor, e depois, um sax soprano, que nem parece um sax, pois não tem aquelas curvas todas, terminando a segunda seqüência de temas.

A câmera começa então a dar atenção aos tímpanos, aqueles tambores lá no fundo e no alto da orquestra, que começam a mostrar seu valor, Tum-Tum, aquele solitário instrumentista que passa a vida esperando a hora de tocar o seu Tum Tum, prestando uma atenção danada à pauta, para não errar e receber a bronca do Maestro. Aqui, até que eles são bem usados, a final a partir da terceira seqûencia já se nota o Tum-Tum, até o final. Continue notando que as baquetas seguem seu ritmo, tururuti tururuti tu tu, tururuti tururutiririririri tu, cada vez mais forte e rumo ao centro da caixa. E notem que a marcação -tchan tchan- já tem agora o reforço dos contrabaixos, aquele enorme instrumento de corda, o elefante das orquestras, com seu metro e oitenta de altura, cujo maior desafio é carregá-lo pelos metrôs e outros rumos da vida do resignado baixista.

Agora, desvencilhem-se da orquestra um segundo, fechem os olhos e imaginem que já se enxerga no horizonte o pó levantado pelas tropas em marcha, cada vez mais perto, como, por exemplo, Otaviano chegando a Roma após conquistar o Egito de Cleópatra, que encantara o romano Marco Antônio.

A terceira seqüência começa já juntando mais instrumentos, primeiro com uma trompa no tom principal, mas com dois flautins tocando em tons diferentes, fazendo uma combinação estranha e harmonicamente sonora, depois vêm vários sopros de madeira, clarinetes e oboés em profusão, com fagote e outros fazendo marcação, ih, rimou. Alguns metais também auxiliam na marcação, mas somente se os ouve, não aparecem na filmagem. 

O segundo tema vem então com um magnífico e sensível solo de trombone de vara, (como é que o cara sabe qual nota que vai sair daquilo só mexendo aquela vara??!!), com direito a espetacular glissando, até recebido com um sorriso pelo Maestro, e então a segunda seqüência fecha com um monte de flautas, sopros de madeira e metais (trombones, trompetes, saxofones, whatever). Notem que alguns violinos já deixam o pizzicato e passam a replicar a caixa, com os arcos serroteando sobre as cordas. Notem também que o piano também contribui, porém quase não se o define ao ouvido, tamanha a força dos demais. 

Viajem mais um pouco e notem as tropas já visíveis a olho nu!!! Seria Alexandre da Macedônia após a conquista do Egito?

Aí, então, pára tudo que vêm agora os reis da orquestra! Ironia do destino (ou do compositor), os reis não solam! Chegaram os violinos à melodia! E  por que eu os chamo de reis? Note que o Spala (ou Concert Master, em inglês), aquele representante da orquestra perante o seu Maestro, aquele que é o primeiro instrumentista a ser cumprimentado pelo Maestro ao final do concerto, é um violinista! Bem, vamos lá! A quarta seqüência começa com um monte de violinos, e aí eu choro, com aquela dança hipnotizante dos aros pra cima e pra baixo, as cordas são os instrumentos com mais coreografia, com movimento, note que os demais, afora o trombone de vara, claro, são acionados com leves movimentos nos dedos. Na repetição do tema, entram os sopros de madeira e as flautas mas, quando muda para o Tema B, vêm simplesmente todos os instrumentos juntos, numa verdadeira apoteose, que se repete ao terminar a seqüência, com ainda mais intensidade.

As tropas? Quase chegando!!!! Talvez Aladdim, na pele do Príncipe Ali Ababwa à frente do séquito fantástico criado pelo gênio da lâmpada para impressionar a Princesa Yasmin.

Lembrem-se de notar que o baterista já está quase no centro da caixa, seus braços já sobem para dar mais potência à batida, e já recebe ajuda externa, com uma segunda caixa já sonando vigorosa. Aqui, um aparte se faz necessário: que controle mental tem esse baterista, para manter aquele ritmo constante ao longo de toda a viagem, de toda a marcha, de toda a performance, é um verdadeiro metrônomo humano, inda mais tendo que aumentar de intensidade em doses homeopáticas e sem falhas, para atingir o ápice no momento devido!!! Um mestre das baquetas ... e da concentração!!

A quinta e final seqüência vem pela metade. Agora é apenas Tema A - Tema B, com este último modificado para o Grand Finale, antes do qual há uma breve desaceleração no ritmo das baquetas para imediatamente retornar, introduzindo majestosamente a mudança, em que sobe um ou dois tons, para dar ainda mais peso! Que Finale, meu Deus do céu, metais lá no alto, címbalos a 1000, que coisa estrondosa, arrepiante, e nesse momento eu já estou acrescentando gritos ao choro compulsivo, e imaginando então a tropa de Napoleão passando inteira sob o Arco do Triunfo com um enorme Obelisco, chegando vitoriosa da conquista do Egito após contemplar 40 séculos do alto das pirâmides (ô povo pra ser conquistado!). 

Notem a sensibilidade do diretor de imagens ao selecionar qual o último instrumento que aparece, antes de centrar foco no Maestro ... adivinhem ... claro, a caixa, fundamental, marcante desde o início da peça....   tururuti tururuti tu tu, tururuti tururutiririririri tu! 

Fim de 17:31 minutos de êxtase absoluto!!! Essa é a duração original da peça, podendo variar de 14 minutos, onde parece que os instrumentistas vão tirar o pai da forca, a 20 minutos, quando se torna excessivamente arrastado. 

A peça tem apenas 90 anos de vida, e já está em domínio público, desde 2016. Foi um estrondoso sucesso ao ser lançada, para surpresa do autor, que achava que ela não era mais que um ótimo exercício de orquestração. Uma execução do Bolero começa a cada 10 minutos no mundo. Como a obra dura 17 minutos, pode-se dizer que a obra é interpretada a todo momento em alguma parte. Todos os maiores maestros já tocaram o Bolero, e lá pela década de 1960, muitos balés foram criados ao ritmo de Bolero, o mais renomado coreógrafo foi Maurice Béjart, e Bolero teve até uma cena de 9 minutos no cinema, no filme ‘Retratos da Vida’, de Claude Lelouch, em que o argentino Jorge Dunn executa o ballet no Trocadero de Paris, tendo ao fundo a Torre Eiffel, com vários outros bailarinos de apoio, e com um final estupefaciente! Pra completar, Bolero tem até Medalha de Ouro em Jogos Olímpicos, em 1984, na patinação artística no gelo, com todas notas máximas! 

Procurem e extasiem-se, que nem eu!!!




22 comentários:

  1. Apaixonada pelo Bolero de Ravel. Sairei desta vida ao som do bolero. Ele foi fundo musical de minha história, nas conquistas e nas derrotas, com a cabeça sempre erguida, feliz em qualquer situação porque tudo era uma grande Vitória para mim.

    ResponderExcluir
  2. Homerix,

    Saboroso o texto desta postagem. Simplesmente adoro o Bolero de Ravel, que combina relaxamento com êxtase com a evolução e intensidade da música. Muito bom o vídeo que você nos brindou, com excelente orquestra sob a regência do talentoso maestro venezuelano Gustavo Dudamel, que tive a satisfação de conhecer pessoalmente em Caracas.

    ResponderExcluir
  3. Beleza de texto, caro Homerix! Sou também um ardoroso admirador desta obra de Ravel. Já a ouvi centenas de vezes e posso ouví-la mais outras centenas. Num antigo LP americano, daqueles que na contracapa vinham comentários sobre o conteúdo, um maestro classificava o Bolero de "intoxicating". Não consigo achar melhor palavra para descrevê-lo.

    ResponderExcluir
  4. AMO !!!
    Jamais esquecerei um episódio de minha vida, nos idos anos 90, mais precisamente 91, eu me deleitando no fantástico pôr do sol de Barcelona, eis que o DJ põe pra tocar essa magnífica obra... emoção a flor da pele... chorei, chorei, chorei...
    Inesquecível !!!

    ResponderExcluir
  5. Grande Homero!
    São duas viagens: primeiro ler o seu texto e relembrar com detalhe todas as emoções que essa música maravilhosa provoca e também aprender com sua pormenorizada explicação sobre a participação de cada instrumento; a segunda viagem é acessar o vídeo e ouvi-la novamente, mas agora atento a cada um dos detalhes que você tão bem retratou! Parabéns! Belo texto, será sempre lembrado a cada nova audição do Bolero!
    Abraços,
    Milas.

    ResponderExcluir
  6. Sensacional Homero! Você é o cara!
    Já repassando.

    ResponderExcluir
  7. Caro Homero repassei o link. O material está sensacional. Assistimos em família e depois meu filho quis ver a olimpíada. Nota 10 para o casal, para Ravel e para Homerix. Parabéns. Repassei para mais de
    100 pessoas de grupos. Abraços

    ResponderExcluir
  8. Parceiro:
    Extasiante!
    Espetacular!
    Vc demonstrou um conhecimento técnico de música e de orchestra sinfônica que me surpreendeu.
    Muito bom, vou divulgar.
    Obrigado e um abraço

    ResponderExcluir
  9. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  11. Sérgio Bandeira de Mello23 de junho de 2019 às 12:28

    Homérica homenagem!
    Excelente. Melhor ainda com o balé do século 20. Você viu?
    Procura por Maurice Béjart e Richard Cragun. Vi o espetáculo no Maracanãzinho, nos anos 70.
    Procure a versão com muitos bailarinos. Há uma versão reduzida para 5.
    A coreografia do Béjart já faz parte da obra de Ravel no meu imaginário. Já não consigo dissociar a música da dança.

    ResponderExcluir
  12. Muito bom!!!
    Só que sempre pensei em Napoleão e suas tropas invadindo a Rússia

    ResponderExcluir
  13. Muito legal, Homero! Excelente!!!Já mandei pra um monte de gente!!Vc poderia até fazer uma gravação, narrando seu texto. Seria a melhor lição de música para essa molecada do rap, ache, sertanejo sem graça, etc..
    Vai ter que fazer voz bonita... não vale copiar Chapelin, Cid Moreira, Salomão Schwartz, etc. tem q ser original... Rsrs...

    ResponderExcluir
  14. Ouvi ontem depois de ler sua viagem pela musica...
    Muito bom...

    ResponderExcluir
  15. Que bonito, adoro o Blog do Homerix! Você escreve de forma absolutamente autentica e apaixonada

    ResponderExcluir
  16. Gostei da ode ao bolero.
    Há décadas sou apreciador dos temas clássicos.
    Parabéns, Homero. Boa sensibilidade musical.

    ResponderExcluir
  17. Maravilha Homero, ótimo texto. Assisti uma apresentação em João Pessoa em um clima descontraído, ao entardecer.
    Abraços

    ResponderExcluir
  18. Impossível não se envolver com sua narrativa tão emocionada!
    Sensacional!

    ResponderExcluir
  19. Nem podia imaginar que alguém pudesse não apreciar esta maravilha. Fiquei sabendo agora. Mas você a ama tanto que até nos convida a entrar no seu sonho. Eu entrei. É realmente uma homenagem ímpar à orquestra sinfônica. Para mim não é repetitiva porque há sempre um som novo para se apreciar.
    O meu sonho pessoal ouvindo esta música é um pouco diferente. Sempre imagino uma caravana de ciganos chegando. Isso não brotou naturalmente em mim. Fui influenciada pelo irmão Walmor, quatro anos mais velho que eu, e que tinha desde criança uma atração forte pela música clássica. Ele me dava aulas, me ensinava a ouvir, assim um pouco como você aqui nos pegando pela mão para ver a tropa! E ainda nos ensinando tudo sobre a orquestração.
    Eu com dez anos, ele com 14 anos...nós dois na sala de visitas ouvindo música. Ele me pegando pela mão para ver a cigana dançando. E ainda ensinando que Bolero não é apenas o ritmo popular conhecido que se dança dando dois passaos para lá e dois pra cá. Bolero viria de boleras que seriam enfeites dos vestidos das dançarinas espanholas vem de "boleras" que eram ornamentos de vestidos de dançarinas espanholas e usados nos bailados ciganos.
    Foi a bailarina Ida Rubinstein que pediu pela música a Maurice Ravel. E é um ballet. Natural então que sempre vejo uma caravana chegando, a cigana desce e dança. Sensualmente. Mas não sei se Ida representava uma cigana na sua dança. Sei que, na época, causou um certo escândalo. Teria de investigar isso. Sabe me dizer?
    Também não sabia que alguém está ouvindo a música neste momento...Isso é super interessante.
    Eu vi o filme com aquele final maravilhoso sem cigana dançando. É um bailarino. Homem. (Vivi um drama vendo aquele filme, quase fiu embora...O porteiro do cinema não permitiu que eu fosse. Fiquei sentada na escada em prantos...Até que ele me disse que a sequencia que tanto me tocou já tinha acabado, que eu poderia entrar para ver o restante).
    Mas olha, deu para imaginar a tropa também! :) Você me convidou e aceitei o convite. Veja a caravana...está num deserto e é crepusculo. Lindo.

    ResponderExcluir
  20. "E o coração vai junto..."

    Perfeita a sua colocação 💖

    E a Alma fica em êxtase...

    Artigo maravilhoso!!!
    E viva Ravel!!

    ResponderExcluir
  21. Realmente é uma descrição muito perfeita do Bolero de Ravel . Alem de tudo estas grandes obras abrem as portas para as outras do compositor

    ResponderExcluir
  22. Lá vou eu comentar atrasado. Mas eu e Alba somos enlouquecidos pelo Bolero e mais ainda com coreografia e bem dançado. Alba entrou em êxtase no teatro Munivipal do Rio quando assistiu dançado pelo argentino ou pelo Cragun marido da Márcia Haidee Nossa eterna grande bailarina. Parabéns por nos brindar neste dia com tal beleza@@ Gerson

    ResponderExcluir