Ela ocorre em Angola, mas vale para o mundo!
A Sra. Leonor Sá Machado, uma luso-angolana radicada em Luanda, usa três minutos da programação do Show de Notícias de sábado, comandado por António Videira, na LAC - Luanda Antena Concercial, para falar de Cidadania, regras simples, ao alcance de qualquer um, que podem contribuir para um mundo melhor.
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Episódio 6 - Paternidade Responsável
Olá! Eu sou Leonor Machado e estes são os três minutos de cidadania.
Hoje vamos falar de igualdade de género, igualdade de género.
Começa em casa e transforma uma comunidade. Hoje falamos de igualdade de género, não como moda nem disputa, mas como bom senso que melhora a vida das famílias, das empresas e dos bairros. Em muitas casas angolanas as mulheres trabalham fora, enfrentam o trânsito, entregam resultados e, ao chegar, ainda carregam a maior parte das tarefas. O efeito é muito cansaço, frustração e menos tempo de qualidade com os filhos.
Dividir responsabilidades não diminui ninguém. Só soma... Um prato lavado por um homem não mexe na sua masculinidade. Um orçamento planeado para uma mulher não lhe tira a autoridade. O lar é a primeira escola de cidadania. Quando uma menina vê o pai a cozinhar, e um menino vê a mãe a negociar, ambos aprendem que o talento não tem sexo.
A mudança começa com conversa honesta e prática. Quem consegue fazer o quê? Em que dias e com que tempo? Em vez de ajudar, falemos em partilhar. Talvez o pai cuide do banho e do jantar duas vezes por semana. Talvez a mãe trate das compras e da organização do mês. Talvez as crianças, consoante a idade, arrumem o quarto, ponham a mesa, varram a varanda ou lavem o seu uniforme.
Pequenas rotinas criam respeito e autonomia. Igualdade não é conta perfeita todos os dias.. é equilíbrio ao longo do tempo com flexibilidade, quando um de nós está mais pressionado no trabalho, na escola ou na saúde, na escola e no emprego, igualdade significa oportunidade real para as raparigas.
Abrir portas em ciências, tecnologia, finanças e liderança.... para os rapazes, abrir portas no cuidado, na educação infantil, na saúde e nas artes. Menos rótulos. Mais incentivo. Não digamos a menina que engenharia é coisa de homem. Nem ao menino que cuidar é coisa de mulher.
Empresas que tratam mulheres e homens com a mesma régua. Salário igual para função igual, formação, promoção por mérito, tolerância zero ao assédio, ficam mais criativas, produtivas e tambem mais éticas. Liderar bem é orientar com clareza, elogiar em público, corrigir em privado. A mesma regra vale para todos.
Há um ponto sensível que respeito nas relações. Não é normal controlar telemóvel, vigiar senhas, limitar amizades, mandar na roupa do outro. Isso é violência psicológica e digital. Relações saudáveis têm confiança, diálogo e consentimento. Se há conflito, existem caminhos de mediação e apoio. Família, igreja, vizinhança responsável, serviços competentes, sem vergonha de pedir ajuda. Quando há crianças, a urgência maior. Elas copiam o que vêem e levam este modelo para a vida.
Do lado das políticas e das empresas, horários flexíveis, licença de maternidade respeitada e paternidade ativa fazem toda a diferença. O pai, nas consultas, nas vacinas e nas reuniões da escola são ajuda. Exerce a paternidade.
Bairros e igrejas podem reforçar com pequenas conversas, círculos de pais e mães e tutorias mistas.
O desafio desta semana é redistribuir: as tarefas que pesam numa só pessoa e ensinar uma nova habilidade a cada filho. Sem rótulos. No fim, converse sobre o que funcionou e o que precisa de ajustes. Igualdade é prática diária que liberta tempo, reduz conflitos e aumenta o respeito.
Quando caminhamos lado a lado, a família respira melhor, o trabalho rende mais e a comunidade avança.
Eu sou a Leonor Machado e estes foram os três minutos de cidadania.
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Aqui, o Episódio 1
Aqui, o Episódio 2
Aqui, o Episódio 3
Aqui, o Episódio 4
Aqui, o Episódio 5
Aqui, o Episódio 6
Este, o Episódio 7
Próximo sábado, o Episódio 8
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