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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Estado brasileiro é nosso maior inimigo!



Na quarta-feira, Ricardo Boechat nos brindou com uma patada matinal, com a qual sempre abre todos os dias às 7:30, de chorar de raiva. E terminou com a frase título:

O Estado brasileiro é nosso maior inimigo!

Por que? Ele desfilou três motivos (o texto é meu):
1. A CPIzza do Cachoeira: soltaram o homem!

2. A sacanagem do Senado: o imortal Sarney autorizou o pagamento do Imposto de Renda devido pelos parlamentares por conta dos 14º e 15º salários que recebem há séculos, a título de ajuda de custo! Sabem quem vai pagar, né? Nós, os trabalhadores!

3. O pior ministro de educação de todos os tempos, Sr. Haddad, nomeou para a secretaria de educação da maior cidade do país, cargo para o qual foi absurdamente eleito pelo povo, uma certa sra. Cleuza Repulho, que é ré num processo de desvio de R$ 49 MM, eu confirmo, QUARENTA E NOVE MILHÕES DE REAIS, da Secretaria de Educação de Santo André que ocupava até então.

Tem razão, no título nosso âncora, não?

Naquele mesmo dia à noite, num restinho de Jornal da Band que ouvi na BandNews FM, quando fui buscar Renata no Galeão, ele contou a história do posto de gasolina de Curitiba que está a sofrer atentados a bala, por não ter aderido ao evidente cartel dos demais. E Boechat disse: "E ninguém impediu o cartel, e ninguém descobriu os atiradores, e tudo segue por isso mesmo". Mesmo naquele espaço da TV, em que ele não é tão incisivo, ele não resistiu ao comentário.... O tema não é bem culpa do Estado, mas a indignação é a mesma!!!
E, como eu demorei muito para publicar este post, apareceu no fim da semana útil, aquele escandalíssimo: a chefe de Gabinete da Presidência em SP envolvida em esquemas com alguns asseclas de agências reguladoras, que terminou no fim-de semana, em demissões, afastamentos e inquéritos!! Quero ver se aconotecem prisões e se devolvem também o dinheiro do povo!!
Estamos verdadeiramente ferrados!!!

Melhor eu publicar logo este post, senão ele vai crescer muito!!!

Homerix Clamando Por Mais Barbosas Ventura

6 comentários:

  1. Estamos sempre clamando por um herói, sendo que o trabalho tem que ser sempre de cada um de nós. Denunciar é o começo, não eleger determinadas figuras é o próximo passo, mas o brasileiro NUNCA aprende.

    O que eu posso dizer, de acordo com minha veia liberal (com muito orgulho!), é que Estado demais sempre, invariavelmente atrapalha. Tem uma máxima que diz que "se o Estado administrasse o Deserto do Saara, em dois anos faltaria areia".

    O Estado, na minha modesta opinião, não tem que ser nem "mínimo", nem "máximo". Apenas deve ser o CUMPRIDOR das suas funções básicas precípuas: segurança pública, defesa nacional, educação, saúde e regulação econômica/defesa da concorrência. O Estado brasileiro, imenso, moroso, caro e repugnante, não consegue nem nota 6 no cumprimento de nenhuma destas funções. Falha escandalosamente em todas elas. E ainda quer fazer mais que isso? Poupem-me...

    O Estado não tem que ter Banco do Brasil me oferecendo cartão de crédito, muito menos Caixa Econômica me oferecendo seguro... A iniciativa privada faz isso de maneira mais eficiente e muito melhor. E podemos estender esse pensamento para muitos e muitos outros pontos...

    Alguns vão argumentar: "Ahhh, mas os empresários ávidos por lucro não cobram barato". Não cobram barato por dois motivos fundamentais: 1) carga tributária aviltante, com o objetivo de sustentar o Estado-elefante; 2) falta um arcabouço regulatório mais eficiente e atuante. O CADE absurdamente aceitou a compra da WebJet pela Gol, concentrando ainda mais o mercado de aviação civil, que atua claramente em duopólio aqui no Brasil. Qual o resultado? Fim da WebJet e 850 postos de trabalho a menos...

    O Estado é importante para muita coisa, só não pode querer ser mais importante que tudo e querer atuar em tudo, como se expert em tudo fosse. Não o é. E ainda por cima atrapalha.

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  2. De Acordo, complementando, lembram do lobby contra a empresa AZUL para nao operar no Santos Dumont?
    Abracos,
    Igrejas

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  3. Não chego ao exagero de dizer que o Estado é o inimigo.
    Na verdade ele foi tomado por quadrilhas oficializadas, chamadas de partidos, que o manipulam para atender seus interesses particulares.
    O Estado não é bom ou mau. É uma "pessoa jurídica" e como tal não têm sentimentos. Mas reflete o sentimento das pessoas que ocupam seus cargos, sejam estes de comando ou de execução.
    O que é ruim é a natureza humana que, na maioria das vezes, não sabe lidar com o PODER.
    Fico com a lição da tia de Peter Parker (o homem aranha) sobre como ele deveria agir com seus superpoderes: "junto com o poder vem a responsabilidade".
    A maioria dos poderosos só quer usufruir só poder e não há quem lhes cobre responsabilidade por seus atos.

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  4. Os comentários acima são suficientes o bastante para expor as nossas entranhas.
    Concordo e repito a posição de Fernando Nagle:
    "O Estado não é bom ou mau. É uma "pessoa jurídica" e como tal não têm sentimentos. Mas reflete o sentimento das pessoas que ocupam seus cargos, sejam estes de comando ou de execução"
    O mais... concordo... e nada a acrescentar. Perguntar, sim!!!! O que podemos fazer, senão o caminho de escolha dos ocupantes dos cargos... a nós, pelo caminho do "voto eleitoral", mas antes, a educação e informação dos eleitores, nós cidadão!!! que continuamos escolhendo as pessoas erradas... não é o Prefeito de São Paulo, que "mal escolheu" é o povo que em sua maioria, por razões de nossos conhecimentos,O COLOCARAM no poder... e não não há caminho de volta, apenas tempo de espera, se caírem "fichas.
    Paulus

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  5. Li o comentário do Fernando Nagle e discordo um pouco da visão dele. Não acho que os partidos sejam o problema, não. Na verdade, os partidos nada mais são do que aquilo que seus membros pensam. E seus membros pensam aquilo o que a sociedade (nós) pensamos. O âmago da questão é que o latino-americano, em geral, é estatista por natureza. Está na raíz da sua formação. Não somos guiados, conforme Weber colocou em sua brilhante tese, "pela ética protestante e pelo espírito do capitalismo". Somos, ao contrário, moldados pelo desejo inconsciente de "sermos guiados e amparados pelo Estado".

    Isso pode ser observado em diversas evidências empíricas... A pesquisa "Latinobarómetro", de 2010, mostra claramente isso. O latino-americano não segue a máxima de Kennedy ("não é o que o país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país"). O latino espera sempre algo do Estado, seja um benefício, seja um amparo. As sociedades protestantes de Weber, por sua vez, são mais empreendedoras, dependem menos do Estado. Outra evidência é a forma como a qual o latino (o brasileiro ainda mais, talvez) busca "lideranças". Vargas, "o pai dos pobres"; Lula, "o pai dos pobres 2"; JK, "o pai do desenvolvimentismo"; e assim por diante.

    Faz parte da nossa formação, é cultural. Mas precisa ser mudado. Iniciativa privada não é o satã. Pode se tornar o satã em um ambiente de desregulamentação, mas é exatamente aí que o Estado precisa atuar, seguro e ciente da sua responsabilidade.

    Quanto ao povo, a sociedade que gera políticos (e partidos) ruins, cabe a ele mudar tudo isso. Mas só o fará quando tiver educação suficiente para tirá-lo do limbo da incompreensão, da ignorância, do analfabetismo funcional. Só ela, a educação, transforma. Talvez por isso, exatamente por isso, seja tão negligenciada.

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  6. Homerix,

    A culpa não é do Estado, mas da mentalidade dos políticos que se metem por lá. Mas isso pode ser mudado. E o ponto fundamental está na educação. E o que impede o Brasil de melhorar a educação certamente são os políticos. A título de exemplo, o ex-presidente "queimou" o seu competente ministro da educação, Cristovam Buarque, pois este não lhe dava votos, por ter um projeto educacional sério, com visão sustentável de longo prazo e PARA TODOS, de resultados gradualmente crescentes e sólidos, mas anacrônicos para o imediatismo das aspirações políticas, que exige bólidas respostas para se sustentar no poder. Com efeito, consideram prioritárias as ações assistencialistas, na forma de bolsas e similares. Nessa linha, teria sido dada a preferência ao sistema de quotas, de menor esforço, que violenta a inteligência das pessoas, promove a discriminação e a desigualdade. Estão aí os recentes indicadores do ENEM para mostrar a precária situação da educação no Brasil. Mas podemos mudar isso, notadamente com a arma mais poderosa que temos: o voto, mas há que se trabalhar a consciência das pessoas, para não desvalorizarem os seus votos com promessas vagas, camisetas, bolsas, etc.

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