- A
laranja está meia podre.
Até poderia estar certo, se o interlocutor quisesse dizer
‘metade’, então a outra metade da laranja estaria boa. Improvável!
A intenção é dizer que ela está ‘um pouco’ podre, portanto,
tem função de advérbio, pois acrescenta circunstância de intensidade ou de modo ao
adjetivo ‘podre’. E advérbio não se
modifica!
O correto é “A laranja está meio podre”.
- Houveram
muitos problemas!
Um
deles, com certeza, foi utilizar o verbo “haver” dessa maneira!!!
No
sentido de existir, acontecer ou de tempo decorrido, o verbo “haver” é
impessoal, isto é, não tem sujeito e, por isso, não flexiona para o plural,
permanece no singular.
O correto é “Houve muitos problemas!”.
O correto é “Houve muitos problemas!”.
Aproveitando,
o mesmo ocorre com o verbo “fazer”.
Quando ele tem o sentido de tempo decorrido, não flexiona.
Quando ele tem o sentido de tempo decorrido, não flexiona.
Portanto,
é incorreto dizer
“Fazem sete dias que não fumo”.
O correto é “Faz sete dias que não fumo”
O correto é “Faz sete dias que não fumo”
- Passa o texto pra mim dar uma olhada.
Melhor
não passar!! Se seu interlocutor falou desse jeito é porque a olhada vai ser
meio falha! (olha o advérbio aqui, de novo)
Qual
o sujeito da ação de dar uma olhada? “Eu” .. no caso, ele.
Quem
pratica a ação são os pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, nós, vós,
eles!
“Mim”
não faz nada. É um pronome pessoal do caso oblíquo, jamais pode ser sujeito!
O
correto é “Passa o texto pra eu dar uma olhada”
Homerix,
ResponderExcluirMuito boa postagem.
O idioma é rico. É um prazer conhecê-lo na intimidade
Inclua nesse conjunto a expressão "crime de leso-idioma", que o que praticou os "reformadores" que forçaram a boçal "reforma ortográfica", tirando de ciculação elementos essencias, como o trema e acentos em paroxítonas terminadas em ditongo. Com essa "reforma", removeram do idioma a característica de se falar o que se escreve e vice-versa. Tente pronunciar agüentar e argüir, por exemplo, sem o trema. Tente pronunciar idéia e assembléia, sem o acento. Isso é crime de leso idioma. E essa "reforma" foi imposta por decreto, sem cumprir rituais democráticos. Assim, reservo o direito de não usar a "reforma ortográfica". Continuo a usar a forma culta.
Perfeitas as observações, Homero! Outra coisa que me dá arrepios é quando ouço alguém dizer "menas"...
ResponderExcluir