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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Um Day After - Do bem!!!

"The Day After" foi um filme que mostrava o planeta, um dia após um evento cataclísmico.

Ou seja, uma coisa terrível!

Ontem, aconteceu um artigo do Globo sobre o meu filho. Aqui, neste LINK.

Portanto, hoje é um Day After, mas do bem, para mim.

Compilando as dezenas de mensagens de felicitações dos amigos, não tenho a pretensão de listá-las todas, mas teve amigo da época em que Felipe era pequeno, teve o amigo que disse que ia guardar a página do jornal com carinho, um outro que disse que até saiu de casa pra comprar o jornal, e teve este amigo, recente, que eu nem conheço, o Auro, músico/médico (ou vice-versa) um pouco mais velho que eu, parceiro de um grupo de Whatsapp que frequentamos, sobre Beatles, que disse:

Que maravilha! É pra qualquer pai babar na gravata...

Claro que adoro Gal, e vou ouvir o novo disco com maior carinho.

Ver nosso DNA e nosso espírito produzindo belezas e harmonias é uma benção. 

Parabéns! Quem sai aos seus não degenera...

PS- nem vi que você tinha colocado o texto no blog: li na foto mesmo! 😁😁😁


Essa mensagem me fez lembrar os momentos do começo e da evolução do Felipe como músico! Era madrugada quando percebi, ainda assim gastei mais de hora colocando a memória em dia....

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Obrigado, Auro, e essa babação aumenta quando lembro como tudo começou, quando ensinei a ele os primeiros acordes de Eduardo e Mônica no violão, ou antes disso quando minha esposa Neusa o colocou numa aula de teclado, o jovem professor ia lá em casa, mas se consolidou mesmo com nossa mudança para Houston,Texas, Estados Unidos, quando compramos sua primeira guitarra Fender, e onde, na ESCOLA PÚBLICA, ele se decidiu, aos 11 anos de idade, pelo violino como matéria eletiva! Veja que a escola era GRÁTIS!! Isso tinha que ser exemplo para o nosso sistema educacional! 

Ah, como vibrávamos com seus progressos no instrumento, que o fizeram mesmo pular o nível Intermediário, aos 13 anos, aconselhados que fomos por seu professor dos primeiros movimentos ainda na Middle School, ao final do curso Básico, que lhe indicou um professor particular para aprimorar sua técnica durante as férias de verão, dessa forma passando direto ao nível Avançado, sempre no 1° Violino, aquele que toca a 1ª 'voz' das cordas da orquestra. 

Ah, como adorávamos acompanhá-lo aos concertos em orquestras filarmônicas, municipais e estaduais, onde muitas vezes trajava seu smoking emprestado pela escola (veja só!), com gravatinha borboleta, mas sempre vendo um oriental (japonês, chinês, coreano) na posição de violino principal comandando a afinação dos instrumentos e sendo cumprimentado pelo Maestro. 

Ah, como vibramos, quando ele tocou no musical Hello Dolly, já na Highschool, mesmo não o vendo, lá no fosso dos instrumentistas, sim, é im-pres-si-o-nan-te como se desenvolve a matéria Drama nas ESCOLAS PÚBLICAS daquele grande país, não é à toa que se vêem tantos ótimos atores-cantores-dançarinos no cinema, afinal, eles apenderam NA ESCOLA!

Ah, como lamentamos, quando estávamos prestes a voltar ao nosso país, depois de 4 anos, e ele estava pronto para assumir a cadeira de Concert Master (Spalla) da escola em um festival em New York, onde tocaria, aos 15 anos de idade, no Carnegie Hall, e tiramos dele esse momento (que ele até agradeceu pois estava nervoso, hehehe). 

Felizmente, o vínculo dele com o instrumento não esmoreceu na volta ao Brasil, e ele o incluiu em canções de sua primeira banda Los Bife (neste LINK), mencionada no artigo, que nunca saiu das cercanias de Botafogo, mas rendeu um ótimo disco, e depois o elevou a instrumento principal de várias canções do Baleia (neste LINK), sua última banda, ora em hiato, com 3 discos lançados e vários shows pelo Brasil.

E não pestanejamos quando, aos 20 anos, meio que infeliz na Faculdade de Matemática, UFRJ, Felipe chegou pra nós e expressou o desejo de fazer Música. E vibramos quando ele conseguiu uma vaga dificílima, de Composição Clássica, no meio de ano, também na UFRJ, após um breve mas concentrado esforço de estudos ao piano.

E ficamos excitadíssimos quando sua aptidão ao violino despertou a atenção de Charles Gavin, chamando-o para dar a cereja do bolo do Projeto Primavera nos Dentes, de releitura da obra de Secos&Molhados, que, infelizmente, morreu prematuramente, mesmo após rasgados elogios da crítica (LINK) e com as bênçãos de Ney Matogrosso.  

Até que começou, nesse meio tempo entre bandas, a dedicar-se aos arranjos para amigos da cena independente, e num deles, conhecer o produtor da Gal, e depois o produtor da Elza, que consolidou essa carreira que desenvolveu sobremaneira nesta época de pandemia, culminando com a produção deste último trabalho de Gal com convidados, que o levou a esse momento de reconhecimento.


Uma longa jornada, que esperamos que continue!

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Já acordado, vi a resposta de Auro, que foi além de ler minha réplica e pesquisou, e disse:

Puxa, Homerix, o currículo dele é de cair o cu da bunda, como se diz em São Xico! Deve ser prazeiroso e gratificante ver a escalada do garoto, degrau a degrau, ampliando (e ao mesmo tempo especializando) seu campo de ação.
Uma carreira praticamente no início e já nesse nível.
Parabéns!!!
Você comentou que o Beatle mais velho nem tinha 30 anos quando a banda acabou, deixando a obra que continua sendo trilha sonora da humanidade.
Taqui um artista freelancer, com 32 anos e muito caminho a seguir. 👏👏👏
O velho aqui entendeu, finalmente o que é "música indie". Tem shows completos do Baleia e análise do disco Atlas. Tudo muito bom, mesmo sendo uma linguagem completamente nova para mim.
Para retornar a Beatles: o "Atlas", segundo a crítica contém a unidade conceitual pensada pelos Beatles para o Sgt Peppers (e depois abandonada).
Existe futuro na música!

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Espero que sim!!

P.S. São Xico é São Francisco, distrito de São José dos Campos, no sopé da Serra da Mantiqueira 

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