Esta veio lá do Skoob, aquela comunidade de leitores.
O mais recente fã de Renata é Vinicius, de Itapetinga, da Bahia
Surpreendentemente,
mais que um HP brasileiro.
Antes de
tudo devo dizer que esse foi um dos melhores livros que já li nos últimos
tempos.
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Não há a
inocência dos primeiros "Harry Potter". O protagonista, Hugo, não se
assemelha em nada ao menino que sobreviveu. É moralmente questionável, irado,
um personagem deveras complexo que realmente irrita em alguns momentos com suas
atitudes e conclusões precipitadas. E é por isso que ele se destaca de tal
forma, mesmo não sendo o único personagem interessante. Temos o professor
Atlas, a doidinha diretora Zô, os Pixies e os Anjos - cuja rivalidade serve pra
exemplificar e opor a questão entre a "europeização" e o "brasileirismo",
um tema que a autora Renata trata com bastante eficiência.
Não hesitando em colocar palavrões, um personagem bissexual
(ou vai dizer que não suspeitou ---- spoiler ---- spoiler ---- ?), o consumo ---- spoiler ---- spoiler ----
(uma temática que permeia a segunda parte do livro, onde um acuado Hugo
abre a caixa de Pandora ---- spoiler ---- spoiler ---- para poder se salvar e à sua mãe do
truculento vilão Caiçara), Renata mostra que esse não é um livro pra crianças,
e sim uma obra infanto-juvenil com uma mensagem séria. Afinal de contas a
geração jovem de hoje não é a mesma de 1997, quando A Pedra Filosofal foi
lançado. Deixando ganchos para a sequência (admito que o final me deu um
ligeiro nó na cabeça, mais pelo modo como terminou do que pelo final em si),
esse livro prova o valor da literatura nacional.
Vinicius
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