Instituição de Apoio a Criança Especial (inacre.org.br)
No sábado realizaremos uma missão daquela campanha convocada pela Neusa!
A nossa caravana irá ao INACRE na Grande Madureira
Será nossa (minha e de Neusa) 3ª vez....
Descrevi a primeira, de 2021, aqui neste post.
Quem sabe eu renove o post,
mas deixo aqui a descrição das emoções da primeira vez...
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Nossa missão neste ano no Programa Natal das Crianças da Seara de Amor e de Luz será entregar presentes na instituição INACRE, no sábado, e visitar famílias necessitadas de Seropédica no domingo
Explicando...
Começando nos meados do ano, uma equipe de voluntárias trabalhadoras da Seara se reúne quase que diariamente para organizar doações em sacolas de presentes de Natal, com roupas, sapatos, brinquedos, e artefatos de higiene, obtidas diretamente, ou adquiridas com os recursos provindos de campanhas de arrecadação (obrigado, amigos!!!), em sacolas destinadas à distribuição em comunidades carentes, ou em instituições de caridade, ou simplesmente para distribuição aleatória em estradas, do Rio de Janeiro e até Minas Gerais. O Natal nas Estradas teve sua última edição em 2019 (eu contei sobre ela aqui, neste LINK), e se encontra em interrupção transitória, diretamente relacionada aos cuidados profiláticos com a pandemia, mas as outras modalidades continuaram firmes, ainda que não com entrega pessoal dos membros da Seara, mas sempre se viabilizou alguma forma de entrega das doações.
Este ano, o Natal das Estradas ainda não voltou à normalidade, mas os trabalhos em comunidades e instituições, sim, com a entrega presencial das sacolas, as chamadas caravanas.
Uma das entidades beneficiadas é a Instituição de Apoio à Criança Especial, no bairro Turiaçu no Rio de Janeiro, como consta em seu endereço, mas pode chamar de Madureira, que foram as placas que fomos seguindo pelo caminho neste ensolarado sábado!
No site que eu provi ali em cima, encontrei uma série de 10 objetivos da casa, dos quais transcrevo aqui o primeiro, apenas para dar o pano de fundo de sua atuação.
Convergir ações sociais voltadas às crianças e adolescentes portadores de neoplasias malignas, qualidade de assistência de saúde gratuita, condições de abrigo, alimentação, transporte e encaminhamento para tratamento hospitalar, visando condições de qualidade de vida, apoio e a recuperação de saúde moral, física e psíquica, promovendo ampla integrações entre os associados.
Nossa primeira visita foi em dezembro de 2021.
Trata-se de uma iniciativa que Ana Cristina concebeu e viabilizou, e ela comanda a instituição há já 16 anos, junto com seu marido Anderson. Nesse meio tempo, quis o destino que ela concebesse Bruna, uma criança portadora de uma 'neoplasia maligna', como está definido no objetivo da casa, que foi tratada com todo amor e carinho, mas ficou neste plano apenas por dois anos, em curta missão. Seus pais viram ali confirmadas as razões por que tiveram aquela iniciativa abençoada, e que conduzem até hoje com maestria.
Saindo da fria palavra, o que encontramos ao chegar ali: cuidado, carinho, mas acima de tudo, AMOR, que é o que se vê em cada parede pintada com esmero, em cores alegres criando um ambiente 'pra cima', cada sala organizada com asseio, com tudo no lugar, cada metro quadrado destinado a oferecer às crianças cada um dos objetivos listados. Ao fundo, um galpão amplo, plenamente refrigerado com o que de melhor a tecnologia pode oferecer, uma mesa com água, refrigerante, café, leite e lanches e uma comunidade ali reunida de cerca de 30 ou 40 crianças, de todas as idades, uma delas já com 20 anos, mas ainda criança, cada uma vestida com uma camiseta da instituição com seu nome gravado em letra de mãozinha dada, dando-lhe a identidade necessária, cada uma acompanhada por sua mãezinha, ou avozinha, dispensando a ela todo o carinho e cuidado de uma missão abençoada, cada uma com sua história de abnegação a contar, não conheci nenhuma mas posso imaginar, até porque não vi ali nenhum paizinho ou avozinho.... bem.... sei que poderiam estar no trabalho .... mas era sábado... inferimos que, em sua maioria, os pais não assumiram a responsabilidade de dividir com a mãe a missão que lhes foi conferida... o que são esses homens ... mas isso é conjetura minha. Enfim....
Após as palavras de agradecimento de Ana Cristina e Anderson e de nossa saudação, passamos à distribuição nominal das sacolas. Ao contrário do Natal nas Estradas, quando se vai a esmo visitando as comunidades vicinais, e as sacolas de presentes são organizadas apenas por menino/menina/idade, ou nas comunidades carentes, tipo Acari, Gramacho, Ramos, onde as sacolas são divididas por famílias previamente cadastradas (algumas com 5 filhos, por exemplo), ali no INACRE sabe-se exatamente a criança que vai receber o seu presente.
Não guardei bem os nomes das crianças a quem eu entreguei a sacola (mostro todas elas lá embaixo, em imagem tirada do site), mas me lembro bem de meus olhos mareados e de meu nariz fungando por debaixo da máscara... não pude deixar de me lembrar do nosso querido Carlinhos, que ficou neste plano durante 55 anos, com todo carinho e cuidado provido por meus sogros e minha esposa. Tive a honra de ter convivido com ele por 30 anos... A diferença é que no caso de meu cunhado, havia todas as condições de bem atender a seu querido. Quantas daquelas 30 ou 40 crianças não estariam sem um tratamento, sem uma fisioterapia, sem um suporte psicológico, sem um carinho profissional, ou ainda sem um dispositivo de alimentação parenteral, caríssimo, se não fosse a atenção e a mobilização de pessoas como Ana Cristina, seu marido e associados, naquela casa que vive de doações de pessoas físicas ou jurídicas, sem qualquer ajuda governamental?
Ao final, uma outra instituição distribuía seus presentes, e eu pensando naquilo tudo, com os braços abaixados, quando senti uma mãozinha segurar a minha e me puxar ... era Samuel, de quem antes presenciáramos o final de uma troca de fralda enquanto visitávamos a casa (super bem arrumada, pintada, revestida, cheirando bem), ele me pegou para passear... me levou para fora do salão... emitindo aqueles sons que só ele e quem dele cuida entende... pelo corredor externo, até a entrada, onde havia um pula-pula... parecia que ele queria entrar, mas nos disseram que quando ele entra lá, ele quer logo sair... esse nome eu vou levar para sempre...
Enfim, deixo aqui algumas imagens do que foi mais essa experiência de servir ao próximo, que muito nos emocionou!
Obrigado à Seara de Amor e de Luz pela oportunidade!
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Os Seareiros da Caravana, com Ana Cristina na direita da foto!
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Deus é bom, essas crianças estão amparadas e cumprindo a programação elabora da pelo plano espiritual nessa encarnação. que os mensageiros de Jesus ilumine os seareiros que dela cuidam com esmero e Amor.
ResponderExcluirHomero, parabéns, por seu texto. Suas palavras exprimem a tarefa/responsabilidade, dedicação e amor dos dirigentes daquela instituição. E nós, da Seara, damos graças a Jesus pela oportunidade de levarmos, mais do que os presentes, nossas vibrações de amor. Você e o Samuel o demonstraram.
ResponderExcluirÉ um trabalho de puro amor mesmo, não há outra forma de definir. Você tem razão: é um privilégio poder servir. Se todos soubesse o bem que isso faz haveria muitos mais voluntários. Claro que bom seria se não houvesse problemas assim com ninguém. Mas existem...E o que seria dessas crianças sem esse cuidado e carinho? Obrigada por compartihar conosco essa história com as fotos. Imagino sua emoção quando foi pego pela mão para passear...
ResponderExcluirHomerix!
ResponderExcluirQue alentadora postagem! Esta iniciativa é cativante, um sincero e verdadeiro ato de amor, carinho e respeito pelo ser humano. Imagino a alegria interior dessas crianças, certamente maior do que as belas fotos possam mostrar. Que legado construtivo e altamente positivo vocês estão a semear.
Amor ao próximo traduzido em ação. Muito bom Homero, parabéns. Compartilho a matéria em meus grupos sociais. Forte abraço.
ResponderExcluirBeleza de trabalho em benefício de quem precisa . Parabéns!!
ResponderExcluirParabéns a todos os seareiros que cooperam com esta magnífica e abençoada ação de puro AMOR.
ResponderExcluirArmando
Excelente meu amigo. Ser generoso e fazer o bem é uma forma pragmática e efetiva de gratidão. Por falar em gratidão, recomendo muito a leitura de um livro, “O poder da gratidão “. E sou uma prova viva que, ao sofrer algum revés, ainda assim, retribua o mundo com gratidão.
ResponderExcluirSucesso na empreitada.
Forte Abraço
Roberto Bazolli