Nesta semana, um amigo me mando um cordel que falava do assunto deste livro.
Boa hora de recomendá-lo, ou ao menos, divulgar a sua base histórica.
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Devorei-o!!!
Muito legal! Muito instrutivo! Apesar de eu ter uma razoável
cultura geral, não sabia da história dos cristãos novos, da perseguição dos
judeus pela inquisição, da solução de D. Manuel que os obrigou a se
converterem, da fuga para o Brasil dos convertidos que não conseguiam fingir,
da boa acolhida dos dominadores holandeses em Pernambuco, do degredo com a volta dos portugueses, da nau
desgarrada que acabou na Nova Amsterdã em vez da velha, e da contribuição de 23
judeus brasileiros na fundação de Nova York em Manhattan.
A amarração da autora para contar essa história, com a
batalha da médica Ioná na busca por suas origens, com a ajuda da jornalista Ana
e do genealogista Pedro, ficou muito interessante e amarrante, no sentido que
amarra a gente na leitura. Uma verdadeira investigação, com segredos embutidos
em detalhes, pesquisas nos registros de nascimento e morte, fotos reveladoras,
a descoberta de uma sinagoga disfarçada, até desembocar numa sequência de Ionás ao
longo de séculos, levando a última a se afirmar judia natural, descendente direta
dos cristãos-novos.
Mas mais que isso, e embutido em cada página, a valorização
da cultura judaica, o valor que os judeus têm pela sua história anciã, a
obediência cerrada aos costumes, claro que especialmente pelos mais ortodoxos, a
prática de casar na mesma família, para garantir a preservação do sangue, tudo impressiona
alguém como eu, esse respeito ao passado, confesso que eu não tenho o menor
apego por minha ascendência de duas gerações passadas para trás, não mesmo. E
olha que eu sou Oliveira, nome de árvore, portanto devo ter um pezinho lá no
mundo dos cristãos-novos.
Por fim, que sina é essa desse povo, de milenar perseguição,
sempre soube da época da escravidão pelos egípcios, ao extermínio nazista, e as
eternas tribulações com árabes e palestinos, agora fico sabendo desse período
da Inquisição, em que eram levados à fogueira apenas por terem uma religião diferente
e não aceitarem a cruz, tendo muitas vezes que professar sua fé escondidos...
Vou me aproximar mais de meus amigos judeus para saber um
pouco mais dessa história.
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