Entre um jogo de Copa e outro, acabamos indo ao teatro.
E, por acaso, foi uma das melhores peças que vimos.
Incêndios, com Marieta Severo, no Teatro Poeira.
Ela, e mais 6 atores que eu olimpicamente desconhecia deram um show. Foram DUAS horas seguidas sem intervalo, com tensão constante, de não tirar os olhos, e prestar muita atenção.
A peça é de 2003 e foi escrita por um Líbano-canadense. Desde então vem sendo encenada no mundo todo. Em 2011, teve um filme, de mesmo
nome, que foi candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
A peça começa com um casal de irmãos na leitura do
testamento da mãe, muito estranho, em que pede que a filha entregue uma carta a
seu pai e o filho entregue uma outra carta a seu irmão, que absolutamente eles
não tinham a menor ideia que existiam. E pede que seja enterrada nua, de
bruços, sem caixão, sem lápide, sem epitáfio, e que só se providencie tudo isso
quando tudo for esclarecido.
E aí começa a jornada ao passado, com os atores assumindo
diversos papéis, e Nawal (Marieta) desde a adolescência, com uma competência extraordinária. O cenário
é um país não identificado do Oriente Médio, envolto em guerras civis,
genocídio, estupros, sequestros, snipers, maldades sem fim, e cada vez que vem
um relato a gente se afunda na cadeira, e quando vem o desfecho – Oooooh – a
gente não acredita, e ao final, sente-se a plateia com lágrimas nos olhos,
inclusive este que vos reporta...
Vão logo!!
Não sei até quando vai, mas sei que em agosto, estará em SP.
Só sei que quero ver o filme, pra ver as encenações que só o
cinema pode prover.
Oi, Homero. Vi o filme, quando de seu lançamento, por ocasião de sua indicação ao Oscar (mas ele ficou em cartaz por longo tempo no Estação). Na época, ele despertou em mim, as mais variadas e fortes sensações de pena, sofrimento, justiça, aplauso e lágrimas e quando a peça foi lançada no ano passado, apesar de ser uma obra com a participação da Marieta Severo (atriz de quem sou admiradora de longa data), essas sensações descritas ainda estavam vívidas em mim e, assim, não fui ao teatro mas, não resta a menor dúvida, de que o filme (e eu imagino que a peça também o seja) é, absolutamente, arrebatador, envolvente, emocionante e...surpreendente. Vale a pena conferir, agora, na telona da sua casa.
ResponderExcluirAbr grde da Rosana