Eu, sim!!
Mas sei que sou um jurássico remanescente. Infelizmente!
Muitos jovens hoje desconhecem o prazer de se pegar um CD na mão, observar as nuances da capa e contracapa, ter a dificuldade de tirar aquele plástico, abrir a caixa, retirar o CD itself (a bolachinha) do seu repositário á direita, apertando aquele
plasticozinho no centro, colocá-lo na gaveta do tocador, preferencialmente aqueles de móvel, retirar o encarte da outra metade á esquerda, e ouvir música
após música, no som estereofônico do equipamento surround, acompanhando as letras do encarte e absorver tudo o que mais nele estiver escrito desde afichas técnicas e agradecimentos, até enigmas de arte.
Tive esse prazer recentemente ao receber de meu filho Felipe sua primeira obra, o CD Super Supéfluo, de sua banda Los Bife, da qual é guitarrista, violinista, compositor, arranjador e cantor bissexto!
Outras pessoas, poucas ainda, tiveram esse mesmo prazer. Veja o lado, por exemplo, a satisfação de Renata e de sua amiga Ana Macedo (também escritora, do livro Lágrima de Fogo) lá em casa, segurando a obra, sob o olhar desconfiado de Felipe. Ana gostou tanto que comprou outros exemplares para presentear em São Paulo, aonde mora...
Jovens (e muitos velhos também) de hoje preferem a facilidade, sem charme, de pegar um equipamentozinho sem classe, entupi-lo com milhares de músicas sem coerência entre si, e sair ouvindo pelos caminhos da vida, sem dar atenção ao que se passa ao redor, imersos em seu mundo privado e particular.
E tudo isso, de preferência, sem pagar nenhum centavo pelo que se está ouvindo, que é o que mais dói, principalmente ao bolso do próprio artista a que estão ouvindo.
Enfim, tempos modernos!
Mas seguimos na luta!!
Se quiserem ter o prazer descrito no primeiro parágrafo, falem comigo!!
Tenho ainda uns pucos exemplares do CD, para venda... a módicos R$ 15,00 (pouco, né, muito pouco pela qualidade da obra!)
Grande abraço
Homero
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