... ou quase!!!
Quando Felipe chegou em casa após ver o novo Tarantino (e o fez no primeiro dia), disse que achou o filme bom, não mais que bom! E nada mais disse, pois assim
como não gosta de saber nenhum detalhe sobre os filmes que vai ver (nem a
trailer assiste), também não gosta de contar nada pra quem ainda não viu e vai
ver.
Renata, então, foi assistir, munida de um checklist mental,
pra tentar descobrir que cenas deixaram o irmão menos impressionado.
E o filme começou,
e veio a 1ª cena... Ótima!
e veio a 2ª cena... Magnífica!
e a 3ª cena ... Espetacular!
e a 4ª cena ... Perfeita!
E assim foi indo até o final do filme, esgotando os adjetivos positivos que conhecia (teve que repetir alguns, admite).
E o filme começou,
e veio a 1ª cena... Ótima!
e veio a 2ª cena... Magnífica!
e a 3ª cena ... Espetacular!
e a 4ª cena ... Perfeita!
E assim foi indo até o final do filme, esgotando os adjetivos positivos que conhecia (teve que repetir alguns, admite).
Pronto, já fui assistir mais animado, ainda mais porque os 5
amigos do trabalho que assistiram, recomendaram muito, inclusive duas mulheres, o que me
deixou mais tranquilo, por aquele tabu sobre mulheres não gostarem de
filmes violentos... bem... Neusa já tinha amado Bastardos Inglórios... então eu
não tinha nada a temer mesmo. Alguns daqueles amigos disseram que Tarantino havia feito um novo Bastardos.
Vi Django Livre neste fim de semana!!
Não chego a tanto!! Mas se Bastardos Inglórios é obra-prima e merece Nota 10, Django Livre fica só um pouco atrás, mas não mais que meio ponto. Nota 9,5 !!!
O diretor Quentin Tarantino segue entregando qualidade!!! Mais uma vez, o filme está entre os candidatos ao Oscar de Melhor Filme;
Tarantino nos entrega história.
(ainda que contada do jeito
dele).
Mostra um pouco do tratamento dado a escravos no sul dos Estados Unidos. Texas e Mississippi eram os centros do preconceito e maus-tratos. Vemos o desprezo, os castigos, as lutas a que eram obrigados a travar entre si até a morte, e vemos também o servilismo das mulheres. E somos brindados com uma manifestação caricata da Klu-Klux-Klan, que o diretor se encarrega de desmoralizar completa e hilariamente. O roteiro, como sempre dele e como sempre ORIGINAL, concorre ao Oscar. Interessante notar que outro candidato ao Oscar, LINCOLN, também discorre sobre a escravatura americana. Próxima semana!!!
Tarantino nos entrega cinema.
Além do cinema que ele mesmo produz, sempre revolucionário, as homenagens ao cinema e sua história estão sempre presentes. Pena que nosso conhecimento não seja o suficiente para percebermos todas elas. Uma evidente foi a aparição de Franco Nero, o Django original da época dourada dos faroestes. E repare na grande casa ao final e vejam se não se lembram de um grande sucesso do cinema, com Clark Gable e Vivien Leigh.
Tarantino nos entrega música.
Seu cuidado com a trilha sonora é marca registrada... lembrem-se de Pulp Fiction - Kill Bill e outros tantos... E ele chamou ninguém menos que Ennio Moriccone, imortal criador daquele assobio que abre 'The Good The Bad and the Ugly', com Clint Eastwood, para contribuir com três músicas para o filme. Aqui, o clima de faroeste começa com a canção tema sobre o personagem, e segue pontuando as cenas de embates. Isso claro, dando espaço até a um rap, que eu adoraria ter entendido a letra....
Tarantino nos entrega desempenho.
Ele tem a boa norma de manter alguns atores chave em seus filmes, e que jamais negam fogo. Neste, ele repetiu a dose com Cristoph Hans Landa Waltz, o magistral capitão nazista de Bastardos, que retorna ao papel de alemão, mas do lado do bem, ajudando Django (excelente Jamie Ray Charles Foxx) em sua empreitada. Ele está novamente sensacional e concorre ao Oscar de coadjuvante, mas olha, se caísse em minhas mãos a decisão de escolher um, e apenas um, ator de Django para concorrer à estatueta, eu não teria dúvidas em indicar Samuel L. 1000 Personagens Jackson, que está simplesmente perfeito, aquele jeito de falar, a gente reconhece de longe. Não vou nem dizer quando ele aparece, pra não estragar a surpresa. Ah, sim, tem Leonardo Jack da Rose DiCaprio, muito bem também.
O que falta em Django Livre? Aquelas cenas longas, de 10, 15 minutos, e
perfeitas de Bastardos Inglórios. Os diálogos estão como sempre perfeitos, mas senti falta de cenas como aquelas do bar e daquela conversa entre Landa e o judeu do início da obra-prima. Aí vai o meio ponto que tirei da nota do
filme...
Mas simplesmente não dá pra perder!!
Ah, sim, confirmado: Neusa adorou!
Homero Cada Vez Mais Tarantino Ventura
Mas simplesmente não dá pra perder!!
Ah, sim, confirmado: Neusa adorou!
Homero Cada Vez Mais Tarantino Ventura
Perfeito o seu comentário. Ou quase, como o filme: 9,5.
ResponderExcluirAchei que os longos diálogos estavam lá sim, no personagem do Walz. Na cena inicial, no papo com o xerife (na verdade U. S. Marshall), na cena com Di Caprio...
Um único"defeito" em efeito especial: um tiro frontal arremessa a pessoa para o lado. Mas tudo bem, é um Tarantino...
Outra marca de Tarantino é o "quase final".
E concordo contigo: Samuel Jackson está DEMAIS!!!
Não gostei do filme. Faltaram diálogos memoráveis, como os de Pulp Fiction, e cenas geniais, como a da taverna no Bastardos Inglórios. A personagem do Django é mal construída.
ResponderExcluirPor incrível que pareça, esse ano o Oscar é do Argo.
Concordo, com o Fernando Nagle, sobre o "senão" do filme: o "tiro" na irmã do Leonardo di Caprio. Ela estava de lado, à esquerda da cena, e o Django, na sacada, no piso superior, de frente, naturalmente, ela teria que cair de lado e não ser "içada" para trás. Tirando isso o filme é dez, nota dez!
ResponderExcluirO título original, em inglês, é Django Unchained (desacorrentado).
ResponderExcluirHomerix, pleno acordo, sem dúvida mais um grande filme de Tarantino, da família de Bastardos Inglórios, sobre as delícias da vingança e a denúncia da barbárie - no caso a escravidão - através do humor. Você já viu O Som ao Redor? Se não, vá! Abs, Camargo
ResponderExcluirHomerix, estava na dúvida se aguardaria pelo DVD, mas depois desse excelente comentário (que não me surpreendeu em nada, pois sei que és fã no. 1 de Quentin...), tenho que dar um jeito de ir esta semana. Apesar do encorajador número de admiradoras do sexo feminino, incluindo a Neusa, terei que ir só. Eu acrescentaria que além delas não gostarem muito de filmes violentos também não admiram o estilo (infelizmente em desuso) "Western"...Também muito feliz por saber que o meu "sobrinho" também prefere ir ao cinema sem nada saber. Naquele célebre caso dos "intocáveis" eu só sabia que tinha um homem numa cadeira de rodas - e isso geralmente já basta ! Ainda bem que você continua fazendo as suas críticas sem "estragar as surpresas"...Pontos de atenção como esse da casa do "vento levou" e outros são sempre bem vindos. Parabéns mais uma vez! Abçs. "Aprendiz 2"
ResponderExcluirHomero, nem li as críticas porque fiquei com medo de ficar sabendo detalhes do filme...rs...estou com medo do sangue...não sou muito chegada a sanguinolência na tela. O último que assisti foi Os infiltrados...Bastardos inglórios não consegui ver...mas vou tentar ir ao cinema. Bjs medrosos, Carol
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