A primeira parte está aqui:
Quando morei uns anos depois pelas terras hoje comandadas por Obama, dois anos após aquela visita, comprei o CD de Greatest Hits da banda, composta pelos irmãos Greg e Duanne Allman --- e vários músicos de primeira. E, claro, lá estava Jessica. Magnífica como sempre. O autor é Dickey Betts, um não-irmão guitarrista.
Aqui, neste link, ei-la, em seu esplendor: Jessica. Abra, deixe tocar, minimize e volte, para conferir do que falo a seguir...
Depois
de uma introdução com violão e piano, entra o tema principal executado
por duas guitarras harmoniosa e simultaneamente executadas, em tons
diferentes, numa combinação perfeita, acompanhadas de bateria, piano e
órgão; depois, uma sequência que pode ser considerada como um refrão,
reduzindo a uma guitarra; depois, repete-se e amplia-se a introdução,
agora como quase um minuto de deliciosa preparação para os solos de
improviso; e então, vem um solo de piano imperdível que acaba em pouco
mais de um minuto, deixando gostinho de quero mais; a introdução para o
improviso de guitarra, dois tons acima, é rápida e empolgante, e o solo
dura mais de dois minutos, brilhantemente executado pelo próprio Betts; a
volta do tema principal é precedida por um dos melhores momentos da
música, com uma desaceleração do ritmo, uma volta ao tom original para
introduzir o refrão, e mais duas vezes o tema principal com as duas
guitarras, vindo então, o grand finale. Sete minutos de perfeição e
virtuosismo!!
O
solo espetacular de piano é executado por Chuck Leavell, que fora
convidado pela banda para a vaga de pianista aberta pela morte de um dos
irmãos, Duane. Um pianista de rock sensacional que é sempre muito
solicitado pelos grandes do gênero, como Chuck Berry, Eric Clapton, Mick
Jagger e George Harrison, infelizmente não mais por este último.
Tenho
certeza de que Jessica entrará na lista de Top Ten Instrumentais de
qualquer um que a ouça. Na minha, ela disputa o título de melhor
instrumental com cinco outras
• Blue
Rondo A La Turk, de Dave Brubeck, de um dos poucos discos de Jazz que
conheço, chamado Time Out (aliás, o disco traz outro clássico, Take
Five), de 1959 ;
• Smoothie Song, do disco This Side, de Nickel Creek, um blue grass fantástico que conheci há seis anos;
• One of Theses Days, de Pink Floyd, clássico do rock progressivo, de 1971;
• Also Sprach Zarathustra, uma adaptaçõo pop/jazz do clássico de Strauss, criada pelo músico brasileiro Eumir Deodato em 1973.
• Journey
to the Center of the Earth, ópera rock de Rick Wakeman de 1974, não um
instrumental puro, pois tem coral, mas é certo que pode concorrer na
categoria.
Confesso ser difícil me lembrar músicas instrumentais. Eu mesmo não tirei da cachola muito mais músicas que as listadas acima.
Conhece
as minhas indicadas? Delas, tenho quase certeza que não conhece a blue
grass citada. Eu não a conheceria se não tivesse vivido nos Estados
Unidos, e ouvido algumas rádios locais. Não sei se o grupo Nickel Creek
ultrapassou as fronteiras americanas. Meu filho escreveu sobre a nossa
descoberta no blog dele: Tio pacheco e seu guarda-chuva. Se tiver
interesse, apareça por lá. Ele anda meio desativado.
Que outras você indicaria, para compartilhar comigo?
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