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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Exílio Americano - O agradecimento

Há 20 anos, eu embarcava numa missão inconcebível 
Quase um ano depois, eu escrevi esta carta a quem a proporcionou.
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Olá, Camargo

Finalmente me correspondo! Não que esteja tranqüilo e com tempo de sobra. Há muito ainda a ser feito mas, devagarinho, chego lá. Mas, isto não vem ao caso! Deu vontade de escrever a você! Afinal, era o mínimo que lhe devia, como amigo que sou. E se por isso não fosse, teria que escrever ao menos para agradecer-lhe mais uma vez por minha indicação ao meu presente cargo. A arriscada indicação de um não especialista para uma função de ponta no exterior mostrou um reconhecimento ao meu trabalho, que se por um lado eu sabia que você tinha, e já havia tido provas dele, por outro lado não esperava que chegasse a esse ponto. Tenho certeza que João teve papel importante nesse jogo. Tenho muito a agradecer a vocês, para o resto de minha vida, aliás, não só eu como minha família.

Já que demorei tanto, agora vai uma mensagem imensa, me perdoe. Sugiro imprimir e ler depois, com calma. Sei que não tenho tanta intimidade para contar tudo isto para você, mas acho que é uma boa oportunidade para você saber como anda minha vida por aqui, no lado pessoal. No lado profissional, acho que você deve estar sendo informado pelos instrumentos devidos, pelo menos assim espero. Eu costumo respeitar hierarquias e por isso não tenho entrado em contato com você diretamente, não há necessidade. Estou muito contente com esta oportunidade no exterior, com o bom relacionamento que tenho com meu gerente geral, que valoriza meu trabalho e contribui para meu aperfeiçoamento, com toda sua experiência gerencial.

Aproveito esta mensagem também para cumprimentá-lo pelo pioneiro cargo de Diretor da Área Internacional da Petrobras. Não o cumprimentei antes, pois penso que há outros níveis a fazê-lo primeiro. Imagino como anda sua cabeça nestes tempos de mudança. Tanto a ser feito, tantas almas a orientar, tantas idéias a implantar, tantos grupos a coordenar e tão pouco tempo. Sei dos que temem que a agilidade da Braspetro seja emperrada pelo gigantismo do Sistema Petrobras. Porém, sou dos que preferem acreditar que tal agilidade será, ao invés disso, impregnada no Sistema. Mas, como disse acima, esta é uma mensagem pessoal (por isso estou mandando para seu email) daí, paro o assunto profissional por aqui.

Uso esta oportunidade para oferecer também o meu email pessoal para você se corresponder sempre que quiser jogar conversa fora ou ainda se precisar de algum favor dos States, não se avexe! É usventura@cs.com : você percebe o sentido duplo do us:
‘US’ de todos nós, os Ventura e‘US’ de Ventura nos US.
Como estão você e sua família? Fale para a Laura que ainda não tomei cafezinho tão gostoso como aquele que ela me ofereceu em 1994 em minha primeira visita a sua casa, em Londres. E Aninha como está? Ela é a única da qual me lembro o nome, compartilhou o jantar conosco, com sua simpatia. Seus outros filhos eu mal vi, não fixei os nomes, adolescentes que eram. Como estão todos? A experiência internacional trouxe frutos para as vidas pessoais de seus filhos? Se puder, dê-me um feedback a esse respeito.

A família Ventura vai muito bem, obrigado. Antes da chegada, um pouco das preliminares. Você se lembra quando me convidou para esta expatriação, como hesitei. Não por receio profissional, pois apesar de nunca ter atuado na área financeira, gostava de mexer com números e achava que daria conta do recado. Sempre quisera uma missão permanente no exterior, mas nunca achei que haveria oportunidade para mim, pois eu ficara no meio do caminho entre um engenheiro, que ocuparia a gerência de operações e um economista ou contador que ocuparia a gerência financeira de uma unidade no exterior. O problema era a situação familiar, que comprometia: Neusa tinha um irmão excepcional, 5 anos mais velho que ela, que era cuidado pela mãe já em idade avançada e totalmente dependente da filha. Tanto tinha certeza da impossibilidade que, quando recebi o seu convite, disse que as chances seriam poucas, devido àquela situação. Surpresa absoluta, quando cheguei em casa e falei à Neusa sobre a oportunidade, ela, que sempre recusara a hipótese de sair do Brasil por causa daquilo tudo, pensou 2 minutos e disse: Tudo Bem! 

Minha filha Renata, 14 anos na época, em princípio negou, mas logo entrou na onda. Felipe, com 11, coitado, pouco podia opinar. Minha sogra, dona Zulmira, teve uma resistência enorme, como esperávamos e era mais do que natural para nossa envoltória particular. Seu grande temor era a viagem, 10 horas até Miami, 3 horas de espera no aeroporto mais 2 de Miami a Houston. Os meses entre o aceite do vonvite e a viagem foram um verdadeiro suplício. Recorremos até mesmo a aconselhamento espiritual que, felizmente, recomendou a mudança.

Neusa pediu licença do emprego na Justiça do Trabalho, preparamos as papeladas para transferência das crianças, e viemos. Aliás, vim antes, e corri o risco de escolher a casa sozinho, pois tudo tinha que estar preparado para a chegada d’A Grande Família. Não poderia fazer como os outros expatriados, que vêm com a esposa e a escolha é conjunta.

         Começo meu relato pela viagem. Os temores de minha sogra não se confirmaram, como todos sempre lhe diziam, e ela teimava em não acreditar. Deu tudo certo na viagem, afora o trabalho normal, de transferi-lo no muque de cadeira em cadeira, e que já esperávamos, meu cunhado ficou ótimo o tempo todo. O tempo de espera em Miami foi todo tomado no balcão da Continental com o check-in de meus 14 volumes, incluindo duas cadeiras de rodas e patient lifter - um aparelho que usamos para transportar meu cunhado da cadeira para a cama e vice-versa. Éramos 7, foi uma verdadeira invasão! O pessoal da VARIG achou que era arriscado fazer o encaminhamento normal, dado o volume indecente de bagagem. Contratei um negão enorme, que conseguiu colocar tudo empilhado num carrinho só e lá fomos nós por aqueles terminais afora… às vezes, caía uma mala lá de cima … parecia a Família Buscapé!

Ao chegarmos em Houston, havia uma comitiva nos esperando, outros gerentes expatriados e um local administrativo. Eram tantas as malas e volumes, e tanta gente ajudando, que acabamos trazendo mais uma, que estava perdida lá na esteira, parecida com uma das nossas. O incrível é que a mala tinha identificação e o dono morava na mesma rua minha, Kimberley Lane, a uns três quarteirões de casa. Depois de um contato com a Continental que sugeriu que eu levasse a mala de volta para o aeroporto (longe pra cachorro!) para evitar que eu fosse processado pelo dono, resolvi arriscar e telefonar para o sujeito (tinha até telefone no cartão!). A sorte é que o cara era um inglês boa gente que ficou feliz da vida: “Pelo menos uma, eu consegui recuperar!”, ele disse.

Moramos numa casa boa, de dois andares. Os quatro mais velhos ficam em baixo, os 3 mais novos em cima. Tem um game-room, para o qual imediatamente compramos uma mesa de Ping-Pong. O proprietário aceitou que eu fizesse reforma no banheiro para que pudéssemos dar banho em meu cunhado. Aqui, o normal é banheira e, fora dela, não há ralo, de modos que não seria possível manter o mesmo esquema de banhá-lo na privada, com uma ducha. A água não ia escorrer. O dono ficou sensibilizado com a situação e aceitou. Lá se foram 2.700 dólares!

Como percebeu, éramos 7, pois trouxemos, como você sabe, a nossa empregada para aliviar a carga de Neusa e de minha sogra com o cuidado da casa e do meu cunhado. Foram 3 meses de convivência nada pacífica, pois seu gênio era terrível, apesar de que nada temos a reclamar do serviço e do carinho com que tratou meu cunhado. Tentamos mudá-la, mas foi impossível. Foi uma decisão conjunta e ela pediu as contas, mesmo com 500 dólares por mês. Fora a passagem, né! Total: 2.500 dólares. Como eu já tinha falado a você, minha vinda para cá tinha VPL negativo, pois Neusa tinha um belo salário por aí, que parou de receber. Os motivos não-monetários, no entanto, e ainda bem, pesaram mais em nossa decisão.

Sei que já conhece Houston, mesmo assim, aqui vai uma breve descrição, você pode mostrar a seus filhos, que não tiveram a emoção de conhecer a 'vibrante' metrópole. Apesar de estar localizada em um paralelo do Hemisfério Norte correspondente a Porto Alegre, no Hemisfério Sul, aqui faz mais calor que aí. Ainda não passamos o verão aqui, mas dizem que é causticante. O que salva é que tudo tem refrigeração e calefação, casas, lojas, carros, cinemas, restaurantes.  No frio, chega algumas vezes a 0 ºC, mas não é nada demais. Aquilo tudo que se vê na TV sobre neve, nevascas, carros soterrados, tempestades, furacões, é tudo mentira, computação gráfica! Brincadeirinha! É mentira para Houston! Tudo isso acontece em outras cidades mais ao Norte. E, na verdade, nada disso faz falta, muito menos os furacões. Já houve por aqui, o último há 15 anos. A cidade é plana, plana, plana, ai, que sono! Para quem está acostumado com o Rio de Janeiro com todos aqueles morros e florestas, isto aqui é uma verdadeira monotonia. A maior elevação da cidade, fora os altos edifícios, é no ápice de um enorme viaduto, magnífico entroncamento de duas Highways, como só os americanos sabem fazer. A cidade é em 95% do espaço ocupada por casas, sobrados e muitas … muitas árvores. Os prédios de apartamentos têm 3 andares, no máximo. No centro da cidade, o Downtown, estão os maravilhosos edifícios das grandes empresas da cidade. Há um com 100 andares, que é fora de Downtown, e eles fazem questão de ressaltar: o maior do mundo fora de Downtown! Ele tinham que ter um 'Maior do Mundo'!

A falta de belezas naturais faz com que as atrações se limitem ao que o homem construiu. Tem a NASA, o Museu de História Natural, o Museu de Belas Artes, Parques de Águas, Parques de Diversões, Zoológico e cinemas. Meu Deus, como tem cinemas por aqui! De todos os tamanhos, para todos os gostos. Deve ter mais de 500 salas, agrupadas ou isoladas, 30 aqui, num shopping, 20 ali num centro empresarial, outras 25 acolá isoladas no meio do nada. Ô pessoal para gostar de filme, aliás, círculo no qual nos incluímos com orgulho. São apenas 4 milhões de habitantes, apesar de ser a 4ª maior cidade dos USA. Pela falta de prédios de apartamentos, no entanto, a extensão territorial é imensa.  Todas as distâncias são enormes. E, por conta destas distâncias, tem outra coisa que tem muito por aqui: carro! A média é quase de 1 carro por pessoa e olha que tem que contar nesta média as pessoas como menos de 15, que não podem dirigir e as maiores de 80, que não devem, mas o fazem. Querem saber outra coisa que tem muito por aqui? Mexicano! Dizem que 30% da população de Houston vem do México. Não sei se vocês sabem, mas estas terras aqui eram mexicanas e foram tomadas no tapa - muitas guerras e mortos. Os mexicanos acreditam que este é um movimento de retomada, lenta, mas agressiva: os mexicanos têm, em média 4 filhos por família … os americanos, 2. É só fazer as contas. Há bairros inteiros com mexicanos  .. e outros, menos numerosos, de orientais, de todos os países da Ásia. Há ruas em que o nome está em inglês e em ideogramas, aqueles sinais dos orientais.

Neusa logo se adaptou aos lugares de compras (supermercados) e já anda por toda a Houston que interessa à manutenção da casa. Aliás, ao contrário de mim, Neusa passou de primeira no exame escrito de motorista, eu tive que fazer 2ª época … pasme! Temos uma pequena comunidade petrobrasileira  ….. as mulheres se encontram de vez em quando. Neusa chegou a começar um curso de inglês numa Igreja aqui perto. Só que já estava no final do ano. Começaria em janeiro novamente. Agora, sem empregada, está dificultando bastante já que ela está tendo que cuidar do irmão e da casa, claro que com a ajuda da mãe. Deus nos proteja para que continuem firmes e com colunas vertebrais fortes.

Minha sogra adaptou-se muito bem. Gostou muito da casa. Está 100% do tempo em contato com a filha, coisa que não tinha no Brasil. Recebe de vez em quando a visita de esposas dos outros expatriados. De modos que se sente em casa!  Isso sem contar a Globo Internacional, que chegou junto com a gente, um Fator Crítico de Sucesso para esta missão. Usamos o living room como quarto para ela e meu cunhado, afinal era o cômodo que sobrou no andar de baixo. Como o living room tinha apenas um portal, instalei uma porta “bi-fold” para dar-lhes certa intimidade. Claro que após autorização do proprietário, que só pediu que mantivesse o mesmo estilo de uma outra, nas proximidades do portal, meio vazada e branca. Esta porta é uma prova do nível de padronização americano. O vão do portal era de 72”, a altura 83”. Fui ao Home Depot, um local inacreditável de materiais de construção, na esperança de ‘encomendar’ uma porta com estas dimensões. Surpresa absoluta, encontrei uma porta, na verdade duas, que se fecham no meio do vão, exatamente como eu queria (bi-fold, branca, vazada), para atender um vão com exatamente com as dimensões que eu precisava (duas portas de 36” por 82.5”), e a um custo razoável, US$ 90.00 as duas. Depois, foi só uma questão de convencimento por parte da porta. Levou uns dois meses até ela me convencer de que eu era capaz de instalá-la. Ela falava: “Vem …. me instala, seu bobo! Eu sou facinha!” e eu nada, até que num belo domingo de dezembro, tomei coragem e enfrentei, com sucesso, a fera. Trata-se de um dos meus maiores feitos nos States, além, é claro, dos profissionais.

Na escola, foi impressionante: chegamos numa segunda, fiz a matrícula na terça e na quarta-feira, estavam os dois de material na mão (o Felipe, de uniforme!) prontos para começar a nova vida escolar. É claro que ajudou o fato de eu já estar com toda a documentação pronta, atestados de vacina e tudo o mais! Tanto Felipe (na Middle School) quanto Renata (na Highschool) conseguiram entrar em séries adiantadas, como queríamos.

As crianças se adaptaram rapidamente. Renata, que outro dia fez 15 anos, então, já até saiu do ESL, um programa especial – English as a Second Language – que acomoda estudantes que chegam de outros países e não dominam o idioma inglês. Ela começou, então, em janeiro, a ter aulas normais junto com os americanos e outros poucos estrangeiros. Pena que ela perdeu contato com alguns colegas de outros países (Albânia, Rússia, México, Eslováquia, Paquistão) com quem ela gostava de conversar. Tinha até uma menina das Ilhas Maurício, que ficou espantada pela Renata saber do que se tratava, quando lhe contou de onde ela vinha ("Ah, yeah, Mauricio, the islands!", replicou Renata, para reação estupefata da mauriciana, que nunca havia recebido tal reação de um americano). Enfim, ela mesma pediu assim, e os professores acharam que ela estava preparada para a nova etapa. Está bem puxado para ela. Mas já deu para perceber que foi uma decisão acertada: no primeiro período (eles avaliam a cada Six Weeks, por aqui!) ela já teve Straight A’s, ou seja, todas as notas maiores ou iguais a 90. E, espanto dos espantos, a melhor nota de Inglês da turma! E faz umas matérias diferentes do currículo brasileiro, como Speech e IntroBusiness, escolhidas por ela.

Felipe, 11 anos, teve um começo difícil, demorou muuuito pra se adaptar: 3 dias! (HeHeHe). Chegou chorando da escola no primeiro dia, pela dificuldade de encontrar a sala de aula do professor (aqui é o contrário daí, onde o professor encontra a sala de aula do aluno). Uma semana depois, entretanto, um momento que jamais vou esquecer: jogávamos Ping-Pong, e uma bela hora antes de dar um saque, ele apoiou a raquete na mesa e disse: “Sabe, pai, acho que nós vamos ser felizes aqui!” Não preciso dizer que as lágrimas vieram-me aos olhos instantaneamente. Agora, está numa alegria só, é o melhor da classe  …. outro dia recebeu um 100 em Matemática com um tremendo AWESOME! de elogio. Nos dois primeiros períodos, ele entrou na lista dos “All A’s and 2 B’s”, os americanos valorizam muito os bons alunos e sempre preparam este ranking. Neste último, finalmente, vai entrar na lista dos “All A’s”. Só que eu acho que está bem pouco puxado ele estuda muito pouco em casa. Quem sabe quando terminar o ano (em junho) damos uma apertada! Dentre as matérias eletivas que ele escolheu, é o violino que mais lhe está agradando.  Veja bem, ele está aprendendo violino na escola!!! Só nos isteites, mesmo! Pode ser que lhe seja muito útil em sua vida!!!

Como você deve saber, consegui fazer meus filhos gostarem de algumas das coisas que gosto: Beatles, James Bond, Star Trek, Titãs e…  música… principalmente. Logo que assentamos o facho, fomos adqüirir o presente de Natal antecipado: guitarras! Felipe tem uma Fender Cyclone, Made in Mexico e Renata, uma Fender Squier Strat, crafted in China. Cada um com seu amplificador. Não tinha sentido sair gastando fortunas com Gibsons. Se eles realmente evoluírem, quando voltarmos, pensamos no assunto. Os dois estavam tendo aulas de guitarra. O Felipe é bem mais dedicado e acho que vai longe. Já Renata tem facilidade para música (qualquer instrumento!), mas uma preguiça descomunal. Aliás, já saiu até da aula e toca de vez em quando em casa. Também, agora ela está muito sobrecarregada de matérias.

Um pouco tempo depois compramos um belo teclado Yamaha (que eles aqui falam Yamahááá) para todos os tecladistas da família: Neusa, minha sogra, Felipe, de vez em quando Renata (com sua facilidade) e eu com minha teoria dos acordes e nenhuma habilidade. Mais perto do Natal, compramos um violão eletro-acústico Yamahááá, meu presente de Natal. É só pena que eu não tenha tempo para colocar toda esta gente tocando junta. Com a volta da empregada ao Brasil, usamos o quarto dela como estúdio para esses instrumentos.

Era isto, por ora! Espero que não tenha se chateado com tanto papo.

Mais uma vez obrigado e um grande abraço

De Homero, Neusa, Renata, Felipe, D. Zulmira e Carlinhos

E .. conte sempre comigo!

Nós, no Family Room



2 comentários:

  1. O mais bacana: todo mundo foi junto. A turma toda. E acabei aprendendo algumas coisas sobre Houston que desconhecia. Juro que só sabia do assassinato de John Kennedy. Agora já conheço melhor a cidade.
    As crianças se adaptam mais facilmente. Conhece o livro "Gato Preto em Campo de Neve?" E tem também "A Volta do Gato Preto" ambos de Erico Verissimo. Ele fala sobre o tempo passado nos Estados Unidos com a família. Poucos dias depois da chegada viu seus filhos conversando em inglês numa boa com os vizinhos. Eu li os dois livros e agora não sei mais em qual ele conta isso.

    Sim, os mexicanos vingando de forma tranquila. Lembro da história do forte Alamo. O curioso é que geralmente contem essa história como se os americanos fossem os mocinhos e os mexicanos os bandidos. Não foi bem assim. :)
    E vi o filme com John Wayne, Richard Widmark e Lawrence Harvey no papel do Coronel Travis. Nunca me esqueci seu nome porque era o ator mais bonito. Marcante a música The Greenleaves of Summmer. Sucesso absoluto.
    Pois então valeu o 'exilio". E valeu a leitura da sua narrativa. Que mais pessoas venham passear com você em Houston Texas.

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