Na semana em que uma das assassinas de Sharon Tate é libertada
lembrei-me deste grande filme do gênio Tarantino, de 2019,
que visita a história dela por uma ótica diferente,
e que me deixou emocionado...
eu tinha 11 anos quando o a carnificina aconteceu.
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Este é um dos Filmes de Diretor do Homerix (veja no link)
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Depois de um trailer que não me animou, e de uma reportagem no Fantástico que me deu um pouco de esperança, a realidade afastou todos os temores, reverteu todas as expectativas, e coroou a carreira de um gênio: “Era Uma Vez em Hollywood”, novo filme de Quentim Tarantino, é, verdadeiramente, um Tarantino da melhor estirpe!
Que filmaço!
Seu nono (e prometido penúltimo) filme mescla entre realidade e ficção muito além do que ele havia proposto em Bastardos Inglórios. Aliás há uma referência hilária ao clássico. O episódio real em referência aqui é o massacre orquestrado por Charles Manson, que ocorreu em Los Angeles em 1969.
É importante que se conheça o que aconteceu 50 anos atrás, ao menos em linhas gerais, para aproveitar ao máximo toda a genialidade do roteiro e, principalmente, do desfecho sensacional!!!
Os principais personagens são levados por nada menos que Leonardo Di Caprio, um ator de séries de TV e filmes de faroeste, e Brad Pitt, seu dublê. Rick Dalton, o astro, mora numa casa vizinha à de Sharon Tate e Roman Polanski, na famosa Cielo Drive, aonde aconteceu a carnificina. Cliff Booth, seu amigo, mora num trailer com sua cadela super treinada na periferia e é, além de dublê, um faz-tudo para o ator em crise de performance, e é também seu melhor (único?) amigo.
A distinção entre ficção e realidade é mantida por uma linha tênue!
A marca Tarantino está toda lá: os personagens incríveis (note a garotinha atriz!), as cenas inusitadas (não se perca o duelo com a participação de Bruce Lee, sósia perfeito do icônico astro, ainda da época de Kato, o agente do Besouro Verde, antes da fama), uma linda Sharon Tate assistindo ao próprio filme, como par do Agente Matt Helm, os diálogos inteligentes, a estética da violência (preparem-se para testemunhar a melhor cena de soco da história do cinema, na tensa cena da visita de Cliff ao antro de Manson), a trilha sonora marcante (desta vez, o que o rádio levava naquele ano), as referências explícitas (séries e filmes de então).
Perceba neste filme, uma incrível reconstituição de época, parece que estamos em 1969: os objetos, usos e costumes da época, extremamente bem descritos, passa uma sensação de pertencimento. De fazer parte do ambiente.
Participações mais que especiais, de Al Pacino, Kurt Russel, Bruce Dern, e Damian Lewis (Homeland) como Steve McQueen. Além de breves momentos de favoritos do diretor como Tim Roth e Michael Madsen. Já o próprio Tarantino não faz seu tradicional cameo, ao menos não notei!!!
Você vai se emocionar!!
E já começa a contagem regressiva para o décimo (e possivelmente último) filme do revolucionário diretor que, diz-se, será na franquia Jornada nas Estrelas. Será?
Atualização:
JÁ LEVOU Globo de Ouro de Melhor Musical/Comédia, Critics Choice Award de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt), Writers Guild Award de Melhor Roteiro Original, Screen Actors Guild Award e BAFTA (Oscar Britânico) de Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt).
Foi indicado a 10 Oscars, incluindo Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Ator Coadjuvante e outros 6 Oscars técnicos, e levou 2 deles... Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Melhor Direção de Arte.
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