Quero aqui registrar o pesar pela partida de Luciano do Valle, prematura em todos os aspectos. Pela idade e pelo momento. Com 66 anos e em plena atividade, se foi com a mesma idade de meu pai, há quase 30 anos. Indo embora em 2014, meses antes da Copa do Mundo no Brasil, que narraria com o maior prazer após 10 copas de experiência. E apenas 2 anos antes da Olimpíada do Rio, isso certamente se constitui uma injustiça, pra quem foi o baluarte dos esportes olímpicos, quando muito valor se dava ao futebol, lá na década e 1980.
Nunca antes em meu blog, um marcador (aquele assunto que aparece aqui embaixo) foi mais apropriado: Esporte!!!
Luciano do Valle foi o maior baluarte do esporte brasileiro!
Nunca antes em meu blog, um marcador (aquele assunto que aparece aqui embaixo) foi mais apropriado: Esporte!!!
Luciano do Valle foi o maior baluarte do esporte brasileiro!
Os da minha idade se lembrarão dele como um revolucionário do esporte, e principalmente como o virador de página do volleyball. Foi por sua voz que surgiu a Geração de Prata de Bernard, com seu saque Jornada nas Estrelas, Renan com seu saque Viagem ao Fundo do Mar, Montanaro, William, Carlão e tantos outros, conseguindo levar para um Maracanã lotado um memorável jogo Brasil x Rússia, ainda um recorde do esporte. Foi com seus berros que vibramos junto com a Rainha Hortênsia e Magic Paula (títulos atribuídos por ele), no PAN de 1991 com a transmissão histórica da final de Havana, com Fidel se rendendo às meninas, que também nos trouxeram o inédito título de campeões do mundo de basquete, 3 anos depois. Foi por seu amor ao boxe que acompanhamos Sugar Ray Leonard com seu baile nos ringues, Mike Tyson arrasando adversários em menos de um minuto nas madrugadas de sábado pra domingo até que desabou ante um inesperado e inexpressivo James Buster Douglas, um improvável retorno de George Foreman, e até mesmo chegamos a acreditar que um Maguila pudesse ir mais longe até que um direto em seu queixo, de Evander Hollyfield, colocou as coisas em seu lugar. Foi graças a ele também que acompanhamos na TV aberta os estelares da NBA, na grande época que antecedeu ao Dream Team, com Magic Johnson e Michael Jordan. Inovador, colocou até a sinuca na TV, fazendo-nos conhecer Rui Chapéu e Steve Davis, com seu queixo dividido aonde roçava o taco. E não se pode esquecer o que fez pelo futebol feminino.
Ele fez o esporte uma coisa mais interessante de se assistir, naquela década e mesmo antes, quando ainda na Globo, inaugurou as transmissões de Fórmula 1 , transmitindo o segundo título de Emerson Fittipaldi, e acompanhando a ascensão de Nelson Piquet, automobilismo que continuou levando na Bandeirantes, trazendo-nos a menos nobre Fórmula Indy, e junto, as charmosíssimas 500 Milhas de Indianápolis, culminando com a memorável vitória de Emerson, na última curva, com a batida de Al Unser Jr.
E como foram memoráveis, até o fim, suas narrações no futebol! Ainda que trocando alguns nomes nos últimos anos! Meus amigos cariocas meio que lhe relegavam um certo desprezo, por dar mais destaque por dar mais destaque aos clubes paulistas, que eu reputo mais que natural, por ser de lá. Sua última transmissão foi num jogo em que seu Santos perdeu um título paulista, para um improvável Ituano.
Bom que, ao completar 50 anos de carreira, ano passado, a Band lhe relegou muitas homenagens, e colheu muitos depoimentos emocionados sobre seu carisma, amizade e talento. E também um Canal Livre, que hoje será reapresentado. Pretendo assistir, emocionado.
Ide em paz, grande Luciano do Valle.
Grande homenagem, caro Homerix. Também fui fã dele, com sua bela voz e seu entusiasmo. Inesquecíveis as suas transmissões da Fórmula 1, da Indy, que ele praticamente "descobriu" para o Brasil, do vôlei (foi chamado inclusive de Luciano "do Vôlei"), e das Copas, principalmente a de 82. Um marco, uma marca.
ResponderExcluirHomerix,
ResponderExcluirO futebol ficava mais mais agradável com as transmissões do Luciano do Valle. Uma pena ter a vida abortada dessa maneira.
Bela homenagem, Homero, e merecida.
ResponderExcluirLembro-me de todas estas passagens, a emoção que ele passava nos jogos. E, além de tudo, seu falecimento prematuro foi uma enorme injustiça, considerando que os eventos esportivos no Brasil seriam, certamente, uma coroação da carreira.
Não posso deixar de notar que um homem que amava tanto os esportes tenha se descuidado da própria saúde, ele parecia estar sempre "em guerra" com o próprio peso e admito que nunca o vi praticando, ele próprio, algum esporte ou atividade física. Uma pena!
243098 - Linda homenagem, Homerix.
ResponderExcluirOntem ouvi pela Bandnews FM a reapresentação do memorável canal livre com ele.
Abraço,
Ribor50
Fui seu amigo, Homero.Luciano se hospedava no hotel seguidamente e nunca aceitou cortesia.Vinha sempre com a Silvia Vinhas, sua esposa de então e do amigo comum Ivan Magalhãews Siqueira da Bandeirantes e criador de cavalos crioulos , como eu. Uma personalidade enorme.Quanto a comprações, muito embora o Galvão Bueno tenha ainda aproveitado de seu depoimento no dia de sua morte, lamento, NÃO HÁ TERMO DE COMPARAÇÃO ENTRE GALVÃO E LUCIANO.Este é imensamente supeior, em ritmo, conhecimento de futebol ( tanto que nos Masters, dava ordens taticas a Gerson, Rivelino, Tostão, Jair Ventura, Edu e tantos outros , que as aceitavam como boas e as cumpriam. insubstituivel e ainda porcima .....SANTISTA DECLARADO INTRA MUROS... Vai com Deus amigo..E até qualquer dia
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