No sábado da Bienal, um momento interessante foi a visita de dois Rafaéis à Renata. Dois autores jovens, que lançaram seus primeiros livros recentemente e para os quais fiz um post (só clicar nos nomes).
- Festa na Usina Nuclear - de Rafael Sperling
- Suicidas - de Raphael Montes
Depois dos abraços e sorrissos, Renata foi apresentá-los àlguns outros autores e incentivou-os a apresentarem os maiores chamativos de seus livros:
- Os agradecimentos de Rafael Sperling
- A sinopse de Raphael Montes
Vejam se ela não tem razão.
Em Festa na Usina Nuclear, Rafael agradece assim
... todas as pessoas que sofreram com abusos; às crianças que não receberam amor suficiente de seus pais; aos artistas plásticos, atores, e músicos que lutam por um lugar sob os holofotes; aos que estavam fazendo provas de vestibular e ficaram sem tinta na caneta; às pessoas que nunca conseguiram ganhar nada com raspadinhas de jornaleiro; às pessoas que foram acertadas por fezes de pombos quando menos esperavam; aos que têm vizinhos desafinados que insistem em cantar todos os dias aos berros; aos nerds que ficaram dependentes de jogos de RPG; às pessoas que tropeçaram e bateram com o dedão; aos que ligaram para programas de televisão, mas não conseguiram participar; aos que estavam comendo açaí e mancharam suas roupas; aos que deixaram cair moedas de cinco centavos em bueiros; aos que foram acertados por catarro de espirro alheio; e às pessoas que tiveram suas bebidas retiradas pelo garçom antes de terem terminado de beber.
“Hoje é a primeira vez que pisaremos em Cyrille’s House sem a presença dos nossos pais. Também não poderia ser diferente. Não estamos indo para brincar no balanço ou nadar na piscina enquanto nossas mães conversam sobre a última moda em Paris. Desta vez, iremos por algo muito mais sério. Nós decidimos nos matar.”
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