Vocês sabem, tive uma visão logo no 2º dia da missão, uma 2ª feira!!!
Aqui a efetivação do sonho!!!
Era a caminhada de 5ª feira!
Ao final do dia,
resolvi adotar a mesma rotina triste: uma longa caminhada para relaxar do
curso, uma sauna para relaxar da caminhada, uma nadada para refrescar da sauna,
uma hidro-massagem para relaxar da piscina, lendo meu livro, vida dura. A
caminhada começou com aquele meu desejo de conhecer a fábrica da capa do Pink
Floyd, lembra. Perguntei ao concierge
de plantão no hotel, que me explicou que na verdade, não era uma fábrica mas
uma central elétrica desativada, a Battersea Power Station. Quando disse a ele
o motivo pelo qual queria conhecer a dita cuja, ele contou que participou da
filmagem de The Wall, era o garoto (ou um dos) que marcha para o moedor de
gente cantando “We don’t need no education
...”. Enfim, um astro(!!!!). Como o tempo estava ameaçador, fui de tênis
(para preservar os sapatos) e pedi um guarda-chuva do hotel, que me foi cedido.
A Power Station é ao lado da ponte de Chelsea sobre o Tâmisa (a partir de agora
vou me referir ao rio com seu nome em inglês, Thames).
No caminho, que comecei
pela Sloane Street, comecei um projeto que tinha em mente, de anotar todos os
logradouros que existem em
Londres. Aí no Brasil, só existem ruas, avenidas e praças,
que me lembre. Aqui, tem mais 17 variedades, só no que deu para achar em minhas
caminhadas: além de street, avenue e square, como aí, tem lane, place, row, court, gore, mews, yard,
terrace, walk, close, gate, road, crescent, way. Fui tirando fotos pelo
caminho. Ao longo de minhas caminhadas, e depois de dicas diversas, fui
entendendo que a variação nos nomes tem suas razões: Avenue, que é muito raro,
aplica-se a ruas grandes, porém a maioria das ruas largas e importantes é Street, Road ou Lane (coisa de inglês); Crescent
se aplica a ruas em curva, portanto lembrando o formato da Lua, quando em
quarto-crescente (bonito, não); Terrace
é praça, assim como Square e Place (se bem também há rua com Place !!) mas se aplica a área que
antigamente foi o terraço da casa de algum nobre, antes de ser loteado aos
pobres mortais; Mews quer dizer
cavalariça, então, naquela localidade moravam os cavalos e carruagens da
realeza (inclua-se os nobres), juntamente com os cavalariços, que tratavam
(muito bem!) dos cavalos. O interessante é que, hoje em dia, quem mora em uma Mews ,
pode dizer que está muito bem, pois são geralmente ruas fechadas, tranqüilas, e
as casas têm garagem, onde ficavam as carruagens de antigamente: garagem é
coisa raríssima para um londrino. Bem, chega de cultura urbana londrina, por
hora!
Ao final da Sloane Street, cheguei à rua que dá acesso à Chelsea Bridge.
Na ponte, tirei fotos de longe e consegui alguém que me fizesse aparecer na
foto. A caminho da central elétrica passei por um lançamento imobiliário de
apartamentos de luxo, que me contaram ser caríssimos, com um estilo modernoso,
com paredes todas em vidro ou em cores fortes: acho que alguns ingleses estão
um pouquinho cansados de tradição. O acesso à central elétrica é justamente no
canteiro de obras do lançamento imobiliário. Como o local está abandonado, só
tirei a foto da central, sem minha
presença, não havia a quem pedir: acho que a foto está bem parecida com a da
capa do CD. Fiquei sabendo que a central não pode ser demolida, pois ela é Great Listed, algo equivalente ao “tombado
pelo patrimônio histórico” daí. Aliás, aqui eles levam isto muito a sério: como
querem preservar o estilo arquitetônico das casas, principalmente o vitoriano,
mais recente, deixam que se reforme qualquer coisa dentro das casas, desde que
seja mantida a fachada. Ah, e mais interessante, não deixam que se coloque
ar-condicionado, a não ser que seja de um jeito que não apareça nadinha pra
fora. Ainda bem que é em Londres e o calor não é tão forte. Aliás, estava bem
frio na minha caminhada, pois voltei beirando o Thames e seus ventos cortantes.
Pra piorar, começou a chuva que estava ameaçando, aí ficou tudo gelado mesmo.
Passei Grosvenor Road, Milbank, chegando às Casas do Parlamento e Big Ben.
Comecei o caminho de volta e para me aquecer, e também matar a fome, parei no
McDonald’s da Victoria Street, aproveitando para checar o Big Mac Factor: a
‘promoção’ do Big Mac, assim como a do Quarter Pounder, custa 3,35 pounds ou, R$
19,00 (nem me lembro quanto está aí!). Bem, voltei pelas ruas internas de
Belgravia, admirando a arquitetura vitoriana impecável das residências. Acho
que andei um pouco menos que na quarta-feira.
Justo o que eu procurava sobre etiqueta patrimonial, etiqueta poliester e plaqueta pvc. Obrigada!
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