Dentre os eventos que me recordo fortemente de minha
infância profunda (ver link), a morte de Kennedy foi o mais traumático!
Note o detalhe da mão!!! |
Fui então ver com muita curiosidade o filme Jackie, pelo
qual Natalie Portman está concorrendo a seu segundo Oscar (o primeiro foi por
Cisne Negro - link)! Não sabia do período percorrido da história da vida dela no filme, e
fiquei feliz com a decisão do roteirista! Não foi sobre a vida de Primeira Dama, nem chegou ao segundo casamento, com o milionário Onassis! É apenas UMA semana!! Sim, a semana
imediatamente após o assassinato de seu marido. E os flashbacks remontam apenas
ao começo do mandato, quando ela já encantava a todos, mostrando como era a
Casa Branca, menos de dois anos antes, ainda meio sem jeito com o trato público.
Jacqueline Bouvier Kennedy encantava porque tinha porte, era
bonita e inteligente, e chegava à Casa Branca com duas crianças de 5 e 2 anos. E
ainda teve uma gravidez completa, porém seu filho Patrick nasceu morto, para
comoção nacional!! Ninguém jamais se esqueceu do pequeno John John batendo
continência para o caixão do pai.
Eu não me lembro da voz de Jackie, mas a ver como Natalie a
interpretou, devia ser meio irritantezinha e afetada e arrastada. Até por isso, atesta-se a qualidade da atriz, que não teria porque fazer aquele estilo se não fosse
para simular a realidade, não é mesmo...
Gostei muito de acompanhar as decisões corajosas que ela teve
que tomar quanto ao funeral, peitando inclusive os chefes de Estado (DeGaulle,
nominalmente), que estavam a temer por novos atentados. E por decidir caminhar
centenas de metros, acompanhando o féretro! Segundo li outro dia, Jackie trouxe à Presidência o que ela nunca tivera ... Majestade! ( e agora, temos que aguentar outro rei, o da baixaria, naquela mesma branca casa).
Quase no fim do filme vem o flashback com a cena dos tiros, com Jackie pulando atrás dos pedação de cérebro do marido, muito impactante e bem-feita .... queria replay, mas não teve!!!
Quase no fim do filme vem o flashback com a cena dos tiros, com Jackie pulando atrás dos pedação de cérebro do marido, muito impactante e bem-feita .... queria replay, mas não teve!!!
Sobre as semelhanças com a vida real, um gol e um derrota: John Kennedy está
muito parecido, já seu irmão Bobby parece uns 15 anos mais velho. Decerto que
podiam ter encontrado um melhor...
O filme não é uma unanimidade nem aqui em casa, mas eu
gostei muito. Gostei de presenciar um pouco da Camelot moderna, e de descobrir
que fora um mito criado pela própria Jackie, e não por Jack, seu marido!
Concordo contigo sobre atuação da Natalie Portman mas, de resto, me decepcionei. Primeiro porque esperava um filme sobre ELA e não sobre aqueles 7 dias, sobre os quais já tinha visto dezenas de documentários.
ResponderExcluirA direção fez o filme tremendamente chato e arrastado, talvez com a intenção de passar ao espectador a tensão vivida por ela.
Resumindo, o filme não é sobre ela e sim sobre aquela semana sob o ponto de vista dela. Talvez bastasse ler a entrevista retratada no filme.