Os da minha idade entenderão parte do título.
Faz 30 anos que o remador solitário Amyr Klink concluiu uma
viagem de 100 dias, da Namíbia à Bahia, configurando-se no primeiro e ainda hoje um dospoucos a fazer a travessia do Atlântico Sul. A aventura ficou registrada no livro "100 Dias Entre Céu e Mar", que eu li à época, e que ficou 30 semanas na
lista dos mais vendidos no Brasil.
Isso tudo e muitas curiosidades, relatos, desabafos, foi colhido em uma entrevista que Carlos Euardo Éboli fez na CBN, com o Capitão Coragem, alcunha que foi dada a Amyr, não pelos
brasileiros, mas pelos sul-africanos, que acompanham a travessia com muito mais
atenção que nós mesmos, como sempre, o maior valor vem de fora.
Amyr, que é economista,
trabalhava com contabilidade antes de ter o sonho que todos diziam ser
coisa de maluco. E depois, virou empresário do mar. Ele continua entre Céu e Mar. Hoje mantem uma marina de
primeiro mundo em Parati ("aquela coisa da Glória não pode ser chamada de
Marina"), que emprega 200 técnicos navais de primeira linha. Alerta que o
potencial do Brasil para ganhar dinheiro com o mar é inigualável, a quantidade
de espelhos d'água espalhados pelo país, como baías, represas, lagoas, se bem
aproveitado, renderia bilhões aos cofres públicos, em turismo esportivo. E também
concluiu mencionando uma conversa com Torben Grael que disputou uma prova na
Baía de Guanabara e teve que se desvencilhar de plásticos mil pelo caminho...
Ponto alto da entrevista... lembrando-se de tanta burocracia que enfrentou por aqui para poder navegar...
"Posso dizer que quando eu estava em alto-mar, cercado de tubarões, só ali eu fiquei em paz..."
Enfim, este é o nosso país. Era antes, é hoje....
Grande Amyr Klink!
Legal, Homero. Também sou (e quem não é?) admirador desse fantástico navegador. Dele eu também li "Paratii entre Dois Polos", em que ele relata outra viagem, em solitário, de Paraty a um polo, depois a outro e, de quebra, passando pelos fiordes noruegueses antes de retornar. Frequento a praia (Itacimirim-Bahia) onde Amyr aportou há trinta anos, vindo da África, a remo. Paro sempre para tomar uma cerveja na barraca onde outrora existiu o bar do Doró, por ele citado em seu primeiro livro. De lá fico a navegar, na imaginação...
ResponderExcluirÀ época também li "Cem dias entre o céu e o mar" e creio, mesmo, que muitos de nossa geração o fizeram motivados pela descrição daquela 'aventura', só não me apercebi que ....30 anos já são passados desde então! Caraca! o tempo está passando muuuuuiiiito rápido e eu ainda tenho um montão de coisas que quero fazer e outros tantos lugares a visitar, antes de desta partir, que terei que rever o meu 'cronograma' e apressar o processo de 'realização' rsrsrs
ResponderExcluirÓtima semana para nós!