-

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Esse Bonequinho.... Idas e Vindas do Amor

______________________________________________

Na última sexta-feira, aconteceu de novo: fui ao cinema ver uma coisa e acabei assistindo outra. Da primeira vez, queria ver Sherlock Holmes  e me dei mal, pois acabei vendo Encontro de Casais , absolutamente sem graça. Desta vez, o final foi bem feliz. Somente ao chegar em casa, fui ver o que o Bonequinho d’O Globo dizia sobre o filme que acabara de ver, ‘choquei’ e mandei a eles o seguinte comentário:

“Sinceramente, Sr Bonequinho ...

      . .. vou continuar lendo o que o senhor escreve, mas considerar seriamente se vou aceitar ou não a recomendação. Fui ao Botafogo Praia Shopping para ver Lobisomen,  mas problemas técnicos impediram a exibição. Fiquei em dúvida e acabei assistindo a   Idas e Vindas do Amor , por puro acaso, sem nunca ter visto o trailer ou ouvido nada a respeito. Que bom que não li sua opinião!
      O senhor está dormindo!
      O que o senhor espera de um elenco estelar, com uma mão cheia de oscarizados ou quase, reunidos em menos de duas horas de projeção falando sobre um Dia dos Namorados, com Los Angeles de pano de fundo? Um tratado sobre problemas existenciais do americano médio, com altas reflexões sobre o futuro incerto da humanidade, longos e profundos diálogos de discussão de relacionamento, ou coisa que o valha? Ora, faça-me o favor! Se o senhor tinha expectativas desse quilate, realmente não deveria ter perdido seu tempo.
      O que o senhor encontrou foi um filme leve, divertido, cheio de situações verossímeis e outras nem tanto, romances possíveis ou não, de todas as idades (mesmo), diálogos rápidos, bem-humorados, tudo amarradinho, chegando ao final com soluções surpreendentes (umas poucas óbvias, admito, mas perdoáveis), algumas cenas tocantes, muitas hilariantes.
      Isso sem contar a cena finalíssima, após o fim oficial, após os créditos, quando mostraram algumas indefectíveis situações de 'falha nossa', mas que foi 'deletada' (não sei porque): um breve diálogo que me provocou gargalhadas, mas a mais ninguém na sala lotada, pois fez referência a uma situação um grande filme do passado, que o senhor até mencionou em sua crítica. O senhor percebeu? Se sim, parabéns, se não, manda um email que eu conto.
      Uma comédia-romântica-que-homem-gosta.
      Clichês? Sim, e daí?
      Certamente recomendarei à minha pequena comunidade, sem o menor susto, ou risco de diminuir o nível de respeito que têm com minhas opiniões cinéfilas.
      Homerinho aplaude sentado, sem dúvida!
      E tenho dito!
      Um abraço Homero Feliz da Vida Ventura”

O Bonequinho que estava dormindo é um tal de Ely Azeredo, da super-velha guarda, que está à beira das 80 primaveras, e que mereceu até mesmo uma matéria no Segundo Caderno daquele mesmo sábado em que mandei o comentário, daí o conheci. Cê imagina, quando eu nasci, o sujeito já era crítico de cinema há cinco anos! Portanto, deve entender da coisa. Fiquei até meio que arrependido de ter tascado um `faça-me o favor’, afinal, ele é quase um ancião, mas já estava feito. Aliás, talvez por isto o comentário não tenha sido efetivamente ‘postado’.



Mas agora já foi...

Homero Com Poucas e Boas Ventura


2 comentários:

  1. Bem, Homero, a solução poderá ser a alteração do modo de preparo.

    Que tal colocar uma massa, o molho e as salsichas cortadas em pedacinhos?

    Sim, fica quase uma pizza, mas resolve (eu acho)

    Abraço,

    ResponderExcluir
  2. Parabéns, Homero, por colocar o Bonequinho de O Globo em seu devido lugar!

    Já tinha visto o trailer do filme e sabia do que se tratava. Um filme tipo "Love, Actually", com várias estórias entrelaçadas e um super elenco. Para divertir.

    Assim, quando li a crítica no jornal, achei super estranha!

    Você colocou os pontos nos is - é assim que se faz!

    Abraço,

    ResponderExcluir