A BandnewsFM trouxe ao estúdio um convidado ilustre: José Padilha, o diretor dos filmesTropa de Elite. Um cara de sucesso, fez antes documentários marcantes, como 'Os carvoeiros' e 'Estamira' sobre a pobreza, e 'Garapa' sobre a fome. Um deles 'Ônibus 174', virou filme, enfim, a temática política está sempre presente.
Ele adiantou o seu próximo projeto, palavras dele:
Uma FICÇÃO sobre um partido idealista de esquerda que chega ao poder, e que para manter a governabilidade, recorre a pagamentos mensais de propina aos legisladores.
Nome do filme fictício:
Ele adiantou o seu próximo projeto, palavras dele:
Uma FICÇÃO sobre um partido idealista de esquerda que chega ao poder, e que para manter a governabilidade, recorre a pagamentos mensais de propina aos legisladores.
Nome do filme fictício:
Nunca Antes na História deste País.
Não tenho dúvida de que Padilha está se transformando em nosso Michael Moore tupiniquim. Só faltava aparecer mais, mas parece não ser sua praia estar em frente às câmeras. Mas os assuntos que escolhe são sempre polêmicos. Não demora nada, ele denunciará ..
um sistema de educação que coloca nosso país em primeiríssimo lugar (de ponta cabeça), empatado com o potente Zimbábue, em tempo médio de permanência das crianças em escola, e que tem um ministro que, ainda assim, e depois de tanta lambança no ENEM, quer continuar ministro,
ou
um sistema de saúde que permite, sem punição,
- que um dentista extraia todos os dentes de duas pessoas com deficiência mental, sem a menor necessidade;
- ou que um médico escreva no braço de uma grávida prestes a parir, o número do ônibus que ela tem que tomar ao hospital que poderá recebê-la, o que faz ela perder o bebê;
- ou que um falso médico libere uma menina de 5 anos, torturada, ainda desacordada, já em coma, matando-a um mês depois;
- ou, finalmente, que uma equipe de emergência injete vaselina na veia de uma menina de 12 anos que acabaria morrendo, percebendo que irira morrer, nos braços de uma mãe desesperada.
- Esse filme seria um sucesso lá fora,também na categoria ficção.
- ou .... vou parando por aqui, que a lista é enorme...
Aliviando um pouco a mensagem, o programa da Bandnews seguiu com a presença de Padilha que acabou conversando com Zé Simão, que reviveu algumas propostas de filme para o diretor:
- um com temática sexual, 'Trepa de Elite';
- um com temática estética, 'Tropa de Celulite';
- um com temática política 'Tropa de Aliche', como tudo acaba em pizza mesmo;
- um com temática social, 'Troca De Elite', em que conta a vida de gente moradora do Leblon, os consumidores, que trocam de residência, e ficam um tempo morando no Alemão (antes da invasão) no meio dos fornecedores.
Acho que ele se refere, neste último, aos assinantes do manifesto lançado por aquele jornalista de Brasília:
Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro
Simão lembrou ainda de um novo modelo daquele produto Apple, agora inspirado no BOPE: o I-PAD Pra Sair.
Voltando ao sério novamente, Padilha se declara absolutamente favorável às UPPs, mas diz que o sucesso do governo não será total se não se produzir uma profunda reforma nas Polícias Militar e Civil, que ainda tem um grande contingente de corruptos, aliás, como se viu na invasão do Alemão, em que parece que a fuga de bandidos contou com alguma ajuda policial...
Enfim ....
Homero Com Padilha Moore Ventura
Excelente texto
ResponderExcluirParabens e muito obrigado
Eu também ouvi a entrevista,achei brilhante e gostei muito!!!!!
ResponderExcluirNão vou incluir mais nada na lista, tudo isso é muito triste. Triste também saber que os políticos não são de outro planeta, mas que compõem uma amostra representativa da população deste país. AInda não se conseguiu formar uma massa crítica de gente honesta, competente e patriota para ocuparem cargos públicos, inclusive por ser perigoso ir contra essa corrente.Também ainda não estou convencido de que toda essa ação policial não seja mera encenação.
ResponderExcluirUm abraço,
Faltou um de justiça social: Trolha na Elite...
ResponderExcluirOuvi pela Internet, achei sensacional e tenho apenas um comentário a fazer: até agora não foi falado nada sobre o "Laissez Faire" instituído pelo Brizola com relação ao assunto. Se a polícia conviveu durante tanto tempo com os marginais e se corrompeu, é porque a semente foi plantada por aquele irresponsável. Por que ninguém fala nada?
ResponderExcluirPassamos por longa fase de chanchada, depois os filmes de forte apelação sexual; num passado recente ensaiamos alguns filmes explorando a miséria e desgraça nacional, parecia que pediamos ao resto do mundo que sentisse pena de nós, brasileiros.
ResponderExcluirEstamos numa fase de expressivo amadurecimento onde a população está se envolvendo em temas mais interessantes da sociedade brasileira. Assuntos que envolvem a preocupação com a caridade, religiosidade e amor ao próximo dividem espaço nos telões públicos com outros temas como segurança, política, tráfico e educação. Estes, com enfoque mais crítico do que nunca visto; e mais, tratados como um assunto não apenas da elite da sociedade mas também ao alcance da massa popular. È um grande indicador de mudança.
abraço,
Excelente texto!!!!!!!
ResponderExcluirVocê tem uma memória privilegiada e construiu bem seu pensamento.
Adoroooooooooooooo o Padilha. O cara é bom.
Ri de chorar com o Simão. Pena que esse eu perdi!
Meu abraço
OOOOOóóótimo!!!!!
ResponderExcluirMuito obrigada,
algumas boas analogias, mas
ResponderExcluirmenos, Homero, menos ...
Ontem assisti, na GloboNews, aos 10 minutos finais do programa "Entre Aspas" em que foram entrevistados José Padilha e Braulio Mantovani (roteirista dos Tropas de Elite).
ResponderExcluirNuma passagem o padilha faz um paralelo entre o retratado no TE2 com os recentes acontecimentos da retomada do Alemão pelo BOPE + forças armadas. Diz ele: "Na primeira parte do filme o Cel. Nascimento declara que havia transformado o BOPE numa máquina de guerra e foi + ou - isso que se viu na tomada do Alemão. Na 2a parte o filme mostra como a milicia e a politica toma conta das áreas tomadas dos traficantes pela polícia. Gostaria que essa 2a parte não se repetisse fora das telas."